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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Sab | 31.01.09

16 eus

Fátima Bento

Corre aí na blogosfera uma espécie de repto, que consiste em dizer 16 coisas sobre o blogueiro que escreve na altura, e depois passar a 16 bloggers. Escusado será dizer que ainda não vi ninguém passar a ninguém, qu'isto de ir buscar 16 blogues à memória é obra, e então estão todos a usar o passa-e-agarra.


Ora como eu não gosto do conceito passa-e-agarra, vou fazer o seguinte: não vou mencionar nenhum dos blogues onde vi publicado o desafio, e vou depois passá-lo a 5 ou 6 bloggers.


E então vamos lá debruçar-nos sobre a minha pessoa:

  1. Nasci mãe há quase 18 anos. Têm sido anos com muitas alegrias, algumas ansiedades, mas o saldo tem sido muito positivo.

  2. Nasci neta há 41 anos. A minha avó foi sempre o meu grande apoio e suporte, a minha grande rocha em momentos de tempestade, que chorava comigo quando eu chorava, ao mesmo tempo que me limpava as lágrimas.

  3. Nasci filha não sei precisar há quanto tempo. O meu pai tinha muito trabalho e eu quase não o via, embora quando o visse, ele gastasse sempre momentos muito agradáveis comigo. Não me lembro nunca de o penalizar por não passarmos mais tempo juntos... Depois reencontrámo-nos, na reforma, e desde aí, somos os melhores amigos.

  4. Nasci esposa há 15 anos. “Eu, Fátima, aceito-te Vitor para meu esposo para amar-te e honrar-te por todos os dias da minha vida” - foi mais ou menos este o juramento que trocámos no registo civil do Seixal, há tantos anos que tanto parece ontem como desde sempre. Tem sido uma viagem acidentada, a estrada de vez em quando tem tido mesmo muitos buracos, mas temos conseguido controlar a viatura, e se fora já amanhã, faria o mesmo juramento.

  5. Pelo meio, nasci muita coisa: estilista, assistente de bordo, empresária... mas o mãe ganhou a todos.

  6. Cresci sozinha. nunca tive muita capacidade de integração em grupos nem de fazer grandes amizades (condicionalismos maternos que exacerbavam a necessidade de competir e que me transformou num bulldozer que arrasava tudo e todos, com as notas e a aparência, desapropriada para a idade).

  7. Acalentei o gosto pela leitura, pelo bom cinema, pela imprensa (sou viciada em revistas), pela musica.

E agora, 9 palavras... para completar as 16 coisas sobre mim...

  1. Resiliência – o melhor presente que a natureza me deu. Porque há “sobrevivências” que não se explicam.

  2. Gatos – não consigo viver sem eles, jamais.

  3. Solidão – mas da que se escolhe. Gosto de ir sozinha ao cinema, gosto de estar sozinha em casa, viajar... mas com os anos, esse desejo de solidão tem vindo a restringir-se a períodos mais curtos. E com pontos de referência, não porque tema perder-me, mas porque não quero que os outros se sintam perdidos. E quero o “quentinho” de saber que não estou realmente sozinha.

  4. Paciência. “Ó mãe, não é possível aborrecer-te?” perguntava há dias o mais novo depois de impossibilitar-me pela décima vez de tentar ler uma revista, enquanto aguardávamos uma consulta há duas horas na sala de espera. “Não”, respondi. “mas às vezes, sabes que me passo...” “ e quando levantas a voz até fazemos continência! Mas são tão poucas vezes...” (e tive direito a beijinho*)

  5. Paixão. A vida sem paixão não tem graça, faz-me sentir zombie. Seja um livro, um filme, um projecto. Tem de haver paixão, senão sinto-me a mirrar por dentro.

  6. Mimo, muito mimo, muita atenção, muita ternura, muito carinho, muita envolvência, muito tudo.

  7. Dormir. Na outra encarnação devo ter sido gato: isso explicaria o facto de os entender tão bem, e de dar tudo por uma noite bem dormida. E a languidez, que Roma e Pavia não se fizeram num dia...

  8. Viajar. Sempre, muito. Quando a conta bancária e eu chegarmos a acordo...

  9. Aprender. E por muito que consiga, morrerei na certeza de que nada saberei do tanto que existe para aprender... (sim é uma verdade Sócratica, da Grécia antiga)

E agora a parte díficil: passar a meia dúzia de bloggers. Que tenham tempo, paciência e vontade de se exporem e o fazerem.

