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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Seg | 27.11.06

Geração tecnológica

Fátima Bento

Sábado, 17:00h, hora de sair para o jantar semanal na casa da avó

- Então, puto, 'tás despachado? Tens tudo?

- Deixa ver... Mp3, telemóvel, nintendo DS... tá, tá tudo. Podemos ir.

Ele há dias em que sinto que desde a minha infância até aqui houve, sei lá, um salto no tempo...

Qui | 16.11.06

Um Ano Especial

Fátima Bento

E por falar em cinema, ausência de veneno, e quejandas... Hoje estreou um filme que eu TENHO de ver.

Vi o trailer quando vi o Diabo... , e fiquei com a sensação de que este é mesmo um filme daqueles que nos deixam com a alma cheia. Mesmo daqueles bons para quase todas as alturas (tipo banha da cobra, o universal unguento para todos os males, e não estou a ser depreciativa). Gostei tanto da "amotra" que até tenho medo de ir ver a coisa  inteira - não vá apanhar uma BIG decepção.

Também quero ir ver O Perfume, mas desse eu falo depois de o ter visto.

E pronto, me voy, pôr o pézito ao alto, qu'isto hoje tá a doer bué...

B'jinhos,

Fátima

Qua | 15.11.06

O Diabo Veste Prada

Fátima Bento

Vem no editorial da Máxima deste mês uma frase curiosa: a respeito de um pedido de emprego para a revista, a  Directora viu-se a braços com ter de reconhecer o posto em causa "assistente editorial", e às tantas, "fez-se luz no meu espírito quando me disseram que era muito díficil arranjar bilhetes para ver O Diabo Veste Prada (...) aí sim(...) surge uma assistente editorial. Estava esclarecido  o mistério (...)do termo usado pela leitora."

Li o livro.

Fui ver o filme pr'aí há 2 ou 3 semanas, convencidíssima que era um filme "estético", básicamente para  "ver montras".

E a inigualável Meryl Streep.

Tive o (pelos vistos) previlégio de o ver sózinha numa sala de cinema.

       

                     

Confesso que, montras vistas e revistas (ih, k trocadilho tão insosso), gostei.

E gostei principalmento do adocicado da coisa. Do cor de rosa do final, (com-ple-ta-men-te diferente do  desfecho da autora), em que é conferido um toque de humanidade à má da fita.

- porque,  vá lá, convenhamos, por muito quadrada que seja uma besta, não consegue ter os 4 angulos precisamente a 90º!

O livro terá sido escrito a quente, depois de Lauren Weisberger (a Andrea do livro/filme) ter passado um ano a trabalhar para Anna Wintour (a Miranda Priestley) a tal dos quatro angulos a 90º, directora da Vogue Americana. 

Gostei do final. Gostei da ausência de veneno.

[farta de veneno(s) ando eu]

Vou revê-lo, com certeza.

Não aconselho nem desaconselho. É leve como uma pluma, e vê-se para relaxar.

Ás vezes não é preciso mesmo mais nada - pois não?

Fátima

Seg | 13.11.06

Ela há cada uma!....

Fátima Bento

Pois é.

Ás vezes  a gente engana-se.

Mas é melhor começar pelo começo... (mesmo sabendo que vocês todos - sim mesmo sabendo que já não são assim muitos... buáááá!!!  - vão achar que não há hipótese e que eu sou uma neurótica incorrigivel, viciada em auto comiseração, e etc...)

Facto é que (como é do "domínio geral "...), desde que entrei para o ISPA as desgraças sucedem-se a uma velocidade e frequência pouco normais. Ou seja, se nos dermos ao trabalho de somar os dias em que fui às aulas, a gente assusta-se. Agora se pegarmos nesses dias e tivermos em linha de conta aqueles em que eu estava REALMENTE em condições (dito isto, falo dos fármacos no sistema, da exaustão e, já agora, das dores... ), o parco numero cai vertiginosamente. 

Já agora, não descuremos todo o embrulho que envolve as criaturas que não tendo culpa disso, coabitam comigo, e que levaram com

1. Os ataques de mau humor;

2. As crises depressivas;

3. Os ataques de insegurança;

4. os 'ai que já perdi tanto que não recupero, lá vai o sonho pelo ralo abaixo'... e similares ataques de pânico.

