... de caminha. Maldita sinusite. De caminha, quer dizer, de choquinho, i.e., robe e pijama, em casa, quietinha, medicada - com os habituais paracetamol e ibuprofeno, mais, neste caso, Actifed. De manhã ainda dei um jeitinho na casa, pus uma máquina a lavar, mas agora de tarde vou mesmo deitar-me, tenho mialgias em lugares que não sabia que existiam!
Acabei de mudar a gaiola às malucas das ratinhas. Aquilo é uma festa: levo a gaiola para cima da minha cama, com a porta trancada e gatas de fora, CLARO, e tiro a armação metalica. Depois, é por fases...
- espreitam e debruçam-se na amurada a medir a distância;
- escondem-se nos túneis que construiram;
- voltam a espreitar (se eu estiver sem pessa podemos ficar nisto 10 minutos, ou então agarro nelas e ponho-as sobre a colcha);
- já sobre a cama, começam a correr, explorando "o infinito". Ainda voltam ao tabuleiro, uma vez ou duas, mas depois chegam à conclusão que é muito mais divertido andar a correr de um lado para o outro...
- e é vê-las: é uma festa! Para cima, para baixo, e eu de olhos nas mocinhas, não vá alguma resolver experimentar se o chão é da mesma textura da colcha, e eu fique o resto da tarde de c* p'ó ar a chamar por sua Exª...
- entrementes, hoje, estando eu, como já referi, de robe vestido, a Carina descobriu que era um sítio giro para fazer de túnel, e não muito depois a Chiara imitou a irmã. Pronto, 20 minutos na brincadeira, e agora, gaiola limpa, algodão "comestível" novo e um super tubo de cartão para fazerem os túneis novos. Temos neurose até à noite/os túneis estarem de profundidade para se taparem/esconderem/aquecerem.
Não há nada como ter animais, juro. Enchem-nos os dias com sorrisos!
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Mas clar que toda a moeda tem duas faces... tenho para contar uma coisa sobre estas quatro, passado no dmf, que se eu não tivesse visto/vivido, não acreditava. Estive fora de casa 10 horas seguidas, coisa a que NINGUÉM, cá em casa, está habituado, nomeadamente os animais da casa. Quando cheguei à noite, tinha as gatas amuadas, uma para cada lado, a ignorarem-me ostensivamente e... esta é a parte estranha... aproximo-me da gaiola e vejo a Chiara (na foto) com o pêlo com sinais evidentes de desidratação. E eu com cara de parva. Aparece a Carina, o mesmo estado, mas com um ar menos desgraçadinho que a irmã. Ai tadinhas, começo eu a 'ladaínhar', ainda sem acreditar no óbvio... querem mananinha? (rodelas de banana desidratada, pitéu que adoram) Nepes. Vai de virar costas e dar voltas à gaiola. E eu: miminhos? (almofadinhas de cereais recheadas de polpa de frutos vermelhos, que costumam deixar a Carina em êxtase) - come-os tu. Desesperada, tiro a tigela da ração, deito a que continha fora e substituo por uma novinha, de aroma a 100%. Espreitam, descem e escondem-se. Totalmente balhelhas, lanço recurso da única coisa a que elas nunca dizem não: minuíns (não é preciso explicar que sao amendoins, pois não?) Descasco dois. Pois que os meta onde quiser. Pego na tristíssima Chiara que não tenta escapar, acaricio-a e encosto-a ao meu rosto. Faço-lhe festinhas nas laterais do rostinho, nos bigodes (os ratos não costumam gostar) até fecha os olhinhos. Repito a operação com a Carina que, habitualmente bastante mais vivaça que a irmã, se mantém quietinha e venham daí festinhas. Só no final do dia seguinte, depois de muita atenção e miminho, é que voltaram a comer. Não comeram até aí nada, dado por mim ou por todos os que tentaram. Perderam peso que pareciam metade do tamanho.
Ou seja, qero eu ir a Londres! Mato dois ratos e deixo duas gatas doentes!
Mas juro que nunca pensei que fosse possível dois ratos sentirem a falta de alguém desta maneira! Entretanto tenho vindo a abservar o meu comportamento e, realmente, durante o dia, sempre que por qualquer razão passo pela gaiola, baixo-me e falo e faço uma festinha ou dou um qualquer miminho para comerem. E com as gatas levo o dia todo a falar e a fazer festinhas, mas essas já não me admira... já matei um de desgosto, uma de saudades, e a Mia quando fomos os quatro à Disneyland em 2006, 5 dias, mais 24 horas e batia a botinha. Agora ratos?
Por isso, quem não acreditar e me quiser chamar maluca, está à vontade. EU TAMBÉM NÃO ACREDITARIA.