... ou a volta inaugural.
Foi por volta do meio dia e meia, um nadinha depois. Saí de casa e fui ao Seixal, voltei, fui à Amora, depois Paio Pires, Arrentela e voltei para casa. A meio fui a uma loja de roupa ver as novidades e ao Pingo Doce.
Ai canudo!
Lembram-se da primeira vez que saíram com um carro que não era o da instrução, e que não tinham os pés coordenados com os pedais, já que a sensibilidade dos segundos é menor que no carro onde aprenderam? Agora juntem-lhe uma gaja com 42 anos e carta à 24 horas - é que os querenta e dois anos pesam, ô se pesam, a gente tem muito mais cagaço das coisas.
E é preciso estar com atenção a tantas!
A gente já sabe que tem, mas quando o ca**ão do carro insiste em "amandar-se" abaixo, em primeira, com tudo certinho, sem eu perceber porquê, digamos que a gente quando vê um cruzamento ou uma rotunda, concentra-se a 500% no caraças dos pedais, e na estrada, para ver se não é perciso imobilizar o carro (que remédio quando há stop...). À conta disso, parei em cima de uma passadeira... (ih, que vergonha)
Mas decidi que não voltava para casa enquanto não estivesse sem medo. E depois estacionar aqui ao pé foi uma anedota.
Quando entrei no estacionamento, ia a sair um grupo de homens, aqui para o café em frente. Quando entrei, tumpt, carro abaixo. E dei à chave, e o carro tumpt outra vez. À terceira lá entrei, e avancei o suficiente para ver que não havia lugares, "chiça (eu acho que foi chiça que eu disse...), que nem lugar tenho para estacionar!" Tunga, cabeçada no volante.
Imobilizei o veículo e tirei o cinto, nem que demorasse três horas para vagar um lugar, eu dali já não saía. E não é que os simpáticos senhores que tinham acabado de chegar, viram a minha atrapalhação e ouviram a minha queixa, foram e tiraram o carrinho deles para eu pôr o meu, e basaram (se o dono do café sabe que lhe estou a estragar o negócio, não vai acha piada nenhuma).
Ah-ah! O lugar não era mesmo nada apertadinho, mas para estacionar de frente tinha de fazer inversão de marcha, e o espaço, cheio de carros por todos os lados não me oferecia confiança (o carro é compriiido). A 2ª opção, estacionar de rabo, não me agradava de todo. Mas então os tipos tinham-me cedido o lugar, e eu ali a pensar no sexo dos anjos?
Recua devagar e cala-te!
Ora lá vai ela, dou à chave, engato a macha atrás, mas com medo de carregar demasiado no acelerador e me enfaixar no carro atrás...tumpt. 2ª vez e tumpt. "O que vale é que estou sózinha", olho para a esquerda, a entrada, BMW. Arregalo os olhos, Vá lá filha, mexe-me essa m**da! Tumpt! Olho para homem, aflita, faço-lhe sinal que não há mais lugares. Ele sorri e diz-me para estar à vontade.
Pronto, foi o que bastou.
Recuei devagarinho, avancei, endireitei a direcção, e trigo limpo farinha amparo, arrumadinho, direitinho, e eu de "bouche bê", sem perceber muito bem como foi que consegui fazer aquilo tão bem... O BM lá entrou, estacionou num local impossível - e que não é DE TODO para estacionar, tapa o acesso a uma garagem, mas ele devia ir ao restaurante comer qualquer coisa à pressa, eu saio do carro, entro no meu prédio, e nem acertava na fechadura da caixa do correio... Ufa!
Agora já estou mais calma, amanhã a coisa vai correr melhor.
Mas vai lá vai... velhinha, cagadinha e sem conhecer o carrinho... se houvesse mais trânsito na estrada, acho que tinha encostado o carro... pôxa!
E pronto, aqui fica o relato do primeiro dia encartada. Para memória futura =o)))
B'jinhos
Fátima