P.S: não esquecer: reunião com o Diretor de turma do Tomás às 15:15!!!!!!
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São quase quatro da manhã. Há uma, cansada de me bater e me sentir miserável, levantei-me da cama e fim para a sala esvaziar os miolos no 'Pioneer Trail'.
No entanto, agora que volto para 'Vale-de-Lençóis', sinto-me assim:
Hoje acordei cedo: preciso das minhas 8 horas de 'sono de beleza', mas como estou em processo de desmame do zolpidem (i.e, já não o estou a tomar, tendo sido substituído pelo diazepam em doses mais elevadas que têm estado a ser diminuídas gradualmente), tenho adormecido mais tarde, depois de virar umas paginas de um dos 'N' livros que esperam pacientemente a sua vez.
Levantei-me, tomei o pequeno almoço com o marido, ele foi para o ginásio, e eu ao hipermercado, aproveitar a promoção dos -50% da Vichy (só até amanhã), e trazer mais meia dúzia de itens de que precisava. E depois fui tomar a minha dose de vitamina D, um café na baía, antes de voltar para casa.
Eram duas horas, give or take, e eu estava com uma soneira 'à séria', ao que sol na moleirinha e resultante estado zen que tal isso me provoca não terá sido alheio.
E vi daí, fui fazer uma sesta 'de uma hora', como disse ao Vítor. Li um capitulo do livro, e lá me enrosquei toda para chamar o Morfeu e a Piccolina, que aguardava que eu desligasse o candeeiro para se vir aninhar e 'dormir com a avózinha'.
Passado um bocado, abro um oho e vejo a Mia a 15 cm do meu rosto com um olhar implorante: levantei o lençol, ela passou para dentro e enroscou-se no meu colo. E ficámos assim:
Ontem agarrei em mim e fui ao cinema, ver o filme-mais-indicado-que-está-em-exibição-para-quem-está-assim-a-modos-que-um-bocado-em-baixo:
Tenho de pedir desculpa a todos, nomeadamente à Diana e à Luna, por ter apagado o post anterior, e com ele ter arrastado os seus dois comentários.
Quem me segue sabe que eu NÃO APAGO POSTS, e esta exceção só vem confirmar a regra. Mas isto de mergulharmos nas nossas memórias pode magoar quem não merece, ou ainda levantar poeira, e a verdade é que não preciso de mais merd@ na minha diz-que-é-uma-especie-de-vidinha...
Entretanto, se o post apagado tivesse uma musica seria esta:
Mas eis que hoje é outro dia, e vou mesmo-mesmo a caminho do segundo ristretto, e eu chego LÁ (seja lá isso onde for...), eu chego, chego sim...
Quem como eu, logo a seguir ao noticiário foge para o AXN, Fox, e derivados, terá, nas últimas semanas levado com a lavagem do 'Era uma vez', que estreou no AXN na passada sexta-feira sob a forma de um episódio duplo.
Nisto, como de resto em tudo, divulgação a mais deixa um aroma a esturro no ar, pelo que começámos a ver com o nariz franzido de cepticismo. No final, o veridito é que, até ver, convenceu. Não vejo ali nada de LOST, (já que uma das pedras basilares da divulgação assenta no facto de o argumentista ser o mesmo), e tenho para mim que vai durar mais que um caixote XL de pilhas Duracell. Muito pano verde para os cenários, mas vou continuar a ver (ou a gravar). Até dar, que tenho a Iris a deitar por fora com 'Ramsey's Kitchen Nightmares', e episódios do Seinfeld (Tomás), Conan O'Brian's (idem) e 'Uma família muito moderna', mais 'Fringe'... Eu sei que a caixa tem uma capacidade grande, mas não sei qual é...
Entretanto, sábado passado a Sic Notícias estreou um programa novo, 'Conversas Improváveis'; o primeiro programa foi com Ricardo Araújo Pereira e o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa. Não podia perder, e às 23:00h, estava em frente ao pequeno écran, à espera de ver uma conversa gravada em estúdio entre os dois. Pois que nada disso.
