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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Sex | 31.10.08

António lobo Antunes - Nota Breve Sobre Um Grande Escritor

Fátima Bento

Quem o conhece, diz que é uma pessoa difícil. Imensos jornalistas oscilam entre o fascínio e o medo de o entrevistar.

 

É no entanto, indiscutívelmente, um grande escritor. E porque a peça abaixo, acerca do seu novo livro "Arquipélago da Insónia", me fez passear por entre uma serie de ideias que acarinho sobre o que é escrever, para lá de dar uma imagem diferente do senhor doutor, aqui a deixo.

 

E já sei o que quero para o Natal...

 

 

Qui | 30.10.08

A minha avó Brízida

Fátima Bento

A minha avó Brízida era uma mulher com M maiúsculo, e foi enfiada dentro de uma caixa de sapatos pela minha mãe, para que se moldasse a ela e não crescesse mais do que lho permitia.

 

A minha avó Brízida viveu a vida toda subjugada à filha que fez dela criada, mesmo antes da minha irmã nascer.

 

A minha avó Brízida punha as camas de lavado, lavava a roupa estendia-a na corda, passava-a depois a ferro.

 

A minha avó Brízida não se sentava com o resto da familia à mesa a comer o que tinha cozinhado com esmero para nós. Sentava-se num pequenino banco de madeira e comia do tacho ali ao pé, mas ninguém a conseguia convencer a sentar-se na mesa. Depois de todos comermos, lavava a loiça e arrumava a cozinha. E então ía para a sala para junto de nós, e via um pouco de televisão.

 

A minha avó Brízida usava a 'casa de banho pequenina', que ficava ao lado da cozinha, ao invés da grande, que o resto da família usava. Dormiamos, no entanto, no mesmo quarto, e era ela que me "lambia as feridas", que as havia sempre, e que me fazia sinais por trás da minha mãe quando ela ralhava, o que me deixava tão zangada, que me fazia explodir com mais vontade. Era atrás dela que me escondia quando a mãe vinha de colher de pau em riste, e que, quando esta me fechava na despensa, chorava do outo lado da porta, baixinho, até a poder abrir para eu sair.

 

 

A minha mãe, que sempre teve manias de 'Grande Senhora', tinha vergonha da minha avó Brizida, e da forma como ela se vestia - passajava as próprias roupas, e ninguém a convencia a substituir certas peças de vestuário que às tantas, já tinham quase mais linha que pano...

 

A minha mãe tinha vergonha da minha avó Brízida e não se coíbia de lho dizer. A minha avó empertigava-se, levantava  nariz, e passado algum tempo, quem entrasse na cozinha, encontrava-a de vista parada, a chorar por dentro.

 

Era esse o seu reino e lugar; a minha mãe alternava entre ser ela a aspirar e limpar o pó do resto da casa, ou ter uma empregada que o fizesse.

 

Quando eu casei, a minha avó Brízida mudou-se para minha casa, para ficar ao pé da neta que já tinha dois anos e meio, e para não voltar para casa da minha mãe, que até hoje, está sózinha, solidão que ela ergueu pedra a pedra. Dormia no quarto da Inês, e velava pela segurança da criança de forma intrusiva com os seus 84 anos, intolerável para o jovem marido e pai, que levou com a bagagem toda de uma vez. Nunca se entenderam os dois. 

 

Fui forçada a "recambiá-la" para casa da minha mãe - e sim, custou-me - quando engravidei do Tomás, a casa era pequeníssima, e a tensão entre ela e o meu marido crescente. Tinha 87 anos. 

 

Ficou triste.

 

Depois, após um curto interregno em que eu tentei lidar com a minha mãe, voltou a assistir a um corte de relações entre nós duas. E deixei de a ver...

 

Com 89 anos, no único ano em que trabalhei desde que fui mãe até hoje - e como eu gostava do meu trabalho... - voltou para a minha casa, porque, como a minha irmã pôs no almoço que tivemos as duas: "ou vai para tua casa ou vai para um lar". Trouxe empregada para cuidar dela, mas não resultava, nos fins de semana em que eu trabalhava, o marido acusava a falta de privacidade que a presença da empregada lhe causava.

 

Demiti-me, e voltei para casa, onde fiquei com ela, a minha filha e o meu filho, com três anos. Cuidei dela como pude, durante alguns meses, e depois voltou à casa da minha mãe, quando esta já estava restablecida do 'esgotamento' que a tinha feito quase internar a mãe.

