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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Qui | 28.02.08

Por estes dias...

Fátima Bento

 

 

Não, não me tenho esquecido de ninguém, só que tenho tido uma semana louca! Estou a tirar um curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores, e houve uma endoscopia na segunda-feira (falei da "Hierarquia Emocional da Família") e outra na terça, esta já filmada como manda o figurino, em que falei do musical Jesus Cristo Superstar, com power point, musica, o diabo a quatro. Muito giro mas muito cansativo.

 

E na terça-feira, saí do curso, pus-me a caminho de casa, a antecipar “vou dormir a tarde toda!” – estava a planear isto desde a véspera. Fiz o caminho todo na expectativa, já a sentir a cabecinha a assentar na almofada... quando chego à porta do prédio, meto a mão à mala e... as chaves tinham ficado em cima do sofá!

 

Quatro horas na rua!

 

Quatro horas! Foi um pesadelo, juro!

 

Se eu fosse chorona, tinha-me lavado em lágrimas! Cheguei a pensar que não aguentaria, juntando o cansaço e nervos acumulados das duas endoscopias e do teste que fiz na segunda (tirei muito bom, by the way ), mais o facto, que na altura não sabia, de estar a chocar assim qualquer-coisa-entre-a-constipação-e-a-gripe, deixou-me de rastos. Mas aguentei, bravamente, e até trabalhei um bocadinho no portátil, enquanto a bateria durou, que o cabo de alimentação não anda comigo (pesa horrores!). Ou seja, estacionei-me no café da minha sobrinha, que tem umas mesas porreiras, e vá de ler “L’Analyste”, e de passar o resumo das cenas do 1º e 2º actos do Jesus Cristo Superstar para distribuir aos alunos que forem, para os situar mais na peça.

 

Ah, pois, esqueci-me de dizer, a Associação de Pais da escola da minha filha esta a promover uma ida ao teatro Politeama para ver a obra! O lema é “vamos encher o Politeama”, e a meta são as 600/650 pessoas.

 

Eu sou “tão alucinada”(sim, que isto só de gente doida!... Varrida! ) que vou fazer umas quantas “sessões de esclarecimento” para 100 alunos de cada vez, no refeitório da escola! Com  Power Point, musica… o pior é o microfone. Apesar do meu grande problema ser a dificuldade em projectar a voz, o microfone é o instrumento que mais me inibe…

 

E agora, ‘tou no “choco”, qu’apanhei o bichinho qu’ontem a Inês trouxe para casa: como já disse lá atrás diz assim que é uma espécie de qualquer-coisa-entre-a-constipação-e-a-gripe… mas parece que vou ter de levantar-me, vestir-me e sair, que tenho que ir comprar uns itens alimentares em falta…

 

R’ais parta os sapos!

 

B’jinhos sem bichinhos,

 

Fátima

 

 

Dom | 24.02.08

Gatos e fotos

Fátima Bento

Para quem gosta de gatos e/ou de fotografia: tenho uma pequena galeria de fotos em

 

http://olhares.aeiou.pt/utilizadores/detalhes.php?id=6289

vejam e digam o que acham - mas aqui, please... Para ver, depois de clicar no link acima é clicar em ver galeria deste fotógrafo ( eheheheheheheheh, fotografo, eheheheheheheh...)

Falta a Mia, mas essa merece um post só para ela, um destes dias...

Bom fim de semana,

Fátima

Sab | 23.02.08

Jesus Christ Superstar - uma última vez...

Fátima Bento

Hoje estou morta de cansaço. Comecei um curso que me faz estar todos os dia às 09:00 em Moscavide,  a modos que ando contente, satisfeita, mas cansada e sem grande tempo... Por isso, hoje, depois da Rita me te dito que tinha ido ao You Tube rever clips do filme de 1973, não resisto a pôr aqui o meu favorito (já citado num post anterior, mas nada como ver...)

 

- Pode levar um nadinha a carregar, mas vale a espera... pelo menos é o que eu acho...

