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Vejam até ao fim, que vale a pena!
Depois de amanhã faço anos.
41
(não é que o numero importe, o que interessa é o que sentimos por dentro - e eu se tenho dias de 20, tenho dias de 75... )
Este ano (dos 40 aos 41) foi uma bosta. A psicologia positiva diz-nos para nos concentrarmos no bom que a nossa vida - de todos - tem. Ya.
Os putos são saudáveis, o marido é companheiro, as gatas são meigas mas têm dias. Eu tenho miolos mas ainda não assumi bem para quê - para escrever, para escrever!
Não tenho pachorra para perder tempo com pessoas que não gosto, e vai daí óspois, ando quase sempre sózinha. Ou tenho que gramar com reuniões familiares em que rifava uma ou duas pessoas de bom grado (umas bolachadas também sabiam razoávelmente).
Não, não sou snob, difícil, embirrante... mas contas feitas, decidi não fazer comemoração nenhuma, que acabava por ter a casa com 3 ou 4 amigos, e o resto seriam conhecidos ou obrigatórios. E eu adoro festas de anos, mas já vai sendo altura de parar de fingir para mim que tenho assim um BIG grupo de amigos, porque não tenho. Amigo para mim, é aquele que se eu gritar socorro, vem ajudar. Contam-se pelos dedos das mãos. De uma mão. E ainda sobra.
'Tou, 'tou na fossa. Hoje recebi uns emails assim um bocadinho p'ó achincalhantes, e não estou nada contente.
A estória 'inda há.de ser aqui contada. A seu tempo.
O meu mail é fatima_bento@sapo.pt.
Quinta dia 2, às 10:30h, faço anos. Deixem comentários aqui no blogue, mandem emais, quem tiver o # telefone ligue.
Este ano preciso mesmo de miminhos. Todos, todos, todos!
B'jinhos,
Fátima
(
)
Eu andava a ler Lobo Antunes, O Manual dos Inquisidores,
até que fui à Fnac, e além de comprar a minha prenda de anos, Os Homens que Odeiam as Mulheres, de Stieg Larsson,
ainda trouxe à pendura A Segunda Vez, de Mary Higgins Clark.
(no meu caso, foi mesmo a versão de bolso, e em vez de 'Pela Segunda Vez', é mesmo 'A Segunda Vez', mas o conteúdo é igual).
Desta autora tenho uma prateleira cheia de livros, que fui comprando ao longo dos tempos, mas já há algum tempo que não lia nenhum. E agora, de roda do livro novo - que só não acabei ainda, porque a vida tem estado assim um bocadinho caótica... - cheguei à conclusão que me transformei numa leitura um bocado mais exigente.
A ver se acabo aquilo de uma vez, que depois de amanhã já ponho as mãos no Stieg Larsson, (e lá fica o Lobo Antunes à espera de melhores dias, qu'o Stieg é um g'anda calhamaço...).
Mas pronto, para quem tem precoceitos em relação ao arrogante Dr Lobo Antunes, eu acho a sua escrita entusiasmante. Só é preciso dar um toque no sintonizador de imagens dos nossos miolos, apanhar-lhe o raciocínio, e é uma maravilha. A sério.
Tenho é de comprar Os Cus de Judas, que dizem ser uma delícia! Mas isso, talvez lá p'ó Natal...
B'jinhos,
Fátima
8h da manhã dirijo-me ao quarto do pikeno em sobressalto, ai que ele ainda chega atrazado, e dou com ele no computador: "só entro às 10 e 1/4, hoje é aquele dia que ele têm aquela aula que eu só tenho a meio do ano. Fica descansada."
E eu fiquei. E fui dormir.
Acordei, fui ao quarto dele, que estava no mais total e completo caos, computador desligado, televisão acesa, faço slaloom entre as tralhas espalhadas no chão, e desligo o aparelho. Saio como entrei.
Assim tipo uma hora depois, vejo um vulto ao meu lado: "mãe deixei-me dormir, e faltei outra vez!"
Oh pra mim d'olhos arregalados: "O quê???"
"Deitei-me às 9 e esqueci-me de pôr o telefone (o 91, qu'o 93 teria talvez caído do bolso dentro do carro...) para despertar..."
"Mas "atão" tu vais entrar às 10 e deitas-te às 9???????"
"Tinha sono!..."
Ah, p'as alminhas, só me apeteceu foi dar-lhe com qualquer coisa pesada na cabeça...
"Duas semanas de aulas e já três faltas?"
Olhos no chão, duas lágrimas, ai que raiva, foi p'ó quarto.
Deixei o almoço preparado, e fui ao banco, e tomar café. E levei a chave do carro para ver se o raio do 93 lá tinha ficado.
