Porque será que os homens sejam de tão dificil compreensão no que diz respeito a nós?
Vou dar um exemplo: comprei um móvel liiiiiindo que ficou peeeerfeito ao lado da minha secretária. Mas peeeerfeito, peeeerfeito era outro igual do outro lado. E o raio do móvel até era barato, mas como estávamos à espera de uma transferência, foram 48 looongas horas "será-que-ainda-vai-haver, será-que-ainda-vai haver?" Transferência concluída, lá vai ela desabrida (sim, que a esta dá para ir a pé), E AINDA HAVIA UM!!!!!! Isto, um nadinha antes das quatro, e como o encartado da casa só chegava às seis, foi uma aflição "que-não-esgote, que-não-esgote, que-não-esgote"!
18 horas, chave à porta : "ainda havia uma às quatro da tarde, pode ser que ainda haja!"
A excitação por causa de um móvel não é contagiosa.
Sentou-se no sofá, a fazer coisas com a sua importância, mas que poderiam esperar 15 minutos: tempo de ir e voltar.
"Mas tu achas qu eu vou saír agora com o carro, quando daquia uma hora tenho de ir buscar a Inês à escola e levar o Tomás ao treino? Não fazia mais nada, não?"
(nota da autora: uma coisa não fica em caminho da outra...)
E pronto, eu deitei-me, ele lá foi buscar um e levar o outro - e, perguntam vós, será que ele foi espreitar se o móvel ainda havia na loja, just to surprise me? O tanas!
Entretanto levantei-me discuti-mos um bocadinho (eu levantei a voz, ele mandou-me baixá-la que ele consegue discutir baixo, o que ainda dá menos importância ao que me magoa), ele disse coisas que me magoaram a sério (eu não sei, terei talvez dito, mas, admito derrota, ele ganhou com as que disse.)
E bati no fundo.
Bati mesmo no fundo.