Então cá vai:

 

Khadija

Lady magenta

life, inc – ah, esta vai dar trabalho, é para as três. Nancy, “fáchavor” de responder aqui num comentário, ok?

ónix

Rita (achas que em meio a tanto trabalho, consegues?)

Bó Fá

Crazy bunny

 

E pronto, hei-de passar por todos e deixar comentário a desafiar, mas agora vou m'imbora qu'o pikenino tá a ficar mesmo, mesmo sem bateria.

 

B'jinhos,

 

Fátima

 

Sex | 30.01.09

Leitura em dia

Fátima Bento

De cama há 3 dias c'a gripe - mas atingiu-me ao de leve, só que as mialgias e as tremuras não me deixam estar o dia todo em pé. Mas amanhã já estou fina.


Bom, eu ando toda baralhada - e isso toda a gente sabe, não? - e ainda não contei: acabei o 2º livro do Stieg Larsson, "A Rapariga que sonhava com uma lata de gasolina e um fósforo".




Acabei-o pelo dia 10, e dei uma pausa, para sedimentar o que nele houvesse de sedimentável, e parti para "O Arquipélago da Insónia" há meia dúzia de dias. O primeiro capítulo li-o de um fôlego, sem pontos finais para retemperar forças. E depois a gripe deixou-me tontinha das ideias, e ler, só aqui na net, que nem revistas. Hoje lá dei uma vista de olhos nas Happy e Sábado, mas ainda não estou com capacidade para grandes concentrações.


Entretanto vou acompanhando o diz-que-disse, foi-não-foi do caso Freeport, entre as gordas dos jornais e revistas, e dos noticiários televisivos, em meio ao sapo noticias, DN digital, e afins.


Comentários não teço. Já aqui disse muitas vezes que cada povo tem o governo que merece, como, acredito, vamos ver daqui a uns meses...


Enfim...


Fátima

Qua | 28.01.09

Desafio dos sete pecados

Fátima Bento

A Margarida/Reptos lançou-me um desafio - e mais uma vez eu sei que não foi só ela mas, p'las alminhas, acusem-se (é que eu ando tão balhelhas, que no sábado, em vez de pedir dois bilhetes para o "Resistentes", pedi para o "Contrato" - e levei logo um calduço do marido - eheheh - e na segunda, viro-me para a moça da bilheteira "olhe é um para agora, para 'A Dúvida'", ao que ela responde "esse ainda não estreou!" Pois, era para "A Troca"...)

 

Por isso, vá lá, acusem-se, para eu vos mencionar e agradecer, tal como agradeço à Margarida que tem um blogue estéticamente irrepreensível, e não é só a vertente estética...

 

Bom, mas pronto, o desafio consiste em comentar a minha relação com os sete pecados mortais. Aí vai, então:

 GULA

 

 (foto retirada do Sapo Fotos)

 

Ah, não são só os pastéis de Belém... ele é Mon Cheri, ele é Côte D'Or com avelãs inteiras, ele são gomas àcidas - daquelas cor de rosa achatadas, 'tão a ver? A Gula é mesmo um dos MEUS pecados mortais...

 

AVAREZA

 


Ná. Nunca, jamais em tempo algum. Tou mais para a generosidade e o "gastadeiro" de que para o àvaro.

 

INVEJA

 

 (foto retirada do google)

Olha, outro daqueles pecados que não me apanham. Inveja? nepes. Posso lamentar não ter ou não poder, mas inveja não sinto.

 

IRA

 

(foto retirada do google)

 

Isto "quem não se sente não é filho de boa gente". Já houveram situações que me tiraram do sério, mas o que eu senti principalmente foi mágoa. Já parti assim um copito contra a parede, mas pelo sentimento de impotência. A minha maior manifestação de ira foi, numa reunião do Conselho da FERSAP, a tentar fazer valer os meus direitos e valor com dois murros na mesa, e posteriormente, atirei a toalha (escusado será dizer, se fosse homem, tinha tomates, como mulher, devo ter passado por galinha histérica...)