 

A minha avó Brízida morreu com 91 anos. Não teve padre, só flores, e foi um funeral pequeno, já que a religião em que ingressara a reboque da minha progenitora, não incentiva a comunicar a morte a amigos e conhecidos.

 

Ficou uma saudade distante, de quando eu era pequenina, a cama de grades ao lado da sua e eu dizia: "avó, tenho medo..." e ela estendia a mão e ficava de braço estendido com a minha apetada na sua até eu estar mesmo a dormir; de quando era Verão e íamos para Sesimbra, dias inteiros na praia, e a minha avó com a sua bata vestida, à beira mar, pés dentro de àgua e olhos cravados na cria mais pequena... a minha mãe ficava - completamente vestida e maquiada - na barraquinha que alugávamos, a ler.

 

Quando a minha avó morreu, foi a minha verdadeira mãe que foi a enterrar. Só me não pariu, o resto fê-lo com distinção.

 

Fátima

 

 

Ter | 28.10.08

Caixas, caixinhas e caixotes

Fátima Bento

Tenho objectos vomitados nos quatro cantos do quarto. De todas as cores, tamanhos e feitios. Caixinhas e caixas de todos os tamanhos, oh vício, cheias de coisas úteis, inúteis, ou assim-assim. Em algumas das dezenas de caixas nem sei o que está.

 

Há a caixa das luvas, a caixa das velas, a caixa dos penduricalhos - acessórios um pouco maiores, tipo alfinetes flor - a caixinha do material de escritório - cheia de esferográficas, lapiseiras, apara-lápis, borrachas... - a caixa dos comprimidos, onde habitualmente guardo as lamelas dos que tomo correntemente, e em que, devido a ter estado doente há tão pouco tempo se juntaram todos os outros que tomei, e agora está aberta, rodeada de lamelas por todos os lados, ocupando práticamente o tampo da mesa de cabeceira. Junto, colocados por cima, estão os meus óculos de ler e o MP3. E ainda o creme dos pés. Por detrás, duas molduras, (uma caíu há bocado...)

 

Depois, há os cestos. Cestos com caixas de medicamentos, creme de mãos, desodorizantes... cestos pequenos com roupa interior a precisar de correr para dentro da gaveta correspondente. E caixas, mais caixas, com "restos mortais" de interiores de malas e sacos que esvaziei e guardei no roupeiro, uma e outra, que já não sei o que está onde, e as caixas dos óculos, delicadamente colocadas num cestinho debaixo da mesa de cabeceira redonda, que há coisas de que não se pode perder o rasto.

 

Há coisas que invejo na minha filha. Tem uma caixinha para os medicamentos sobre a secretária, tem os acessórios na gaveta da lingerie, meio/meio.

 

Eu tenho toneladas, quilos de tralha a espreitar de todos os lados, pilhas de textos dactilografados misturados com revistas e catálogos a gozarem comigo - arranja-me lugar! - e livros, caixotes de livros cheios de pontos de interrogações quanto ao lugar que vão ocupar...

 

Point being, entre o que ainda está encaixotado, há quase uma ano, e a confusão que eu armei, o meu quarto é o caos em figura de... quarto.

 

Acho que metade vai ter de ir fora, ou então não sei. Eu não sei...

 

Fátima

Sex | 24.10.08

O homem e a bolacha

Fátima Bento

O meu marido está viciado.

 

É grave.

 

O meu marido está viciado em bolacha maria.

 

Em bolacha. Maria.

 

Mas tem de ser do minipreço, senão ele não come o pacote todo de uma assentada.

 

(o que vale é que é um vicio em conta...) 

 

B'jinhos,

 

Fátima

Qui | 23.10.08

Blog novo

Fátima Bento

Um grande amigo meu, muito inteligente e imaginativo, criou um blogue, novinho, chamado Posta Restante.

 

Para quem gosta de boa critica social, ou para quem simplesmente gosta de rir - e os fans dos gatos e dos contemporaneos não ficam defraudados...

 

Vão lá postarestante.blogs.sapo.pt

 

(É qu'o gajo é mesmo bom...)

 

B'jinhos,

 

Fátima

 

Qua | 22.10.08

Connie Talbot

Fátima Bento

Às voltas na Net com uma bruta insónia, descobri uma pérola que TENHO de partilhar:

Connie Talbot, 6 anos.

 

O primeiro video é o casting para o programa Britain's Got Talent, o segundo, é a final. O terceiro, não resisti a juntar, para que não restem dúvidas sobre a voz da pequenina: "I will always love you".

