O meu puto está no quarto, a jogar com um monte de marmanjitos como ele.
E ninguém me tira da cabeça que isto não é muito saudável.
Porque, embora eles sejam assim uns quatro ou cinco, e eu consiga ouvir daqui as suas vozes - fantástico, nenhum diz palavrões!! - a verdade é que está cada um na sua casa em frente ao seu monitor.
O Tomás desde que entrou de férias, só sai de casa para ir (desde que o carro veio da oficina) à natação. De resto deita-se às quinhentas, acorda ás setecentas, e está sempre online com aquele grupinho. Canudo, gastou 10 € no jogo, já estão mais que pagos, à média de utilização diária!
O que é que isto diz de mim? Mal, muito mal. O problema é que não tenho alternativas para lhe oferecer. Senão arregaçava as mangas, e passava uma noite sem dormir, a vigiar se ELE estava desligado. É que mesmo quando desligamos o router, ele escolhe um filme que entretanto já descarregou, e fica a vê-lo.
Durante o tempo de aulas, cheguei a ameaçar que tirava o cabo que ligava o mnitor à unidade, e ele acatou. Mas agora, fazer o quê?
Na última quinzena de Julho tem colónia de f´erias, e logo se desintoxica... e depois em Agosto estamos todos em casa, vamos à praia, e tal, e e la nave va...
Depois, a Inês "exige" muito acompanhamento e disponibilidade... tenho agora um ano para a ajudar a lidar consigo própria, organizar-se e ser suficientemente independente para conseguir estudar em Inglaterra.
Eu no meio disto tudo, não tenho muito tempo para estar com os meus botões... mas a vida não é como nós queremos, é como é. E a Inês é uma miuda espectacular, merece tdo o apoio.
O Tomás também é um puto fantástico, e eu sinto que no meio disto tudo, está a ficar um nadinha de lado... e eu não consigo dar mais, emocionalmente. Aqui era a vez do pai contrabalançar, mas ele não consegue entender que as reacções parvas dele são próprias da idade... de vez em quando os dois pikenos pegam-se, e lá estou eu a meter na cabeça da Inês que ele está na, como ela chama, "a idade parva", e que na idade parva, os miúdos fazem coisas parvas... e depois vou ter com o Tomás e dizer-lhe que ele deve respeitar a irmã e ser mais delicado com ela... e depois vou ter com o pai e explico que o "picanço" do pequeno à grande é natural na idade, e que ela tem de conseguir separar o que é importante do que não é.
E o mais difícil de convencer é o mais velho...
Já 'tou cum'ós outros, que fazem aquela oração: deus me dê capacidade para ver as coisas como elas são, força para mudar as que posso, e paciência para aceitar as que não posso mudar - não é bem assim, mas é apróximado.
Ufffff...
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