 

SOBERBA

 

(foto retirada do google)

 

Aiiiii... confesso, às vezes sou assim um bocadinho snob. Nunca tratei niguém "de alto" sem ser provocada para tal, mas se me "pisam os calos"... consigo ser assim obnóxia, e deixar quem me provocou a sentir-se um ratinho.

 

LUXÚRIA

 

 (foto retirada do google)

 

Não é um defeito, quanto mais um pecado capital! É necessária e recomenda-se!

 

PERGUIÇA

 

 (e pronto esta é minha, a minha Mia em bebé e o rabiosque da Blimunda)

 

Sou fan. Existe um livro chamado "A arte de não fazer nada", pequenino, com fotos em sépia, uma pérola. E claro, "O Movimento Slow", do Carl Honoré, a bíblia que nos ensina a olhar a paisagem enquanto fazemos a viagem...

 

Et voilá, este é o meu relacionamento com os 7 Magnificos. Vá lá, 4/7 não 'tá mau de todo, uh?

 

Mas o maior, venial mesmo: sou agnóstica militante.

 

E esta hein?

 

B'jinhos,

 

Fátima

Ter | 27.01.09

Maratona cinéfila

Fátima Bento

Ora bem, parece qu'o portátil-mãe está a dar-me uma abébia... por isso, toca a aproveitar.

 

Este fim de semana foi assim uma espécie de maratona cinéfila; começou no sábado, quando fui com o marido ver o "Resistentes", com Daniel Craig, película a que daria uma nota de 10/10. Do realizador de "Diamante de Sangue", é uma obra épicamente real que não deixa ninguém indiferente.

 

 

No Domingo foi dia de "O Estranho caso de Benjmin Button". Eu sei que ainda é cedo para previsões, e tal, mas dêem o óscar ao filme! É lindo, e acho que ninguém, qualquer que seja o género (masculino ou feminino) discordará.

 

Ovação, por favor!

 

 

Segunda, fui ver o desejadissímo "A Troca", às 12:50, by myself. Palavras? Eu saí do filme sem elas. A única coisa que me ocorria é que aquele era um filme visceralmente Clint Eastwodiano. Prende-nos até ao último fio de cabelo e vale ver, ó se vale. Já li considerarem-no um "thriller psicológico", e acho que concordarei até certo ponto. Um thriller geralmente prende-me à cadeira, de respiração suspensa. "A Troca" arraste-me numa dor lamacenta que não sendo a minha, se entranha debaixo da minha pele. Por isso, deixo as minhas reticências em relação ao "thriller" mas concordo com o psicológico.

 

 

A estrear, igualmente imperdíveis:

 

 

Com o fantástico Sean Penn, que tem a capacidade ímpar de se transmutar a cada personagem que faz, e que pode perfeitamente levar a estatueta para casa. A história do primeiro político gay eleito para um cargo público.

A 29 de Janeiro.

 

 

 

 

Esteve em exibição em palco em Lisboa, com Eunice Muñoz no papel de Madre Superiora, e de Diogo Infante no papel do Padre sobre o qual recaem as suspeitas de pedofilía. Aqui, veremos Meryl Streep num desempenho à sua altura, e Philip Seymour Hoffman, igualmente galardoado (por Capote). Imperdível para quem gosta de bom cinema.

A 5 de Fevereiro

 

Ainda em exibição, o dizem que fabuloso "Austrália", com Nicole Kidman e Hugh Jackman,

aqui ao bom estilo de "E tudo o Vento Levou",

 

e sete Vidas, com Will Smith, um filme que me desperta muita curiosidade.

 

E "prontos", estou c'a escrita em dia.

 

Amanhã há mais!...

 

B'jinhos,

 

Fátima

 

Ter | 27.01.09

Novidades aos molhos!

Fátima Bento

O meu pc 'tá passado. Tenho montes de coisas para contar, mas o f.d.p. não me deixa sequer abrir um “novo post” - e não, desta vez não é do Sapo, é mesmo do raio do computador, que apanhou um trojan, que me infectou aquela gaita toda. Têm acontecido as coisas mais bizarras, há 3 minutos atrás, desandou a abrir janelas de internet explorer em branco, às carradas... um horror.


Por isso, estou a escrever sem saber muito bem quando isto vai ser publicado, mas enfim...


Antes de mais:


A quem me deixou desafios: por favor, deixe-me outra vez um comentário com o assunto, que eu ando completamente perdida...