 

Procurem mais no you tube, há uma serie de canções lindas que ficaram ainda mais lindas cantadas por ela...

 

Ter | 21.10.08

Bloqueio mental

Fátima Bento

 

Estou completamente bloqueada quanto à escrita. Assim sendo, transcrevo aqui um texto que me enviaram há minutos, e que achei fantástico.
 
"Alerta do INFARMED
 
O Ministério da Saúde, preocupado com o que tem ocorrido no mercado, no que diz respeito ao uso inadequado de alguns medicamentos, vem a público para prestar os seguintes esclarecimentos às mulheres:
 
Nome do Medicamento: HOMEM
 
Indicações: Homem é recomendado para mulheres em geral. Homem é eficaz no controlo do desânimo, da ansiedade, irritabilidade, mau-humor, insónia, etc. .
 
Posologia e Modo de usar: Homem deve ser usado pelo menos três vezes por semana. Não desaparecendo os sintomas, aumente a dosagem ou procure outro.

Homem é apropriado para uso externo ou interno, dependendo das necessidades da mulher.

Precauções: Mantenha longe do alcance das amigas. Manuseie com cuidado, pois Homem explode sob pressão, principalmente quando associado a álcool etílico. É desaconselhável o uso imediatamente após as refeições.
Efeitos Secundários: O uso excessivo de Homem pode produzir dores nas ancas, dores abdominais, entorses, contraturas lombares, assim como ardor na região pélvica. Recomenda-se banhos de assento, repouso, e contar os promenores todos para a melhor amiga.

Efeitos Colaterais: O uso inadequado de Homem, pode acarretar gravidez e acessos de ciúmes. O uso concomitante de produtos da mesma espécie pode causar enjoo, fadiga crónica e, em casos extremos, lesbianismo.

Prazo de Validade: O número do lote e a data de fabricação, encontram-se no Bilhete de Identidade e no cartão de crédito.

Composição: Água, tecidos orgânicos, ferro e vitaminas do complexo P.
 
Cuidados: Existem no mercado algumas marcas falsificadas, a embalagem é de excelente qualidade, mas quando desembrulhado, verifica-se que o produto não fará efeito nenhum, muito pelo contrário, o efeito é totalmente oposto, ou seja, além de não ser eficaz no tratamento das mulheres, podem agravar os sintomas e até inibindo o efeito do medicamento correcto.
 
INSTRUÇÕES PARA O PERFEITO FUNCIONAMENTO DE UM HOMEM:
 
1 - Ao abrir a embalagem, faça uma cara neutra: não se mostre muito entusiasmada com o produto. Se fica muito seguro de si, o homem não funciona bem, vai começar a produzir defeitos.
 
2 - Guarde em local fresco (homem fedorento não serve) e seguro (não se esqueça que ele é o sexo frágil).
 
3 - Deixe fora do alcance daquela vizinha loira e sorridente. Ela pode estragar o seu produto.

4 - Para ligar, bastam uns beijinhos no pescoço pela manhã. Para desligar, providencie uma noite de sexo. Ele dorme como um pedra e nem diz boa noite (falta de educação é um defeito de fábrica).
 
5 - Programe-o para assinar cheques sem fazer muitas perguntas.
 
6 - Carregue as baterias três vezes por dia: café da manhã, almoço e jantar. Mais do que isso provoca pneuzinhos indesejáveis.
 
Atenção: Homem não tem garantia e todas as espécies são sujeitas a defeitos de fábrica, como: deixam as toalhas molhadas na cama, urinam na tampa da sanita, deixam-na levantada, desarrumam, espalham as coisas, criticam, reclamam, exaltam-se, bebem demais, comem cebola, esquecem datas de aniversário, rressonam, etc.... Não tem arranjo. A solução é ir trocando até que se encontre o modelo ideal, e recentes pesquisas informaram, que AINDA NÃO FOI INVENTADO; mas não custa tentar..."
Sab | 18.10.08

Atenção, atenção!

Fátima Bento

Este post é especialmente dedicado a quem vem aqui ao meu cantinho à pouco tempo, e ainda não conhece a minha família felina.

 

Por isso, aqui vai:

 

São duas meninas,

 

 

BLIMUNDA, 15 anos, 15 quilos. É a "defensora dos oprimidos". Ninguém pode levantar a voz cá em casa sem que ela se empertigue toda e "amande" uns miaus de impôr respeito. E tem sorte: num momento mais quente (sim, qu'isto até as familias c'um'à minha têm momentos que vai-lá-vai...) ainda não levou nenhum pontapé, nem palmada. É só uns "cala-te!" vociferados, a que ela faz ouvidos moucos...