Tendo o maior deles ocorrido na passada quinta feira, precisamente por volta da meia noite.

Tenho de situar que nesse mesmo dia de manhã aconteceu algo de que não quero falar e que me deixou ainda mais abalada. E que me levou a enviar sms's aos meus dois mais recentes "amigos", membros do meu grupo de trabalho da faculdade, a desabafar que estava a pensar em cancelar a matrícula.

E assim, tendo um trabalho de Psicologia Cognitiva para fazer e apresentar no dia seguinte, agarrei-me a ele, esforcei, tentei, tentei... e à meia noite voaram A4's pela sala, e avisei os meus colegas (via MSN), que não tinha conseguido, e que deveriam tirar o meu nome do trabalho, pois não era justo prejudicar a nota do grupo (é pá, apresentavam os meus sub-temas em branco e diziam que EU tinha falhado e não tinha feito o trabalho).

Como uma colega do grupo tinha as cópias da parte do livro com a matéria da frequência (História) da próxima quinta-feira, pedi-lhe que se encontrasse comigo durante o fim de semana onde lhe desse mais jeito, para eu fotocopiar e poder estudar. A resposta foi amanhã ou depois digo-te alguma coisa.

Até agora.

E posso esperar sentada.

Após avisar os colegas, e depois de ambos teclarem um lacónico "tu é que sabes", enviei um email à professora a explicar o ocorrido. Desse email vou citar:

 

"Juntar a minha total falta de conhecimento e burrice ao bem  feito trabalho do resto do grupo não seria justo para ninguém (e longe de mim querer prejudicar o grupo)".
Deitei-me arrasada, e, 'off claro', no dia seguinte não fui às aulas. Aliás como tinha referido, quando desejei a ambos bom fim de semana.
Por volta da 13:30h, enviei sms a ambos, a perguntar como tinha corrido a apresentação.
Resposta?
Até agora nada.
E posso esperar sentada.
Não por acaso, EU SEI como correu a aula de sexta.
(estou magoada, chateada, ferida).
Sou burra: 39 anos, já devia saber que não vale a pena confiar nas pessoas.
E se...
...na quinta-feira de manhã o que me tivesse levado a manifestar o desejo de cancelar a matricula tivesse a ver, sei lá, com uma situaçãode divórcio. Ou uma doença grave. Ou outra m***a qualquer. E se fosse isso que me tivesse embotoado o raciocinio? E se...
Estou num curso de Ciencias Psicológicas, Aqui, o importante SÃO AS PESSOAS. 
Os meus queridos colegas, e é aqui que quem teria razão a perde, não se preocuparam comigo. Com a pessoa. Preocuparam-se com A NOTA. A NOTA.
Por isso, meus lindos, eu posso até acabar o curso com um 12, enquanto eles podem acabar com 18 ou 19. Mas uma coisa eu sei:
Não vão ser melhores psicólogos de que eu.
Este curso é a respeito de pessoas, e não de notas.
E quem defender que estou errada, que atire a primeira pedra. É só clicar no link abaixo.
"Prontos"
Fátima
P.S. E pronto, lá vou eu ter de reinventar e recriar a forma de trabalhar na fac. Com p'raí duas semanas de aulas "efectivas", isto é irreal! F**k (pardon my french...)
Seg | 06.11.06

...pero que las hay, las hay...

Fátima Bento

[desde 26 de Outubro]

Coisas Boas:

Houve uma conferencia fantástica dada por um Mestre Zen, Gil Anon, no ISPA, subordinado ao tema religiões e filosofia das religiões (a adaptação é livre, k que me falha o nome certinho do tema). Foi no mesmo dia da visita ao Pavilhão do Conhecimento.

Devem ter havido mais coisas boas (e eu tenho a certeza disso mas foram engolidas pelo que se segue...), mas palavra que não me lembro de nada...

Coisas más:

- contusão feita à saída da faculdade há precisamente 1 semana, tempo que levo em casa, a dar em doida varrida, entupída de anti-inflamatórios e analgésicos, que me fazem duvidar se 2+2 é mesmo igual a quatro...

Uma semana sem ir às aulas, completamente alucinada, deprimida até à medula... tirem-me deste filme.

TIREM-ME DESTE FLME!!!!!!!!!!!!!!

 

AAARRGGGGGGHH!!!