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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Sex | 30.05.08

não é hábito...

Fátima Bento

...mas há uma primeira vez para tudo.

 

Recebi um email que me revoltou. Por isso transcrevo-o na íntegra abaixo.

 

É preciso lata...

 

" «...batendo as asas pela noite calada
Vêm em bandos, com pés de veludo...»


Os Vampiros do Século XXI

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os   administradores - principescamente pagos - daquela instituição bancária.

A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços, incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas contas à ordem.

As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de contas, o estimado/a cliente é confrontado com a informação de que, para continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção, terá de ter em cada trimestre um saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à respectiva conta. Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio diário de EUR 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma.

Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar despesas de manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria.
O mais escandaloso é que seja justamente uma instituição bancária pública que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos. É sem dúvida uma situação obscena e vergonhosa, como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de enunciar tamanha indignidade. Esta é a face brutal do regime que nos servem sob a capa da Democracia, em que até a esmola paga taxa. Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência.

Medita e divulga. Mas divulga mesmo por favor
Cidadania é fazê-lo, é denunciar esta pouca vergonha que nos atira para o nível dos países do terceiro mundo.

 


Este tipo de comentário não aparece nos jornais, tv's e rádios....Por que será ???"
 

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