 

 

(ela à noite, quando estamos na sala a ver televisão, põe-se nestes preparos. É claro que umas festinhas na barriga são sempre bem-vindas...)

 

A Blimunda, ou Beca, como é conhecida pelos amigos, não foi adoptada: é filha da primeira gata que tive quando passei a morar sózinha - a Pussy (e não fui eu que a baptizei). A dita andava dentro e fora de casa, e como eu não tinha $ para a mandar esterlizar, estava permanentemente grávida. Era eu que assistia aos partos, que ela recusava parir sózinha, e até avisava de véspera, e depois era tirar fotos às ninhadas, distribuir pelas lojas da zona e esperar adoptantes. Dava trabalho, mas resultava.

 

Esta, e o irmão Buzina, ficaram para a casa. O Buzina desceu para o quintal da vizinha do lado, e terá estado em contacto com um rato envenenado presume-se que com 605 forte, e morreu em agonia em casa, que não deu tempo de o levar ao veterinário. Horrívelmente inesquecível.

 

Mas a mana aí está, para dar e durar. Esterlizada, engordou, mas está tão "fina" que vai durar pelo menos até aos 20...

 

E agora a bébé da casa:

 

 

A MIA tem 3 anos - faz 4 no mesmo dia em que o meu afilhado também faz 4, em Fevereiro. Foi adoptada na Catus, com 4 meses, e foi a gata que mais "luta"  me deu, das dezenas que já tive: para começar, colo nem em sonhos. Contorcia-se até a porem no chão. Festinhas, só se fossem para a pôr a milhas. E se insitíssemos, era dentada de meia noite. Eu e o "pai" andávamos todos marcados. Ainda levou umas 3 ou 4 palmadas dele (qu'eu não bato a ninguém, sou a raínha da paciência), e então começou a perceber quando ia morder, e bazava. Aos poucos, fui-a habituando a festas, sem abusar, e de vez em quando, lá lhe pegava ao colo e punha no chão a seguir. De cada vez, era durante um bocadinho mais de tempo. Dentadas, também levei, mas levantava a voz e dizia, "Eh, pe-que-ni-na..." ou "ah, dó-dói", e ela largava... e bazava. Mas as mordidelas foram ficando mais esporádicas, e o tempo do miminho, maior.

 

 

Hoje já é uma docinha, e adora colinho e miminhos. A última vez que fui à Disneyland, 5 dias, recusou-se a comer, e desidratou... quando cheguei, ficou tão feliz de me ver, que nem sabia o que havia de fazer! Mas mais um dia e teria de ser internada.

 

Agora enquanto estive doente, esteve todo o tempo que eu estive de cama, esteve SEMPRE ao meu lado, encostadinha a mim, e a Blimunda, deitada aos meus pés.

 

 

E as férias? Não faço. Faço casa-praia, praia-casa. A Mia não sobreviveria a uma semana longe da "mãe". É a criaturinha mais mimada cá de casa, e se há coisas que lhe proíbem, como ir para cima de secretária da minha filha - porque às vezes estão lá trabalhos a carvão, ou outros, qu'a menina é de artes - quando eu entro no quarto, ela vai a correr e tumba, em cima da secretária da Inês a olhar para ela com ar de desafio...

 

E são bem tratadas: comida, só Royal Canin, Exigent.

 

Mas por muito que lhes dê, nunca lhes vou conseguir dar tanto quanto elas me têm dado  (deixem-me ser tendênciosa: principalmente a minha bébé!)!

 

E pronto, apresentações feitas!

 

B'jinhos,

 

Fátima

Sex | 17.10.08

Bancada de madeira e SWAT Team

Fátima Bento

Eu tenho uma cozinha muit'a linda. É da Ikea, marfim com puxadores em bétula, mesa em bétula e... bancada em madeira maciça (aquilo é bétula, portanto, serão várias camadas da dita umas sobre as outras, e o efeito final é... madeira maciça).

 

Eu devia estar bêbeda quando quis uma bancada de madeira, pois que até já me tinham avisado - e não, não foste tu, marido! - que a manutenção de uma bancada da madeira era uma m*r*a, e coiso, e eu de impulso, quando me perguntram da bancada: bétula maciça. E pronto.

 

A manutenção da dita, começou por ser ensopar (mesmo en-so-par) a mesma com um óleo próprio, a re-aplicar duas ou três vezes por ano. Sim.