O programa resulta de uma ideia um bocadinho preversa: primeiro, tem dois jornalistas/entrevistadores (wtf?) de premeio (Anselmo Crespo e Bernardo Ferrão), e os quatro elementos, convidados e jornalistas estão sentados em confortáveis cadeirões de orelhas... sobre um palco (Teatro Miguel Franco, em Leiria). Com assistência.
EXCUSE ME?
Pronto, não sei de quem foi a ideia, se é importação de modelo, ou se é nascido de cabecinha(s) made in Portugal, mas que é um formato levado da breca, é. Achei, no mínimo estranho, como estranhos estavam os convidados, nomeadamente o RAP, que me pareceu pouco à vontade (se é que tal é possível). Já MRS esteve igual a si próprio (e o que eu gosto dele!), o homem é um excesso per si, se toma café, tem de passar a descafeínado. Mas é, sem sombra de dúvidas, único.
O programa, graças aos céus, passa uma vez por mês, sempre, tanto quanto percebi, filmado no mesmo teatro. A ver vamos (sim, que não tenciono perder) quem serão os próximos convidados... mas o que o programa ganhava se fosse em estúdio - até podia ter assistência, mas assim... parece que tentaram criara um cenário intimista para uma qualquer peça de teatro sem guião, e que os 'pontos' em lugar de estar no fosso, com lhes compete, dividem o palco com os atores.
Estranho. Muito, muito estranho.
Acabei de chegar do hipermercado: meninas e meninos tenho a anunciar que pela primeira vez neste ano da graça de 2012, tenho
a) os miolos dormentes
b) as vias respiratórias congeladas.
(claro que podem dizer que, em boa verdade, às horas que eu saio de casa já não está frio... lucky me!)
Gosto do frio. Gosto mesmo do frio, e não me conformo por este ano ainda não ter sido obrigada a calçar luvas, e a andar de cachecóis ou golas de tricot à volta do pescoço. Será que é desta?
Não querendo intrepôr-me entre S. Pedro e os agricultores, deixo um pequeno desabafo: o sol que se mantenha, ai o que eu gosto de sol, só no Natal é que gosto muito de nevoeiro - aliás, a seguir ao sol dêem-me nevoeiro. E vento, adoro vento - mas à chuva não acho piadinha nenhuma, a menos que esteja em casa... aí, meto mais uma mantinha polar na cama e abro uma fresta da janela só para ouvir chover...
Coisas minhas...
P.S: vou ali fazer uma cházada de frutos silvestres para descongelar a faringe a laringe e a traqueia e já volto...
Pois ando.
À simples pergunta tive logo que procurar uma resposta acurada ao 'porquê' que se formou na minha mente. E desta vez a resposta não contém nada de profundo, de subtilmente escondido nas entrelinhas das evidências mais ou menos evidentes (ihhhh qu'a mau!) que compõem os meus dias. Por uma vez não há cinzentos; só preto e branco. E a resposta é clara como a água.
Lembram-se deste post? Pois é mais ou menos isso, adicionado à minha reação aqui, por oposição ao que escrevi no post cogumelo atómico. Mas é capaz de ser melhor fazer um resumo, para quem ler este post não andar a saltitar de link em link, ou então, acabar a leitura sem perceber nada.
Acho, de qualquer forma que a primeira referência é de ler. Tem a ver com a minha incapacidade para as tarefas domésticas, e o 'monstro-cozinha' que me tira o ar, tem a ver com a quantidade de anos que passei a tentar encaixar-me numa 'forma' demasiado pequena ou grande, em que nunca coube. E finalmente tem a ver com admitir isso preto no branco, e deixar cair o 'cabresto' imaginário que sempre senti imposto e em sequencia, conseguir transformar a cozinha, uma verdadeira war zone, num espaço agradável. E tê-lo mantido agradável durante uma semana inteirinha - tendo essa 'capacidade' recém adquirida se espraiado a outras divisões.
Pois que aqui a rebelde-de-cabelo-na-venta-demasiado-boa-para-levar-a-cabo-tarefas-domésticas-com-eficácia, durante os últimos nove dias se transformou não numa fada-do-lar (não, nunca, jamais em tempo algum!), mas numa dona de casa razoável. Tão só e apenas porque parei de espernear.