Com a preocupação do banco na mona, lembrei-me eu lá de ir ao "parque" ver se o coiso tinha ficado dentro do coiso! Só me lembrei no banco! Também, se lá estiver levo logo, ele não pode ir de telm para a escola...
Ah pois é... no café toca o telefone, filho a soluçar, o telefone estava lá? não sei, quando for para cima vejo, e soluça, soluça, soluça, vai mas é lavar a cara e vai para a escola, e soluça soluça soluça, e tem o bom senso de desligar o telefone.
10 minutos depois, toca o telefone, soluça, soluça, soluça já viste mãe, não ainda não subi, então despacha-te, ainda tenho de ir ao banco, que à bocado estava cheio, e soluça, soluça, soluça, e eu ai p'las alminhas que nem à cabeçada, pago o café, e vou ao banco. Rua acima (desta vez não carregada que nem uma mula), toque de mensagem, ai a m*r*a, chave na fechadura do "bólide", 93 no banco de trás.
Entro em casa, puto no sofá, atiro com o telefone para junto dele (tive de me controlar para não lhe dar COM ele...) filha na casa-de-banho a espirrar, ai que eu tou aflita da rinite, vocifero se tomasses a m***da dos comprimidos não estavas assim, - chiça! não digo mais nada!
Ainda dei duas voltas no corredor, larguei uns palavrões cabeludos, e depois vim sentar-me na poltrona, muito quietinha para me acalmar.
O puto 'inda m'acenou c'a caderneta p'a eu justificar as faltas, mas eu respondi que fazia logo, qu'agora não tinha cabeça (acho que se tivesse pegado na caderneta, lha tinha enfiado pl'a goela abaixo...)
Tá visto.
Tenho de me levantar às oito, arranjar assim um ferro daqueles que dão um ligeiro choque com a ponta, e andar atrás dele...
Agora com a medicação que faço, isso significa deitar-me assim às 9 e meia, 10 horas, para conseguir dormir as horas que preciso...
Isto o ano passado era prática corrente, mas eram dores de cabeça e de barriga, mas este ano... (ainda) não estava preparada...
Irra!
Fátima
Filha a passar uma túnica a ferro:
"Ah, já sei porque e que o ferro de engomar tem este biquinho, não é para voar, que não á aeronáutica, é ergonómico, pora facilitar a passagem das pregas"
Eu, perdida de riso. Lógica da batata, rái de ideia de que não voa...
"Ai voa, voa! A ver se não voa!"
Acabámos todos a rir.
Fátima, a sombra
Pois que isto já não são horas, e que devia estar a dormir, e tal, e bem que tentei, enfrasquei-me de comprimidos para dormir às 23h, com o intuito de garantir uma noite de sono, e eis senão quando, 3:10 abrem os olhos, e os pesamentos maus transformam-se em cobra, a enrolar na minha cabeça até que, bolas, se é para não dormir, vou para a sala.
Já aqui tinha dito que há semanas que parecem anos... e esta semana foi particularmente sui generis, ó senhores, dêem-me um descanso, sim?
Para culminar, à bocado tive um desaguisado com o marido por causa do carro, da carta, do diabo a quatro, e mais sei lá o quê (e nunca chegamos "a fazer as pazes" porque "não se passou nada").
Estou cansada. O meu maior desgosto, neste momento, é não ter ap**a da carta. Vou para a janela, vejo os automóveis a passar, e fica um buraco no peito, porque eu saber, sei, mas não posso.
Mas não é só. Depois de dois ou três anos de actividade voluntária activa, eis senão quando estou com-ple-ta-men-te parada. De ser a Fátima B, passei a ser "a mãe do Tomás"," a mãe da Inês", "a mulher do meu marido". Perdi a minha identidade, já não sei quem sou, nem se alguma vez fui.
Cognome novo: Fátima, a sombra.
A sombra de si própria, e a sombra que passa e ninguém vê...
E para a semana faço anos... eu depois conto a quantidade de telefonemas e SMS's que não vou receber...
B'jinhos,
Fátima, a sombra
A Eduarda é que tem razão! Porque cargas d'água é que tenho de arranjar um tema porreiro para escrever? O blogue é meu não é, então pronto, quem manda aqui sou eu.
Resumo do dia:
Acordei, uma gata de cada lado, e um filho na porta do quarto a dizer que não levava chave e voltava à uma e um quarto - isso fiquei a saber depois, que o que eu percebi foi "volto depois de matemática"...
Tomo o Letter e meto os pés no chão. Saltam as duas felinas que nem umas flechas em direcção à cozinha, oh hora da papa. Oh c'a papa tinha acabado. Oh c'o Tomás não tinha chave e oh qu'eu não podia sair de casa!
