Profissão a que fui recentemente promovida: motorista...
Estou pelos cabelos.
Sabem aquele formigueiro (de que eu falava no domingo) e que dá em toda ou quase toda a gente que acaba de tirar a carta, passados os primeiros dias, em que só apetece conduzir? Pois é, já deu e JÁ PASSOU...
Eu explico.
Esta semana tem sido linda... A Inês perdeu o passe na sexta-feira passada... e na segunda tinha de levar um tabalho de artes com 1,5m de altura (um busto de montra com uma escultura 3D em cima do pescoço), que não daria para levar no autocarro, de qualquer maneira. Lá vai a mãe, de manhã levar a filha à escola, vem ao Rio Sul e vai fazer duas ou três compritas de Natal, depois ao Pingo Doce, e volta a buscar o mamarracho (que está muiiito giro). De volta para casa, ainda páro na farmácia, no pão, compro a prenda do Tomás, e vou trocar dois dedos de conversa com uma amiga que tem uma loja ao lado. Venho a casa, dou o almoço ao puto e vou buscar a Inês à escola. Entretanto descubro que não trago os ténis que comprei para o puto - no worries, ficaram na loja da amiga. Volto com a Inês estaciono o calhambeque e dou o dia por encerrado, em termos de condução. Extremamente cansada, ainda me deito um bocadinho de tarde mas debalde: foi o dia de atender telefones, os móveis e o fixo... chiça!
Terça -feira foi o primeiro atrofio... fui à escola da Inês tratar dum assunto que tinha de ser o EE a tratar, deixo-a na casa de uma amiga, para ver se ela consegue converter o trabalho de multimédia, feito em Free Hand para Word, para recuperar as cores originais, que o dela não reconhecia, e imprimir para entregar de tarde. Entretanto vou ao Banco, e ela telefona de casa da amiga, que não conseguiu converter nada. Encontramo-nos no estacionamento. Entretanto o Tomás liga-me que entra daí a 40 minutos, passamos no pão, compro dois pães com chouriço, e fico no carro enquanto a Inês sobe a entregá-los. Seguimos para o Rio Sul para comprar os tinteiros, para imprimir o trabalho. Almoçamos lá. A Inês decide ir à Bershka e à H&M experimentar roupa (não há coisa que me irrite mais, mas mantenho a calma). Compra a prenda para o namorado. Saímos do Centro Comercial para a deixar na escola - ih, esqueci-me da mochila à bocado! Voltamos a casa. Espero no carro. Levo-a à escola. Volto, estaciono para ir à loja da minha amiga buscar os ténis. Não abriu ainda (apesar de já ser hora, mas ela é um espírito livre...). Vou ao café onde ela costuma tomar a bica. Não está mas encontro outra amiga. Tomamos café, enquanto damos tempo para a outra abrir o estaminé, e depois vamos para lá. Entro dou beijinhos, sento-me e toca o telefone - é a Inês em lágrimas, mãe podes-me vir buscar já? Lá vou eu. Trago-a, a professora passou-se com a lengalenga do trabalho e deu-lhe pouco mais de uma hora para resolver o imbrióglio. Em casa, dou de comer às gatas e ligo o meu computador para scannear umas imagens para ela. Nem eu consigo atinar com a impressora, nem a Inês consegue sequer abrir o programa. E o tempo passa. Ás tantas eu atino com a impressora, mas o computador da Inês não converte, não altera a cor nem a fonte, e não imprime. A Inês passa-se, e liga para a professora em lágrimas, tentou tudo e não conseguiu imprimir. A professora diz-lhe para se acalmar, e dá-lhe até sexta-feira. MAS tem de voltar à escola para entregar um trabalho (que no meio disto tudo segue incompleto). E lá vamos nós outra vez. Quando voltamos -ufa!- estaciono e desço a rua com ela a pé (obrigado!) para mandarmos fazer os óculos dela. E voltamos para casa. 5 min depois chega o meu marido do trabalho.
Ontem: dou-lhe um módulo para ir para a escola, e fico de a ir buscar à saída, para irmos almoçar à avó, por causa de informar dos ingredientes que preciso para o jantar de Natal, e ficar decidido quem compra o quê. Chego à Piedade, e lugar para estacionar está de gesso. Começo às voltas à procura, chego ao cimo de uma rua que tem um lancil de mais de 50 cm - não estou mesmo a exagerar - tipo lomba. Ora chão molhado, e pedra "polida", quem diz que eu subia? 10 minutos depois, lá consigo, e o carro fica com um horrível cheiro a borracha queimada. Desço outra rua, com igual lancil na entrada - o meu carro é baixinho, TRÁS, faz o pára choques. Encontro um lugar para estacionar de lado. Não consigo encostar ao passeio (depois do que se passou antes, acho que mesmo que a rua estivesse vazia, não o conseguia fazer). Bazo, furibunda, e deixo o carro num parque de estacionamento, a 700m da casa da minha sogra. Quando finalmente chego dizem-me que o parque é pago (embora eu não tenha visto qualquer indicação, nem parquímetros, mas pelos vistos estão lá dois). Desesperada, borrifo-me para a coisa.
Almoçamos as três - eu, a minha cunhada e a Inês, que a minha sogra já tinha almoçado. Começo a sentir-me preocupada com a prespectiva de ser multada. Entretanto chega o santo do meu cunhado, que me vai buscar o carro e consegue um espaço pertinho. Nada de multa!
A seguir ao almoço, decide-se que eu faço as compras, e depois divide-se o total. OK. Entretanto vamos, eu e a Inês, fazer as últimas compras - etiquetas para os embrulhos, e afins. Voltamos, e apanho a auto-estrada para voltar. Chegamos a casa às 17H., estou tão cansada que as pernas até tremem. Juro solenemente que não pego no carro nas quarenta e oito horas seguintes. No entanto, às 19h, saímos para ir levar o Tomás ao treino (mas desta vez vou de pendura!) e vamos à Worten, comprar um laptop para a Inês, que está esgotado. Mas até foi melhor assim, ela pediu um e_escol@s, que acredito não demorará muito tempo a chegar. E entretanto, instala os programas neste e vai trabalhando nele. Vamos buscar o Tomás ao treino, e vou ao Continente buscar panninis para o jantar - de tão cansada, já nem raciocíno. Voltamos para casa, e eu volto a jurar que não pego no carro durante 48 horas.
Hoje acordo com a Inês a entrar no meu quarto e a pedir para a levar à escola, para não perder a segunda aula. Arrrghhh!!!!!, penso. Visto-me, tomo café, pego nas chaves, buga. Na volta vou ao Lidl, e vou comprar a Sábado. Estaciono o carro, entro em casa, dispo-me e visto o pijama e o robe: tradução, não pego mais no carro hoje. E NÃO PEGO MESMO!!!!
Já para amanhã, não posso fazer promessas... eu sei lá que fogo é que eventualmente terei de apagar! O que vale é que vem o fim-de-semana, e eu não conduzo, tá o "home" à disposição...
Acreditem, estou tão cansada!
"Ajuntem" a isto os beijos, os abraços e os miminhos para acalmar e apaziguar, tanto um como outro...
Ahhhh! Estou mesmo cansada!
E agora vou arrumar a casa, que com estas andanças, há 3 dias que se acumula confuão - e a Inês precisa de usar o PC. Nem queiram saber como está a minha despensa e o meu frigorífico! E nem estão muito mal, comparando com o resto da casa!
B'jinhos,
Fátima
P.S: cansaram-se a ler isto? Então imaginem-se a fazê-lo! Arre!