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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

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Qua | 05.08.09

Eu e a religião - parte 2

Fátima Bento

(aconselho vivamente que leiam primeiro o post anterior, para seguir a sequência lógica com que foi escrito)

 

Pois então, aqui vai ao detalhe, a minha análise das top 3

 

3 - Maná

 

Acho mais aceitável considerá-la uma seita que uma religião. Requerem, tal como a Iurd, o dízimo, e à conta disso, o pastor Tadeu, fundador da coisa, que jurava a pés juntos que o irmão se tinha curado de Sida pelo poder da fé (sim, que eles apoiam a  supressão de medicaentos), viaja num confortável jacto particular. Realizam simplistas rituais de exorcismo, logo a seguir a uns cânticos e orações que põem gente a gemer, a uivar, e a rastejar qual serpente pelos corredores. Esses rituais que basicamente consistem na imposição de mãos sobre o testa e cabeça do possuído, dizendo "em nome de jesus os teus pecados estão perdoados", e vai de empurrar a pessoa para trás onde estão dois ajudantes para amparar a queda. Comigo não resultou; era ele a fazer força para a frente, e eu a fazer força para a minha frente. Lá me tiveram de deixar regressar ao meu lugar, a contragosto.

 

Como a minha mãe era uma "escolhida" (segundo a própria) fazia esses mesmos exorcismos em casa, à minha pessoa. Houvesse pachorra! Quando ela me agarrava nas mãos e me dizia "eu sei que não és tu a falar" só me apetecia dar uma de Linda Blair e vomitar-lhe verde para cima. Ao que se seguia, de Bíblia na mão "sai de dentro dela espírito maligno!", e vai de ler passagens da Biblía (e ó senhores que não há pachorra!) e orar em voz alta.

 

Como é que me safei disto tudo? Criei um cantinho seguro meu, e mudei-me para lá. Visto de fora, estaria louca, mas não, tudo o que se passava, passava-se do outro lado do espelho, não me magoava. E num momento lúcido, escrevi à direcção da Maná, pois que além de contar o que se passava, tinha vontade de me suícidar, o que é demais é demais.

 

Tempos depois recebi a resposta, que me dizia que a minha mãe era um "lobo em pele de cordeiro", e que o que ela fazia era iníquo. Et voilá, mais uma religião à qual nunca mais comparecêmos.

 

2 - Testemunhas de Jeová

 

Pois e que tenho um ódio de estimação por esta. Sou a única (somos, os quatro) da família mais próxima, que não professamos tal isso. O meu pai respeita, ás vezes até falamos muito de fugida de questões que a bíblia aborda, e que conheço de cor, mas ele não puxa o elástico, para as calças não lhe ficarem curtas...

 

Depois de engravidar da Inês, e porque achei que devia isso ao meu pai, comecei a estudar a Bíblia; e este é mesmo o lado bom da coisa, passei a poder falar dela por saber o que lá diz. Cultura não ocupa espaço, e 8 anos dão imensa cultura. Quando acabei com a coisa, já não havia muito que aprender, a literatura em que se apoia é mais do mesmo, o "conhecimento" funciona em círculos numa lavagem cerebral quem tem tanto de pouco sofisticada como de eficaz. As revistas trazem sempre os mesmos temas e, são em português do brasil... que os fiéis usam no seu dia-a-dia.

 

Mau, mau, é o que se passa nos bastidores... é tudo escondido, os erros dos fiéis, nomeadamente em relação aos não fiéis é coberto por um manto da invisibilidade que desmente quem faz qualquer alegação. Conheço um casal que já não vive junto há um ano, porque ele não consegue viver com o feitio dela, que exige-lhe metade das rendas do património, não lhe faz a comida, não lhe lava a roupa, não lhe passa a ferro, e ninguém sabe de nada. Continuam a ir ao Salão juntos, e inclusivé, se ela quer sair, telefona-lhe e ele leva-a aonde ela quiser.

 

 

1 - Igreja Católica Apostólica Romana

 

Comecêmos no começo: a igreja não foi fundada, ao contrário do que diz na bíblia, sobre Pedro; o cristianismo foi legalizado e apoiado fortemento por Constantino I, que criou os seus filhos e família como cristã, tendo inclusive decretado o domingo como dia de descanso, não pr ser "o sétimo dia, e no sétimo dia Ele [Deus] descansou", mas porque este era o "dia do Sol" - uma reminiscência do culto de Sol Invictus. ( Para mais informações, leia aqui) E o Natal ser a 25 de Dezembro, não foi também, casualidade..." o dia 25 de Dezembro foi adoptado para que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao 'nascimento do deus sol invencível', que comemorava o solstício do Inverno. No mundo romano, a Saturnália, festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada de 17 a 22 de dezembro; era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus persa Mitra, o Sol da Virtude" (in wikipedia)

 

De qualquer forma, independentemente das raízes da mesma, existe algo que me deixa assim assanhada como um gato acossado: que tantos biliões de pessoas se guiem pala Bíblia como sendo O livro da verdade, quando este foi montado pela igreja de Roma, quando evangelhos foram destruídos, outros alterados, para servir a um bem maior, o poder dessa mesma igreja de Roma. Evangelhos descobertos mais tarde, por estarem escondidos - caso do evangelho de Tomé - foram apelidados de Apócrifos (não autênticos) e arrumou-se assim a questão.

 

Pergunto-me quantos evangelhos "apócrifados" estarão nas caves do vaticano.

 

Não posso por isso, honestamente respeitar uma religião assente sobre bases falsas.

 

 

 

E a seguir, postarei aquilo em que acredito. Preparem-se.

 

Fátima

 

2 comentários

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    Fátima Bento

    06.08.09

    O primeiro impacto é "o que é isto? Onde foi que eu me vim meter?".

    Ás tantas a coisa fica corriqueira.

    Mas é mesmo, mesmo de doidos!

    B'jinhos,

    Fátima
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