No mês passado marquei uma consulta de psiquiatria, para rever a medicação, que não  era mexida há mais de três anos.

E o novo psiquiatra é um espectáculo! A primeira coisa que fez, depois de me ouvir, foi pegar numa receita e escrever "O Homem que confundiu a mulher com um chapéu", de Oliver Sacks. Pois, um livro. O problema é que tenho de o ler até dia 20, e ainda vou no 2º capítulo... é que o livro não me apaixonou. Fundamentalmente trata de patologias raras, com exemplos práticos. Muito interessante para uma estudante de psicolgia, mas a verdade é que não tenho tido muita vontade de o ler... horrível, eu, horrível! Menina má, menina má, menina má!

E em relação à medicação, estamos a tirar medicamentos aos poucos; é suposto ficar só com um, durante o dia. Nada de comprimidos parra dormir, e afins, só um ansiolítico em SOS.

E pronto. Para a semana irei de novo ao "sô dotô". Vamos lá ver o que me vai receitar desta vez, LOL!

Amo esta foto, "O meu pé diz-me coisas... coisa diabólicas". não fiquem a pensar que eu oiço vozes, ou coisa do genero, mas eu tinha de arranjar maneira de colar esta foto num post!

B'jinhos,

Fátima

A escola do meu filho, este ano, está a ser um espectáculo. Além de ter a mesma professora de matemática, tem uma professora de francês que é um atrofio. A senhora já por duas vezes, esteve de boca fechada e braços cruzados, encostada à secretária durante 40 dos 45 minutos da aula. É claro que fez um teste e a maioria teve negativa. Na última aula antes do mesmo, uma aluna quis tirar uma dúvida. Resposta da professora: disso eu falei ontem. Se não percebeste, percebesses.

Manda miúdos para a sala do aluno e diz-lhes para informarem em casa que têm falta disciplinar, quando a directora de turma não tem um único registo de tal. Deixa os telefones de uns tocarem na aula, e tira telemóveis a outros... um deles foi o meu filho, porque este ligou os fones ao dito, que estava no bolso , mãe, eu nem toquei no telemóvel!!!! , e os pendurou nos ombros, tipo suspensórios. A situação está de tal forma que já há um grupo que diz que vai furar os pneus do carro da professora. Os pais estão revoltados, a reunião desta semana, foi de deixar a directora de turma assustada, porque não sabia de nada. Esta diz que vai falar com a colega, e se as coisas não mudarem, recorre à direcção.

E por falar em direcção, ontem fui à mesma buscar o telemóvel. Resultado: o professor que me atendeu, com um ar carregado e ofendido, tentou dar-me um sermão. Ôôôôôôô! Calma que eu conheço o regulamento interno, por isso não vale a pena falar tanto. E que se voltar a acontecer, só devolvem o telefone no final do ano e sem cartão. Como disse? Ainda ninguém percebeu que ao agiram assim podem ser acusados de violação de privacidade? E o saldo?

Ou seja, saí de lá a deitar fumo pelas orelhas, não sem antes frisar que o que estava mesmo errado, não era reterem os telefones aos putos por os usarem dentro da sala de aula, o que é de facto uma falta de respeito para o professor e mesmo para os colegas...mas que existe uma coisa chamada coerência, e que a professora ao agir (calculo que) consoante o estado de espírito daquele dia, não está a ser justa para os alunos. Disse a directora de turma que esta é a melhor turma da escola - não é a mesma do ano passado, este ano colocaram-no nesta - e disse mais, que o meu filho é exemplar ( muita )

No entanto, no 1º teste de matemática, e não perdendo de vista os resultados do ano passado 20 negativas para 4 positivas, e 19 negaitivas para 5 positivas, este ano, numa turma de 28 alunos, a melhor nota foi 37%. O Tomás tirou 34%. Mas alguém tem dúvidas que a senhora devia dedicar-se à pesca? 

Canudo!

E é assim... o nosso ensino vai cada vez melhor... pelo menos para este lado.

E cá para mim é mesmo isso: os professores adorariam que os putos aprendessem por osmose, lol...

B'jinhos,

Fátima

Eis senão quando bastaram 48 horas, e-mails, telefonemas, contactos via MSN e pessoais, não esquecendo DE TODO os comentários aqui deixados, para eu conseguir ver as coisas com olhos de ver.