E por falar em comentários, peço desculpa, mas não consigo responder a nenhum.


Por tudo isto, vou tentar passar as odisseias que pautaram os meus últimos dias, por ordem cronológica...


 

Sexta-feira 23 de Janeiro


Resolvi cuidar aqui da menina e fui ao cabeleireiro, mais arrancar as penugens excessivas do rosto. Dali segui para o Rio Sul, onde me dirigi à farmácia e comprei duas embalagens de desparasitante interno para as minhas gatas (ai, soubera eu no que me estava a meter!!!!).


Depois, tomei um café, espreitei a C&A, onde comprei uma túnica preta rendada para usar por cima de qualquer coisa, e que fica óptima com umas calças de ganga, e fui ao continente fazer compras.


Ora, horas passadas, antes de deitar, passámos à acção: pìlula para a Mia – o que devido à minha falta de jeito, e à destreza da bichana, é sempre uma tourada, e eis senão quando seguro numa das caixas de desparasitante, e verifico o tamanho dos comprimidos! 'Atão não se tá mêm'a ver eu enfiar um “rinoceronte” daqueles pela goela daquela que me faz a vida negra por lhe enfiar uma minusculazinha pilula pela mesma via? valha-me o santinho!


Mas uma vez que a Mia tinha acabado de ser “trucidada” de forma a deixar o raio do comprimido entrar, passámos à Blimunda: 15 quilos de pachorísse e lanzeira. O Vitor segura nela, e imobiliza-a. Eu aproximo-me com a raio do comprimido bem embrulhado em margarina, e faço um pouco de pressão com o indicador e o polegar da mão esquerda nas laterais da boca da bicha, para ela a abrir e, tunga, lá para dentro. Pois. A gaja, que de burra não tem nada: enrola a lingua, e eu sou forçada a enfiar os dedos mais fundo para passar a “onda” que a lingua forma. Dedos dentro da boca, nhac! Vai de mastigar! E não, não me mordeu! Mastigou-me! Ora eu que sou dura na queda (eheheheeheh), nova tentativa. Tunga, mais umas mastigadelas, fechamos-lhe as mandíbulas, e vvvpppptt, que ela cospe o comprimido a 50 cm de distancia! E a estória repetiu-se mais duas vezes, com o comprimido a ser sucessivamente atirado a uma distância considerável. À quarta, capitulei, e fui a correr para a casa de banho, meter os dedos debaixo de água corrente e felizmente, gelada, com as lágrimas a saltarem-me dos olhos, e quase-quase a desmaiar de dor.

No dia seguinte, coisas simples como puxar as calças e apertá-las, eram impossíveis.


E tudo porque aquela vaca me mastigou os dedos! É de mestre, que não ficou uma marca, tirando uma ou duas pequeníssimas nódoas negras...


Sábado, 24 de Janeiro

 

De madrugada, à uma e meia, liga-se o gerador por cima do quadro. Dou uma cotovelada ao marido: aconteceu alguma coisa com o quadro, não temos luz!


Pois não. Nem tivemos até ao dia seguinte às 17:00h. Veredicto: o disjuntor derreteu. Pois, à uma e meia da manhã, quando estava tudo desligado em casa. Normal, não?


Atendi o electricista sozinha, já que o Vítor estava na escada numa reunião de condomínio – que, como todas as reuniões de condomínio foi um regabofe de despropósitos,e finalmente, às 18:00h, saímos de casa, deixámos os crianços na avó, e fomos para o Almada Fórum, para irmos à Fnac (obrigatório!!), e verificar se já tinha aberto o Starbucks – já abriu, JÁ ABRIU!!!!!! - e ir ao cinema.


 

Fomos à Fnac, e o meu marido ofereceu-me este brinquedinho onde escrevo: um Asus Eee PC series, branco-pérola, com uma bolsa em verda-fátima, e depois fomos ao Starbucks: ele bebeu um chocolate quente especial, e eu um caramel machiatto (só para variar...)com extra caramelo em cima. Desta vez, em caneca. E mais: acompanhámos com um muffin de chocolate – ele - e com um brownie – eu – e ficámos a rebentar. E já não jantámos.


