O 1º take foi este.
Estivemos muito zen, quanto mais se apróximava a data. Segunda, passámos a manhã no HGO para uma consulta de anestesia, e na terça, fomos recebidos em pediatria por uma hematóloga muito querida, de seu nome Isabel, que nos explicou os procedimentos, que seriam ter plasma a postos para avançar em caso de grande hemorragia, ou aplicação de uma ampola de Factor 7, factor que o meu pikeno tem em débito, e que lhe provoca a alegada dificuldade de coagulação. Como no segundo caso, uma pequena ampola custa 3500€, foi necessário pedir opinião/autorização ao chefe da pediatria. Que a deu sem quaisquer delongas.
Depois, fomos recebidos pela enfermeira Margarida, que nos explicou com a ajuda do Power Point, tudo o que se ia passar. E fez a visita guiada à enfermaria, mostrando-lhes o quarto onde iam ficar - o Tomás e uma menina, a Mafalda.
No dia seguinte chegámos às 7:40h, e o Tomás tomou um duche, vestiu a bata, sentou-se na cama, ligou o disco externo ao PC, e viu "A Pantera Cor-de-rosa 2".
Enquanto isso, a mãezinha lia na cadeira ao lado:
Ás 10:00h., a enfermeira Margarida entrou muito contente, que a sala já estava vaga, e tunga, que lá fomos para baixo, e nos despedimos dele depois de já estar na maca onde aparentemente foi operado.
Ás 11:00h eu já estava de farda esterlizada e touca no recobro com ele. E segundo a cirurgiã, ele sangrou menos de que é costume! Estivemos duas horas aí - coitado do pai que esteve duas horas sózinho na sala de espera! - porque não havia médico disponível para assinar a dispensa para voltarmos para o quarto. Mas à uma hora, lá fomos para cima.
Com o PC de novo ligado, e a ver o "2012", deixámo-lo, campaínha ao lado, e fomos almoçar - e esta foi mesmo a parte blhéc . Que raio de almoço ('inda assim foi melhor que o do Hospital de Santiago!) - e voltámos. Toma de coagulante ás 17:00, e antibiótico, e de novo às 23h. Como a máquina onde punham a enorme seringa com o coagulante misturado com soro, estava programada para injectar durante uma hora, tivemos alta à meia-noite. Ainda fomos à farmácia, e voltámos para casa. Quis dormir sózinho, se se sentisse mal - o que parecia inverosímil e de facto não aconteceu - ligava-me para o TM, e eu ia a correr.
Na manhã seguinte, acordei-o para o antibiótico e surpreendeu-me com o espanto de que nunca tinha dormido - nem respirado! - tão bem. Nunca pensei que fosse tão rápido!
Agora está ali, a jogar no PC com os amigos, todo contente, ninguém diria que foi operado, não fossem as limitações em relação à alimentação...
Mas a coisa vai... vai mesmo muito bem!
Mais uma vez, obrigado a todos a fantástica força!
E para despedida, uma foto desfocada: