World Trade Center ou tudo o que Oliver Stone não é…
Eu sempre gostei de Oliver Stone. Adorei o “Natural Born Killers”, gostei do “The Doors”, e também do “JFK” (mau grado o parvo do Kevin Costner ter o papel principal). Gosto de gente polémica, e o lado paranóico que sobressaía nos filmes do mesmo, enchia-me as medidas - como diz o Dan Brown no ‘Código Da Vinci’, toda a gente gosta de uma boa conspiração (e obviamente que o senhor terá decalcado a frase de outro lado qualquer, que brilhantismo é coisa que ele não deve a ninguém…)
Agora o “World Trade Center” não me convenceu. Parece que o gajo disse à equipa: “É pá, vou comprar um maço de tabaco, fiquem aqui assim a filmar isto, que eu já volto”. E não voltou.
É claro que este filme não podia levantar polémica, a ferida é não só recente como profunda. Mas o que o filme se torna é uma sucessão de clichés do principio ao fim, que, mau grado pensarmos que sim senhor, aquilo foi real, e nos tem que provocar o respeito devido, nos cansa. São pouco mais de 2 horas – não contabilizei ao certo – para o arrepio da salvação do Nicholas Cage com um grande plano sobre os escombros, cheios de pessoal das equipas de salvação.
Politicamente correcto, portanto.
Como Oliver Stone nos habituou a não ser.
Esta é a estreia do ano. Mas eu arrisco: Não gostei.
Fátima
P.S. - United 93 é 'o' filme homenagem por excelência, para mim. Podem ler o que eu acho em http://180graus.blogs.sapo.pt/2517.html