Subimos ao piso dos cinemas, e pusemo-nos a olhar para os cartazes: nada de interesse com menos de 2 horas e uns trocos... ora, as salas do fórum, se bem me lembro, são um bocadinho apertaditas, e não há intervalo para ninguém. Ná...


Demos meia volta e voltámos para os Castello Lopes do Rio Sul, com espaço para esticar as pernas, e intervalo. E querendo eu ir ver a Angelina, acabei por ver “Resistentes”, com o Daniel Craig, já que “A Troca” não me pareceu filme para o marido, como confirmei depois...


Mas sobre isso, falarei num próximo post.


Só um “cheirinho”: já vi o “Resistentes”, “A Troca” e “O Estranho Caso de Benjamin Button”.


 

Por isso, stay tuned, que eu vou continuar com as novidades...


Agora a seguir, vou tomar o computador do meu filho de assalto, para vir se consigo publicar isto.


Fátima

 

(já agora, não publiquei no pc do puto, mas sim aqui no mínimo fantástico, que já está ligado à net. Yessss!!!!!!!)


 

Qui | 22.01.09

Parem o carrossel que eu quero sair!

Fátima Bento

Pois hoje foi um daqueles dias de autoclismo: se tivesse ido à casa de banho quando acordei, tivesse atirado o dia para dentro da sanita, e puxado o autoclismo, era igual. Correcção: não me tinha chateado tanto.

 

Fui acordada por volta das 8 e picos da manhã de um sono profundo pela minha filha, que, como é hábito, entrou pelo meu quarto dentro com se eu já estivesse acordada há horas, e explanou de uma assentada que "a pasta de arquitecto tinha ficado na casa do (não-se-quem), e que o material de desenho estava todo lá, e que a primeira aula era desenho, e que como ela já andava até farta desta m*r*a, ia dormir, e ia mais tarde".

 

(Ora façamos aqui um parêntesis: eu como sou uma pessoa que, como diz o meu filho não é possível aborrecer facilmente, quando me acordam de sopetão às 8 da manhã, se me disserem "olha, vou matar o cão do vizinho, que m'anda a irritar", o mais provável que saia desta boca é: 'sim, vai'. Ou então: 'deixa lá isso para logo e agora vai-te deitar...')

 

Por isso, a minha resposta foi: "tu é que sabes. Vai, vai-te deitar e deixa-me dormir."

 

Deixa-me O QUÊ?????

 

'Tá-se mesm'a ver...

 

Engoli 4 calmantes, para ver se o coração parava de me querer sair pela boca, e se me chegava o soninho interrompido.

 

Ah, pois sim!

 

Enquanto ela dormia no quarto ao lado eu dava voltas sobre mim mesma, que os  calmantes acalmaram-me, mas sono nem vê-lo.

 

A manhã passou, com um olho no relógio, e às tantas resolvi sair paa tomar café, ir à farmácia, comprar a Visão, e o pão.Voltei para dar o almoço ao rapaz.

 

- e com isto garanto, se não tivesse de lhe dar o almoço, tinha arrancado para Lisboa logo de manhã, e tinha ido buscar o meu cartão do cidadão, que já está pronto há mais de 3 semanas. Eu só queria era sair daqui...

 

A seguir ao crianço ter ido para a escola, tomei mais 3 calmantes, um hipnótico, e fi-nal-men-te consegui dormir! Quando acordei, fingi que ainda estava a dormir, até que resolvi vir navegar na net.

 

À bocado ela chegou, chamei-lhe a atenção e ela desculpou-se outra vez com o material, e que estava desmotivada na escola e "deixa passar, mãe". Deixo passar como, se ela anda desmotivada desde o 1º dia de aulas? "Mas isso não impede que isto se esteja a passar agora! Eu sei quando estou apta para dar rendimento, e quando não estou." "E quando tiveres um emprego também só vais trabalhar quando estiveres em dia sim, ya?" "mas isto não é um emprego" e bla bla bla, rebéubéu pardais ao ninho.

 

"Agora vou aquecer o jantar e vou-me deitar, porque preciso de descansar." "O que é que fizeste durante a tarde?" "dormi".

 

Ok, eu sei que o problema de saúde que ela tem é chato, para dizer o mínimo. Mas o diagnóstico da médica actuou assim como uma "carta de alforria", que agora até tem justificativa para tudo.

