Ó-Ó da tarde c'as minhas meninas...
Ora aqui a je, hoje acordou doentita.
Nada de grave, só umas mialgias espalhadas pelo corpo, tonturas, leves nauseas, e o corpinho a pedir cama. Nada incapacitante, portanto, mas chato c'umá potassa.
Fui até à sala, peguei no portátil, e escrevi o post anterior na caminha, enquanto tomava o pequeno almoço. Depois, tapei-me até ao pescoço durante 15 minutos, mas não houve remédio: estava no limite da hora de sair da cama, que tinha voltas a dar e compras a fazer.
Aqueci a roupita no aquecedor, e rumei ao café, para a dose de cafeína. Depois, lá dei as voltas, voltei para casa, e acabei por tomar um Actifed às 16:30h, e deitar-me.
Ora, eu quando me deito para dormir, deito-me de lado, em posição de "cadeira", ou seja, fazendo dois ângulos de 90º. Logo, logo, a pequena Mia surgiu, junto ao meu rosto com cara de cão - gato - sem dono, a raspar a patinha na dobra do lençol. Levantei o edredon, e tunga, enroscadinha no meu colo, ron-ron, e tal.
Ora a 'tia' Blimunda, que também é da família, inclusivé há mais tempo, enroscou-se bem enroscadinha por cima do edredon, nos outros 90º, atrás das joelhos. E foi assim, aconchegadinha no miminho das das minhas duas meninas, que caí nos braços do Morfeu.
Duas horas e meia depois, acordo nesta posição, mas na variante "parafuso". Ou seja: a parte superior do corpo, rodada, peito assente plano no colchão, braço esquerdo torcido, com possibilidade de esticar por cima da almofada, mas não a direito, e o outro braço, esse sim, a esticar-se todinho em linha recta para a direita!
Isto na parte superior do corpo.
Na inferior, continuava com os joelhos virados para a esquerda, o que fazia que a parte central do corpo estivesse como um parafuso. Estiquei a perna esquerda (desemerda-te, Blimunda!). Oh que preocupação!
Começo a sentir a cama a vibrar. Juro que não enfiei moedinha em ranhura nenhuma. Aliás, juro que a minha cama (se calhar por ser um modelo económica da Ikea), não tem ranhura para moedas, ou se tem, está escondida.
A vibração parou exactamente quando a Blimunda acabou de "tomar banho". E ó para ela toda fresquinha: trepou para cima da perna esticada, e recostou-se na que ainda estava dobrada, qual almofada.
Bebé Mia, depois de te contorcido o braço de modo a poder acariciar-lhe o lugar onde calculei estivesse a cabecita, dormia ferradita, só que com a dita deitadinha na minha almofada. E eu continuava aparafusada (desaparafusada, dirão alguns), sendo que para ficar um 'cadinho mais direita, só enfiando a cara na almofada, o que me não pareceu muito confortável...
Comecei a contar os minutos, e depois os segundos... - mas esta gente (mais a pequena) não acorda?
Dizem que os gatos são telepatas; telepatas ou não, a "criança" lá acordou e a dona saltou da cama, direitinha à casa de banho que nem um fuso, qu'a bexiga 'tava mêm'a rebentar...
Já dizia Ghandi, que a civilização de um povo se mede pela forma como os animais são tratados.
Aqui neste microcosmos, estamos de parabéns.
E eu, sou mesmo uma gaja muit'a civilizada!
(mesmo com um mal-estarzito na zona lombar...)
B'jinhos com esperança e fogo de artifício,
Fátima