E a história repetiu-se...
...mais uma vez.
A urticária de ontem devia-se a hoje ter exame de condução.
Outra vez.
E pronto. Chumbei.
Outra vez.
Comecei um exame, nas palavras do examinador, perfeito. A meio, pronto, I blew it.
E foi a última vez. Se me oferecessem o pagamento da carta, eu recusava. Estou farta, cansada, estoirada.
Foi só mais um prego no caixão. A minha vida parece uma camisola de cachemira que foi à máquina a 90º - encolheu tanto que nem à Barbie serve.
Senão vejamos:
- Não fiz a faculdade;
- Como entrei com o concurso para maiores de 23, nem o 12º completo tenho.
- Agora não tenho (nem vou ter) a carta...
- Emprego não tenho nem vou ter,
- rendimentos próprios de qualquer espécie, também não,
logo,
- autonomia económica, é miragem.
- Como carta nem pensar,
logo,
- locomoção independente 'tá de gesso.
Podia continuar por aqui fora mas não vale a pena. Isto de ter uma vida a girar em torno de um ginásio é um bocadinho triste...
- e toda a gente sabe que eu até tenho feito trabalho voluntário, mas até aí tenho levado porrada (a última foi feia, foi há pouco tempo, e eu escusei-me a falar dela aqui).
Resta-me o quê, vocês dizem-me?
Os putos vão tendo a vida deles, o marido tem as preocupações, e as ocupações, dele.
E eu?
40.
Ficam na história. Com H.
Fátima