 

 

 

B'jinhos a todos, especialmente para a Rita, que tive o imenso prazer de conhecer pessoalmente hoje, e inté

 

Fátima

Ter | 19.02.08

Jesus Cristo Superstar - a Obra de Tim Rice segundo La Féria

Fátima Bento

Sobre uma cortina estava projectado o logótipo do musical, enquanto esperávamos o início do espectáculo. E depois a sala escureceu, e, acompanhando os acordes da 'ouverture ', sou surpreendida com uma projecção, apontando o dedo ao "mal" no nosso presente, agora, século XXI.

 

E depois subiu o pano e ... no final senti as mãos quase inchadas de aplaudir, de pé, e a voz já falhava uns quantos "Bravo!" obrigatoriamente incontornáveis numa ovação mais que merecida.

 

Queria aqui conseguir transmitir tudo aquilo que senti enquanto assisti  ao espectáculo, mas, tal não é, de todo, possível.

Posso no entanto realçar alguns pontos, aqueles que mais receava, e que foram ultrapassados com maestria.

 

Num país católico e de brandos costumes, a abordagem acabou por revelar-se um nadinha... soft . Segundo o próprio LaFéria , esta obra é "a visão de Cristo nos olhos apaixonados e inteligentes de Judas". E é exactamente essa a primeira "surpresa" do espectáculo: o protagonismo totalmente assumido por Pedro Bargado (um GRANDE actor, a ter debaixo de olho...) num Judas verosímil, humanamente confuso, cheio de dúvidas e questões, nunca, no entanto, pondo em casa o seu amor àquele que irá trair.

Diz, na introdução do libreto, que "tarde demais ele apercebe-se que foi apenas um peão no grande plano de Deus".

E isso, mais uma vez, vem de encontro a um pormenor nada ínfimo, que deixou a minha mãe "possessa" comigo mais de uma vez, e pôs catequistas, padres e pastores de mãos na cabeça "o que é que a gente lhe faz?"

A questão é simples: se Jesus nasceu para salvar a humanidade, morrendo na cruz ao completar 33 anos, com estava escrito, sendo para o efeito traído por um dos seus discípulos favoritos, porque cargas de água é que o desgraçado do homem foi "amaldiçoado para todo o sempre", só por ter feito aquilo que era suposto ter feito, que estava escrito que tinha de fazer?

Num registo livre e blasfémico, será este Deus, (a existir...), fazendo uso de um homem que acaba angustiado e enlouquece, e que, sucumbindo ao único final possível para lhe ser concedida alguma paz de espírito, põe fim à própria vida, ser o Ser iluminado e bom que as religiões nos servem de bandeja com pano de linho bordado?

 

(eu só perguntava porque é que eles achavam que ele era mau...)

 

No entanto, Jesus é tratado com um respeito reverente, estando David Ventura insuperável na serenidade, conseguindo transmitir ao espectador  o calor que emana de um ser iluminado por dentro, que tranquiliza só de olhar e ouvir.

Reverência levada até ao último segundo do espectáculo, como todo o resto, memorável.

Aliás, como só podia ser tratado. Jesus é uma personagem histórica, que marcou o caminho da Humanidade, de formas que, acredito, nem ele imaginava ser possível, nem nos seus sonhos...

Acho que já "apanharam" todos que sou ateia. Convicta, convicção que me vem de ter conhecido quase todas as religiões cristãs, inclusive com um pulinho ao Espiritismo, porque a  minha mãe, a tal que em 1973/74 era beata católica fervorosa, meteu na cabeça que sabia a bíblia melhor que ninguém e vai de percorrer todas as que lhe passaram debaixo do nariz em busca da que a considerasse "a iluminada".

Debalde.

Só conseguiu que eu ficasse com uma ideia muito vincada de que, se nem só de pão vive o homem, eu quero o meu inteiro, que me recuso a comer o que quer que tenha sido mastigado por terceiros, por melhor que seja a sua intenção.

Por isso, com toda a isenção que me assiste, digo que "Jesus Cristo Superstar é um espectáculo em que só perde quem não o vai ver. Crentes e cristãos são respeitados, e nós, os "desconfiados" ganhamos um pitéu de primeira água, ali espevitadíssimos a apanhar as malhas que vão, discretamente, caíndo.

Não, não é um espectáculo aconselhável.