 

Estou agoniada. Só me apetece dormir. E fugir.

 

Qualquer dia acordo na terra do meu pai. Estou no meu limite. Porque isto vem fazer bola de neve com outras pequenas coisas que se amontoam...

 

Fátima

Ter | 20.01.09

Um dia igual aos outros...

Fátima Bento

Ora eu hoje levantei-me tarde. Ontem estive a ver um filme noite dentro, "Ella Enchanted", com a Anne Hathaway, que apesar dos pesares, é uma actriz de que gosto, e que protagonizou, por exemplo, os "Diários da Princesa", que eu adoro ver (já tinha mencionado que sou um bocado criançola?) 

 

 

Este "Ella Enchanted", é baseado na estória da Cinderela, com um ou dois apontamentos de outras, como a serpente-conselheira do pretendente a usurpador do trono do Robin dos Bosques da Disney. A ver sem pretensões, só pelo prazer.  

 

 
Bom, mas dizia eu que me levantei tarde. Levantei o estore, pareceu-me que chuviscava. Antes de sair, e de me transmutar de quarentona-desalinhada-com-pijama-polar-masculino, em quarentinha-de-jeans-camisola-de gola-alta-vermelha-pashmina-e-sobretudo, fiz passar as peças de roupa sobre o aquecedor, que recebo o mesmo se decidir passar frio.
 
Peguei no carrinho-maravilha (daqueles com rodas, para poder transportar o raio das compras, já que hoje tinha de trazer litter...) e off I went, com a carteira de ombro, que transporta sempre um par de luvas. Cheguei à rua e até as raízes dos cabelos se levantaram. Irra! 'Frio' é pouco! Busco na carteira, e não é que deixei as p*t*s das luvas em casa? Quem mandou dar a volta à carteira ontem?
 
Toda arreganhada, lá desci a rua e entrei no café, quentinho, e lá engoli o sacrossanto pastel de nata e café. E depois saí e fui às compras. Quando saí fui "obrigada" a pôr os óculos escuros, que, sim, estavam na carteira.
 
41 minutos, e 16 quilos depois, estava de volta para o segundo café.
 
Às tantas, apaga-se o sol, e o céu desce uns bons quilómetros em direcção às nossas cabeças.
 
(OK, lá vem carga de àgua. MAS COM TANTO FRIO, BEM QUE PODIA SER NEVE, HELLO!!!!)
 
Paguei o café e desandei rua acima... hélas, que sim, escapei ao nevão, mas não escapei ao aguaceiro com trovões de banda sonora. Arrrghhh!!
 
E agora, está sol!
 
Entretanto comprovei, mais uma vez, que o meu carrinho é o UMM dos carrinhos de compras: Os 16 quilos subiram ao primeiro andar (não, não tenho elevador), que foi uma limpeza. As rodas grandes facilitam a manobra, e pronto, lá entrei em casa, de carrinho e guarda-chuva a pingar, directo à cozinha, local onde, agora vazio, o Land Rover repousa em frente ao desumidificador, para secar.
 
Agora, estou estacionada em frente à televisão, à espera da tomada de posse do Obama.
 
B'jinhos e até logo,
 
Fátima
 
 
Seg | 19.01.09

Os testes da comercial

Fátima Bento

A Guitinha espevitou-me o bichinho e cá estão alguns resultados dos testes da comercial... pode encontrar os testes em Rádio Comercial

 

Se você fosse uma viagem, qual seria?

 

 

 

 

Que super herói é você?

 

 

 

Que personagem de banda desenhada é você?

 

 

 

Com que artista devia fazer um dueto?

 

 

 

Que cena romântica de filme você é ?

 


 

 

 

Se fosse uma música romântica, qual seria?

 

 

 

Se fosse uma série de TV Mítica, qual seria?

 

 

 

 

Se fosse um hit dos anos 80, qual seria?

 

 

 

E pronto, alegadamente esta sou eu...

 

B'jinhos e boa semana,

 

Fátima

 

 

Sex | 16.01.09

Especialmente Para a Guitinha

Fátima Bento

... que me fez lembrar como é bom ouvir este senhor, quando chove lá fora ou está frio, à volta de um chá ou de um chocolate quente.

 

Mesdames et messieurs, Joe Dassin!