 

Entretanto estivemos sem máquina de lavar loiça, e a bancada apanhou manchas várias, nomeadamente de bolor. Uma M*R*A mesmo a sério. No verão, lá o desgraçado do marido comprou uma lixadora, e zunba na bancada, e vai de voltar a aplicar a gaita do óleo, e o trabalho ficou impecável.

 

O pior são os "apózes".

 

Após o trabalhão que aquela gaita lhe deu, o homem verifica se os pequenos electrodomésticos aí assentes - estamos a falar da máquina de café e da fritadeira electrica - estão a deixar alguma marca, e quando alguém deixa algum objecto lá assente mais de dois dias e aquilo fica com a sua sombra... 

 

Bom, a bom dizer, eu não sou muito dada a estas coisas de dona-de-casa, e o diabo a quatro, e se já não morria por cozinhar (tempos houve em que adorava...parece que foi à séculos), agora até tenho medo. Cozinho com dois ou três panos, ou toalhas de cozinha, ao pé, e vou limpando tudo o que salta para cima da madeira.

 

Não me vá entrar uma SWAT TEAM pela cozinha dentro e abrir fogo por estar a estragar o trabalho dos outros.

 

(ai que isto hoje não está mesmo nada bom... eu jurei que não ia falar nisto, mas agora entrei na cozinha e vi que "qualquer coisa" saltou da frigideira para a bancada, e está lá uma mancha castanho avermelhada, e PORRA ÀS 5 DA MANHÃ VOU TER DE PEGAR NA CABRA DA PISTOLA DE SONASOL E NUM FILHO DA P**A DE UM PANO, E LIMPAR AQUELA M*R*A, por via da SWAT, qu'isto nunca fiando).

 

AAAAAHHHHHH!!!!!!!

 

Quero eu com isto dizer, na maior das calmas, que se estão a pensar em remodelar a cozinha, não ponham uma bancada de madeira. Bancadas de madeira são para casais sem filhos que comem fora a maior parte das vezes.

 

E não vão por mim, não, qu'a SWAT 'inda vos manda a porta abaixo...

 

Fátima

 

 

Sex | 17.10.08

Sinusite e deshoras

Fátima Bento

Para quem se pergunta como vai esta qualquer-coisa-algures-entre-a-crise-de-sinusite-a-constipação-e-a-gripe tenho a informar que já tem nome, é uma bruta crise de sinusite, e à bocado fui ao médico. Melhor, melhor, (ainda) não 'tou, mas mal por mal, 'tou medicada.

 

Tenho o quarteto fantástico:

  • o anti-biótico,
  • o anti-histamínico,
  • o anti-pirético, e
  • o anti inflamatório. E a água do mar p'ó nariz.

 

Por isso assim mais logo - qu'isto já passa das 4 e um quarto da madrugada, pessoal!!!!!! - já escrevo qualquer coisa que se leia.

 

(ainda por cima, na quarta o computador esteve off, que o marido começou a formatá-lo na terça e só acabou quarta à noite).

 

E por falar em marido: hoje fiz 15 anos de casada. Para falar verdade nem dei por nada. Era para fazer bifes-pimenta, mas mal me segurava, e quem fez o jantar foi a Inês. O Vitor ainda se queixou que bolas,pá,osbifespimentaeagarrafadeMonteVelho, páetal, mas batatas, fica para a próxima, um dia destes.

 

Quanto mais vivo, menos percebo bem para quê [não liguem, é das horas - eu sei que a estas horas não devo escrever que sai bosta. A tristeza, o desencanto andam cá engarrafados dentro, e a estas horas parece que ganham vida própria. Nem sei do que me queixo (ai sei, sei) pois que não tenho razão para isso (ai tenho, tenho...)]

 

Bom, vou-me deitar que já estou a começar a meter àgua...

 

Para acabar, só um bocadinho de uma das letras mais bonitas do Abrunhosa:

 

"Quando todos vão dormir

É mais fácil desistir

Quando a noite está a chegar

É dificil não chorar...

 

Eu não quero ser

A luz que já não sou

Não quero ser o primeiro,

Sou o vento que acabou

 

Eu não quero ser

As lágrimas que vês,

(não me lembro deste verso)

sou um barco nas marés..."

 

(a esta hora não garanto que a letra seja mesmo, mesmo assim, mas anda lá perto, tenho a certeza...)

 

Pronto, agora que chafurdei ao de leve na pena que sinto de mim (ai que nojo!), me despeço.

 

Amanhã volto

 

Fátima

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