É obrigatório.

 

Fátima

P.S. - e não sendo nada barato, vale cada cêntimo...

Seg | 18.02.08

Jesus Christ Superstar - prelúdio

Fátima Bento

Em 1973, tinha eu, portanto, 6 anos, estreou um filme chamado "Jesus Christ Superstar", que seguiu a linha da adaptação de musicais ao cinema, como o "Hair", mais ou menos da mesma altura. Tenho a noção que terá sido também por aí que estalou o escândalo do "Laranja Mecânica" do Kubrick , isto num clima políticamente quente, mesmo em cima da revolução...

 

De quando o filme saíu, eu ainda guardo noção da polémica gerada, de ter havido quem "amaldiçoasse" a obra, pois que era uma (des)adaptação livre da Bíblia, e que incorria em erros graves. Não sei se a igreja se pronunciou sobre a matéria mas acredito que não tenha havido volta a dar-lhe...

 

A minha mãe, na altura beata católica fervorosa, tomou-se de amores pela musica que Madalena canta a Jesus, "I don't know how to love him" e claro que, não percebendo uma palavra de Inglês, comprou a banda sonora. 

 

O que quer dizer que antes de me permitirem ver o filme (proscrito lá em casa durante muitos anos...), decorei todas as letras, o seu significado e cantei a plenos pulmões, com a noção de estar a transgredir, mas "só um bocadinho..."

Principalmente esmifrava-me toda numa musica, "I only want to say(Gethsemane)", que se passa no Monte das Oliveiras, quando Jesus pede a Deus "afasta de mim este cálice", segundo a bíblia. Nessa musica, talvez a minha favorita de todo o musical, o que se sente é uma imensa raiva por parte de Jesus de "porquê eu???"

"(...) Listen surely I've exceeded
Expectations
Tried for three years
Seems like thirty
Could you ask as much
From any other man?

(...)Why, why should I die?
Oh, why should I die?
Can you show me now
That I would not be killed in vain?
Show me just a little
Of your omnipresent brain!
Show me there's a reason
For your wanting me to die!
You're far too keen on where and how
But not so hot on why...
Alright I'll die!
Just watch me die!
See how, see how I die!
Oh, just watch me die!

Then I was inspired:
No, I'm sad, and tired...
After all I've tried for three years
Seems like ninety,

Seems like ninety,
Why then I'm scared
To finish what I started
-What you started
I didn't start it!...

God thy will is hard
But you hold every card

I will drink your cup of poison
Nail me to your cross and break me
Bleed me, beat me
Kill me, take me now
Before I change my mind..."

 

Ou seja, cruzei a porta do Politeama, subi a escadaria de mármore e ocupei o meu lugar, cheia de esperança que num país maioritáriamente católico e de brandos costumes, Filipe La Féria tivesse tido coragem de recriar o que eu  desejava ver: uma abordagem verdadeira dos últimos dias de um personagem real e (quanto a mim, e era esse uma das 'imagens' que guardava) humano.

Dom | 17.02.08

Chá e falta dele

Fátima Bento

Ora fui eu e o maridinho daqui para Lisboa, levantámos os bilhetes no Politeama, e ficámos assim  com duas horas para matar.

 

Ora, Baixa=Chiado=Fnac, certo? Passaram n'um instantinho.

 

Mas nestes sítios, os tais "sítios bem frequentados", assistem-se a cenas no minímo caricatas.

 

Vou eu a descer na escada rolante, já naquela parte em que o degrau deixa de o ser, e mesmo atrás de mim vai uma mãe com uma criancinha , sei lá, de cinco ou seis anos. Fazem-me assim uma tangente por trás, imediatamente antes da ultrapassagem coladinha, e a criança pisa-me (não, não foi no dedinho-dedão-batata, senão tinhamos a burra nas couves...) Ora estou eu a preparar o meu melhor sorriso de "não faz mal", que é o que eu faço sempre quando sou agraciada com a palavra mágica, e oiço a voz da mãe: "Por aí não, olhe, o Ricardo tem de vir por aqui".

 

[Que me perdoem as mães-tia que tratam as criancinhas por você, eu não quero ofender ninguém, mas acho isso mesmo a cúpula do pedantismo. Sabem aquele sítio do monte do chantilli onde põem a cereja? Ora nem mais.]

 

Pois, qual desculpe qual quê?

 

 

 Colazione, galeria abstracta, www.olhares.com

 

Por momentos tive a visão de ir atrás daquela mãe, agarrá-la por um braço, virá-la para mim, e olhos nos olhos dizer (com 'accent' de tia, claro!): "Olhe, em vez de andar a dar pála de chiquérrima porque até trata o seu rebento por você na-sa-la-da-men-te, era capaz de ser mais pedagógico ensiná-lo a pedir desculpa quando o caso se põe. É que se a sua mãezinha não lhe disse durante chás que não deve ter tomado em pequenina e que pelos vistos tanta falta lhe fizeram, a BOA EDUCAÇÃO mede-se pelo respeito, traduzido nos "por favor, obrigado, desculpe, com licença..." E não pela quantidade de sons diferentes que se consegue soltar pelo nariz, enquanto se introduz uma distância confortável (para o progenitor) com o seu filho através do tratamento "solene".

Claro que me fiquei pela fantasia. Limitei-me a bichanar ao marido o ocorrido, e a falta de chá da senhora...

Bom, depois fui perder-me na secção de design dos livros e nos DVD's (já tenho dois 'must' para a minha wish list!), e depois, descemos a Rua do Carmo, atravessámos o Rossio, e fomos para a Rua das Portas de Santo Antão.

E o resto, meus amores, fica para o próximo post...

(eheheheh , sou máááá!!!!)

B'jinhos,

 

Fátima

P.S. E hoje, lá teria que ser, 'trisei' o Sweeney Todd...

Sab | 16.02.08

Jesus Cristo Superstar

Fátima Bento

Eu fui.

 

 

 

E, perdoem lá se ando a usar o adjectivo vezes demais, foi FA_BU_LO_SO !

Juro que amanhã faço uma apreciação mais demorada e assente em factos, mas agora estou bestialmente cansada para conseguir sequer teclar!

Até amanhã!

B'jinhos ,

 

Fátima

Sex | 15.02.08

Ora cá está o acto-de contrição...

Fátima Bento

Eu disse que fazia um post em XXL, não disse?

 

Pois cá vai ele!

(Obviamente não tão grande que vocês não fizeram mal a ninguém).

Sim senhor, tive direito a uma prenda do marido.

E não foi um tudo-nada!

Foi "só" uma coisa para a qual eu ando a contar os dias há largos meses - desde que estreou no Rivoli:

Amanhã vou ao Politeama ver o Jesus Cristo Superstar!!!!!!!!!

Acho que nem ele tem realmente noção do que me deu!

 

 

 

Depois eu conto ...

 

 

Yeyy!!!!!!

 

 

B'jinhos,

 

 

Fátima

 

Qui | 14.02.08

Raios partam o dia dos namorados!!!

Fátima Bento

Eu ando c'a telha. Acho que isso é (quase) público.

Mas hoje, o raio do dia dos namorados 'tá-me mesmo a dar nos nervos.

Mesmo!

Fogo, ele é florinhas, festinhas, beijinhos (isto tudo num espaço de 500 metros, porra)!

E depois as decorações de montra, assim feitas à pressa, corações de cartolina com uma qualidade tão blerrgh que ali não comprava nem uma ideia.

Mas o que eu estou é c'uma g'anda dor de corno.

(se estiver enganada, faço um post com letras XXL a penalizar-me pelo erro - com TODO o prazer!)

Mas não vou receber rien, nada, nothing.

A intenção do marido era oferecer-me a pulseira base "Pandora", mas como estamos em contenção de despesas, ontem disse, triste, que ma ia dar, mas não era possível.

Ok, eu também lhe ia dar a da Swatch, e como não vou dar, comprei aquele tudo-nada que lhe vou dar logo.

EU também quero um tudo-nada!!!!!!!

Porra!

Já ando c'uma g'anda telha, e estas bodegas não ajudam nada.

Mas é só um dia, amanhã já é 15, e a gente esqueçe.

Tem mesmo de esqueçer.

Fátima

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