 

 

Aqui na seguinte, falta a primeira parte da frase com que ele abre: "Tu sais, je n'ai jamais étè aussi heureux que ce matin lá... "

 

 

Não é de ouvir uma e outra vez? Obrigado, Guitinha, que eu já não o ouvia há muito tempo...

 

B'jinhos

 

Fátima

Ter | 13.01.09

À dela!

Fátima Bento

É mais ou menos do conhecimento geral que na passada sexta feira dei o primeiro passo de uma longa viagem, quando decidi finalmente começar o projecto que adio há tanto tempo.

 

Mas, e não há como negá-lo, é algo que assusta um bocadinho. Foram anos de faz! faz!faz! e eu nepes, que quem tem cu tem medo e eu visto o 42 de calça.

 

Mas isto é tudo liminarmente ridículo, esta vida é tão éfemera que é um desperdício de tempo deixarmo-nos bloquear pelo medo (tenho de comprar o Flip, acho que acabei de dar outra calinada...)

 

E, se isso não fosse algo óbvio, no passado sábado estive com uma amiga de looonga data, e que já não via há algum tempo.

 

Conhecêmo-nos em 1987, quando ingressámos as duas no CITEM, no curso de estilismo. Fizémos o curso juntas, e formávamos um pequeno grupo éterogeneo, juntamente com mais duas pessoas: o Ricardo e a Isabel. Curso acabado, por razões que não interessam nada para aqui, o Ricardo afastou-se, a Isabel adoeceu e faleceu com leucemia, estando eu grávida da minha filha. 

 

(a Isabel foi a minha melhor amiga desde sempre, e o facto de estar aqui a empurrar o assunto às três pancadas, só quer dizer que ainda me dói, e não quero mergulhar na tristeza, hoje não, hoje não posso...)

 

A João (acredito que ela não se importe de eu usar o nome...), ficou. Como não morávamos perto, fomo-nos contatando por telefone, e bom, os anos passaram. Há dois anos, mais ou menos, andava eu nas compras no Continente e para meu espanto, estava ali a João! Ainda fui abordá-la a medo, com um "desculpe..." que às vezes as semelhanças traem-nos, mas quando ela se voltou e olhou para mim deu uma gargalhada do "desculpe..." e abraçámo-nos aos pulinhos, como duas malucas. Foi bom demais! Acontece que agora ela tinha também uma casa nesta banda, e volta e meia estava aqui, e passámos a encontrar-nos de mês a mês, ou nem isso, mas voltámos a ver-nos.

 

Até que, há pouco mais de um ano, ela me disse que tinha sido submetida a uma histerectomia, depois tinha sido feita nova cirurgia exploratória, baseada nos resultados dos exames que tinha feito, e tinha sido decidido que ia começar a fazer quimio. Quando a voltei a ver, as longas madeixas negras que a caracterizavam já não existiam, tinham dado lugar a um pente dois, pois que começava a quimio no dia seguinte.

 

Fui acompanhando as semanas in e as semanas out (as out eram aquela em que fazia as sessões e a imediatamente a seguir, semanas em que nem o telefone atendia), e eu tentava acertar nas in, para ir acompanhando o processo, e dando uma força. Às páginas tantas, baralhei-me toda, perdi-me nas semanas, e às tantas, fiquei com medo de lhe ligar, medo que crescia com o tempo que passava, medo de que não fosse ela a atender...

 

Este final de ano, enviei-lhe uma SMS, tentando não pensar muito nisso, mas apavorada se a resposta não viesse... e não veio. Até sexta-feira passada, dia 9, em que fui acordada por um telefonema dela.

 

E depois, encontrámo-nos no sábado.

 

Venceu.

 

Sem nunca ter desistido, sem nunca ter descarrilado, a João venceu. Já tem cabelo (já está bem maior que o meu, mas ela sempre teve um cabelo grandão, e eu sempre fui adepta do curto, ou, no máximo, médio), já teve autorização do médico para voltar ao ginásio, já está a trabalhar... e tem um novo mantra: "...mas estou viva!".

 

Eu -"estou mais gordinha..."

Ela -"mas estás viva, não estás? Então o que é que interessa se estás mais gordinha?"

 

E mái nada!!!

 

Há pessoas assim. Que agarram a vida pelos cornos e não largam.

 

A minha amiga João é assim.

 

Fátima

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