Morrer de amor??
Ontem estive sózinha em casa!!!!!!! Yupppiiii!!!!!
A Inês ainda de férias, o Tomás no cinema (ahhhh! Foi ver o Potter!) e o maido no paintball com os colegas de trabalho (eu depois ponho aqui fotos! Ihihih!)
E então, estive para aqui a ouvir musica assim bem alto, sem nenhum "...ó mãe!!!!..." do Tomás, e sem a Inês desatar a fazer concorrência com as colunas do computador dela (ganha sempre, mas não lhe digam, que ela ainda não deve ter reparado). E sem um "Ó Fátima, baixa-me essa m**d@!" dito com todo o amor e carinho - não! Melga.
E vá-se lá saber porquê, já que as pastas estão na pen, e a aparelhagem dá o número e não o nome (e eu lá decoro qual é o nº de cada album em 4G de música?), pus-me a ouvir bandas sonoras. Comecei com o "Mamma Mia", continuei com o "Sweaney Todd", segui com o "Dreamgirls". E quando estava a ouvir o Johnny Depp a cantar
"There was a barber and his wife,
She was his reason and his life,
And she was beautiful!"
pus-me a pensar...
Será que ainda se ama desalmadamente, como diz o verso a bold? Será que ainda, para alguém, uma pessoa pode significar a sua razão de viver e a sua vida?
Por princípio, digamos.
Sei lá, isso baralha-me. Existe a fase da paixão, que dura de um a dois anos, e que depois, ou se transforma em nada, ou em alguma coisa mais sólida, que substitui ou complementa em grande medida o fogo ardente, o chão a fugir e a casa a andar a roda de cada vez que os nossos pensamentos se dirigem para essa pessoa. Vamos assumir que a paixão se transforma em amor, e que os dois decidem construir um futuro juntos.
E é possivel que isso se torne no sentimento acima descrito?
Hmmm, não me parece... Aquilo parece-me mais obssessão, ou por falta de auto-estima, transferência de nós para o outro (também pode ser contrário, por narcísimo, achar o outro tão parecido connosco que em vez de estarmos apaixonados pelo outro, estamos apaixonados é por nós, como se estivessemos reflectidos no outro).
Confusos? Não estejam, que isto são arabescos que não interessam nada.
O que eu queria saber era quem é que acha que é possível amar assim?
Respostas abaixo nos coments, please!
B'jinhos,
Fátima
P.S: e de repente, já não estava sózinha, chegaram pai e filho ao mesmo tempo. E o Tomás foi para o quarto, ligou a aparelhagem a dar aquelas coisas que ele ouve, que desta vez até não era Red Hot Chilli Peppers, mas qualquer outra banda, e o pai foi tomar duche e ligou o rádio da cabine num volume considerável, e eu deixei de conseguir ouvir as minhas musicas dos filmes Disney. Bugger!