Um escritor quando lança um livro, este deixa de pertencer ao autor, e passa a pertencer a quem o lê. Aqui eu não sou escritora, nem estou a lançar qualquer obra; no entanto, contando com a já provecta existência deste blogue, ganhei agora noção que o mesmo já não é (só) meu: é (também) de quem o lê. Provávelmente até mais que meu.

Eu escrevo aqui. E como sou só eu, o problema é que se páro, o mesmo, óbviamente, deixa de existir.

Por isso, e apesar de não me apetecer de todo escrever, tanto que estive a adiar escrever este post durante umas horas, a verdade é que não posso fechar o blogue. Ou blogues, a ver vamos qual ou quais vou reabrir - o "donadecasices" será dos primeiros.

Devo isto a todos que me lêem, a todos os que gostam de mim, e também, porque não, a mim própria. Desistir de projectos é uma coisa que me dói sobremaneira, e de dores, estou eu farta.

A partir daqui os comentários vão passar a ser moderados, com excepção para os amigos do blogue. Os restantes, serão sujeitos a aprovação.

O anonimato é imediatamente excluído, sem leitura da minha parte: se o comentário não tiver qualquer nome, a tecla apagar está lá para alguma coisa... e eu faço questão de a usar.

Os IP's continuarão a ser gravados: mais, vou instalar um programa de gravação de IP's, para inclusive reconhecer de onde vêm os emails que recebo.

Posto isto, não sei se volto a escrever já amanhã, ou não, sendo que o mais provável é que o faça.

E para quem acha que eu fiz isto para chamar a atenção e ter mais visitas, só tenho a dizer isto:

E vai daí tenho a enviar mólhadas de b'jinhos para todos e obrigado pelo apoio.

A sério, no meio desta tempestade toda é bom saber que nos lêem e gostam de nós (o que é que querem sou bestialmente emocional. Por isso é que as coisas me afectam tanto...).

E agora, acabou de vez este assunto. Não vou voltar a ele nunca mais.

Isto vai ser mesmo começar de novo.

Até amanhã

Fátima

Acabei de escrever o meu último post no Intervalo Para Café. Mais de que esse ser o meu último post naquele bogue, este é o meu último aqui.

Sou, admito, fraca. Não tenho capacidade para lidar com isto tudo. Tanta energia negativa está a fazer-me mal. Chega.

Uma pessoa da familia era para montar um negócio com um amigo. Entretanto o amigo roeu a corda 24 horas da assinatura do contrato de arrendameto, e o meu familiar, alegando que só tem uma palavra, seguiu em frente sózinho. O que nós estamos a ver é que ele vai investir as poupanças de uma vida, e a coisa não vai vingar. E tudo por teimosia.

É precisamente isso que se passa aqui. Se eu digo que ele devia desistir de vez, senão vai ficar pior de que está, devia ouvir esse conselho. Porque a cada episódio destes, eu vou reagindo pior. Ontem, quando abri os mails que continham os comentários do outro blogue, fiquei em tal estado que nem conseguia teclar, tive de esperar para me acalmar, porque com o painel tactil, então, era um piadão, nem fechar páginas eu conseguia, porque não acertava no X.

Não me vou andar a medicar e a lutar para levar uma vida calma, para abrir o computador e qualquer dia me dar um AVC.

Por isso com muita,  muita,  muita,  muita,  muita,  muita pena, este é mesmo o último post. Não aguento mais.

Acredito que vai haver muita gente feliz com isso - e agora vou "chamar os bois pelos nomes" -  onde não incluo as LIfe_inc, o Alexandre Kulcinskaia nem a Sara. Leram bem, não leram? Eu disse que NÃO os incluía!

A todos um beijo muito grande de obrigada pela companhia, pelos comentários, pelo feed back.

Abraços apertadíssimos,

Fátima

P.S: O mesmo se vai passar com todos s meus outros blogues. A ideia não é fechar um blogue, é mesmo afastar-me da blogosfera. A quem me pediu ajuda no "Projecto Despensa Cheia", dou a certeza que vou proceder aos envios prometidos. Beijos mais uma vez e façam o favor de ser felizes.