Chego à sala e ligo o portátil, para ver o horário do puto - vejam só como a moça é TÃO organizada, que precisa de ligar o computador para ver o horário do filho!...- e vejo que a matemática acabava daí a 35 minutos. É claro que não tinha tempo de ir à rua comprar "papa", antes dele chegar... e seguiu-se a dança: para onde eu ia, era seguida por 8 patas, duas cabeças e duas caudas. E o pior é que as duas cabeças tinham 4 olhos que transpareciam fome de três dias - como se o dono não lhes tivesse dado de comer às 7h...
Tomei o pequeno almoço acompanhada, fui à casa de banho acompanhada - a pequena até me fez abrir a torneira do lavatório (onde bebe água) só para ficar a olhar para mim num misto de gozo e raiva...
Bem, vendo que está na hora do puto chegar, visto-me, e tal e coiso, e preparo-me para sair, mal ele entrasse. Ya. Pois se ele afinal tinha dito uma e um quarto...
5 minutos depois do toque de entrada para a aula seguinte (escusado será dizer que a escola é mesmo aqui ao lado...), saio disparada porta fora, ai que tenho 40 minutos para tomar café (ao balcão, claro) - comprar papa - comprar pão - comprar as revistas que saíram hoje (Lux Woman e Happy) - e voltar para casa, i.e., subir a rua carregada que nem uma mula, como é costume (pois, de quebra ainda consegui tempo para ir ao Minipreço comprar leite e mais meia dúzia de coisas, e ainda fui à fruta...) e consegui entrar em casa 3 minutos antes da criança fazer ding dong.
Yeahhhh!!!!!!!
Depois de dar o almoço ao infante, fiz o saquinho do ginásio e fui tomar café com uma amiga cuja mãe fazia hoje 81 anos, e dar os parabéns à senhora.
E depois fui p'ó ginásio.
E ainda há um ou outro episódio do dia que mereceria contar, mas já estou cansada de teclar.
"Prontos".
Fátima
Não é que não tenha assunto para escrever, não me apetece é escrever sobre os assuntos que tenho, que ainda me sobe para aqui a tensão, e depois é caminha o resto do dia (blerghh!). É que eu até sou hipotensa, mas esta m***a dos medicamentos para a tiróide desregularam-me toda.
Bom, mas a salvação vão sendo os videos.
Este é lindo (e foi enviado pelo Álvaro, que é o gajo que me envia videos bonitos... e videos de gatos... entre outros videos...)
Vide abaixo.
Garante um sorriso e um coração mais cheio...
B'jinhos e fiquem bem. Vou ver se arranjo um tema porreiro para escrever logo...
B'jinhos,
Fátima
Hoje, estando com o telhado todo, resolvi ir tomar café, voltar para casa, vestir a camisa de noite e não voltar a sair. Inclusive peguei no portátil e fui navegar para vale de lençóis.
Entretanto, chave à porta, entra o filho: tou cheio de fome, vim só comer qualquer coisa e vou já para a escola, tenho 15 minutos. Entro à pressa, saíu a correr.
Passado um bocado, chave à porta, Tomás no corredor. "'Atão', puto, tu não tens aulas?" "ya, venho só beber qualquer coisa..." Mmmmm, mãe com pulga atrás da orelha é pior que deus-me-valha. Fui à cozinha, lá estava ele, garrafa de coca-cola numa mão e mão no armário, para aceder a um copo. "O que é que se passou?" "Nada" "deixa-te de coisas" entre soluços:"não consigo encaixar em lado nenhum" e BUUUUUM, veio tudo abaixo. Ainda argumentei que era início do ano, e eram colegas novos, mas e que não, que o colega do lado leva as aulas com manifestações aerofágicas por ambas as vias, e que não o deixa em paz, e que sabe que se juntar a ele ou chumba ou vai a conselho disciplinar, e que não quer, por isso vem a casa todos os intervalos.
E depois passou-se à séria: "o ano passado foi a merda que foi, este ano estava com esperança, porque a escola era outra, mas afinal a merda é a mesma." E sai a palavra "F" duas vezes, e voam os meus chinelos para o corredor (eu até tenho medo de ir ver onde é que acertaram...), e eu puxo dos galões: "desculpa lá mas isso não é só porque não te encaixas. O que é que se passou mais?" Acabou por confessar que ele e outros (tudo repetentes) lhe andaram a mostrar a escola, e que foram ao bar e roubaram qualquer coisa, após o que o meu filho se afastou. E passou a vir nos intervalos a casa. Todos.
Lá vou eu falar com a directora de turma, não sei bem de quê, nem com que argumentos, mas pronto.
Anda uma mãe a educar bem um filho, e depois, precisamente por causa da educção que recebeu, não encaixa. Mas porque é que eu não sou rica? Ou pelo menos porque é que não trago um ordenado para casa para lhe pagar um colégio?
Não, não me esqueci da minha telha, mas é tudo a ajudar...
F**a-se