E depois, fez-me tão bem ter-me deixado ir na onda de reclamar por ter sido acordada à bruta - habitualmente respiraria fundo e manteria a calma, e levava o resto do dia indisposta, ansiosa, a resvalar para o deprimido. Mas nesse dia, kaput! , e soube tão bem.
Sempre tive um imenso preconceito (de pré-conceito) em relação às donas-de-casa. A imagem formatada de subserviência, de formiguinha-louca sempre atrás do resto dos elementos do agregado familiar, a apanhar as cuecas que o marido atira antes das mesmas tocarem no chão, e a lavar roupa antes mesmo que esta esteja suja, a saltitar de tarefa em tarefa, sem tempo para si, nem qualquer espécie de vida própria. Essa é uma imagem que me arrepia até à medula. E levei estes anos todos a sacudir-me, '... nem pensar, sou muito pessoa para me transformar numa coisa tipo sombra'. E isso resultou em dias, semanas, meses - vou arriscar anos, sem estar realmente a exagerar - a sentir-me culpada, inadequada, incapaz... acho que o clique deu-se nos primeiros dias deste ano, e o facto de coincidir com época de resoluções e blá, blá, blá não teve nada a ver.
O Vítor teve as duas últimas semanas do ano de férias, e garanto que a casa andou num brinco - isto é, a cozinha andou num brinco, que o resto das divisões são 'minhas', só eu é que tenho mesmo de me entender com elas - digamos que 90% da tralha é minha, ou sou só eu que (tento) arrumo já que ninguém faz a mais pálida ideia de onde pôr roupa lavada, por exemplo (um problema que dava um post per si, mas que vai, slowly and steadly a caminho da solução). Mas depois falo nisso.
A casa andou num brinco, já que a consoada foi aqui, e de uma ou de outra maneira, teve tudo de ficar arrumado. Ou seja, dia 2 o homem foi trabalhar e a casa estava uínda. Entretanto, diga-se em verdade que estive com uma constipação de caixão-à-cova, e no dia 6 estava a sentir-me francamente 'menos que zero', depois de uma semana a arrastar o meu sorry ass pela casa sem fazer um c*, com a cozinha numa lástima (a atrás referida war zone), sentindo-me culpada até à alma, coisa que se refletia muito bem na minha aparência e cuidado que (não) dedicava à mesma. Foi nesse contexto que saíu o discurso
"... e levei 18 anos - mais de 18 anos! - a tentar e não consegui, nunca consegui, achas que vou passar os próximos 18 a fazer o mesmo e a sentir-me culpada e frustrada por não conseguir? Nope. À conta de pensar no que não sou capaz de fazer e devo, e de me programar para tentar e arranjar desculpas para não fazer, já que sei o resultado, acabo por não fazer aquilo para que tenho algum jeito, ou que poderia descobrir que tenho. Já chega. Tenho de aceitar que não fui talhada para determinadas coisas e seguir em frente. Chiça!",
e a citação
"Fazer, todos os dias, as mesmas coisas e esperar resultados diferentes é a maior prova de insanidade' Albert Einstein" ,
que tiveram o condão de virar tudo do avesso: a maneira como eu fazia as coisas e, mais importante, a forma como eu pensava.
Por isso, há pouco mais de uma semana que me sinto 'mais mulherzinha'. Não encaixo, de todo, no protótipo do meu preconceito, e devo gastar menos de duas horas de volta das tarefas domésticas por dia. MAS a forma como as utilizo faz toda a diferença - e é que nem sinto necessidade de estar a fugir porta fora para não olhar à minha volta. Estou muito mais em paz comigo.
E sim, querido, ando feliz.
It's that simple!
Aqui por estas bandas, a televisão é ligada pelo marido: de manhã, antes de ir para o trabalho, vê a Sic Notícias enquanto toma o pequeno almoço, e depois volta a ligá-la quando chega e vê qualquer coisa (nomeadamente o Eurosport), enquanto lancha. A seguir vai para o ginásio, e aí, sim, a tv fica ligada.
Como boa gaja que sou, ligo-me a um canal de gajas-e-donas-de-casa, neste caso o TLC, até há hora do noticiário. À segunda vejo o What not to wear, à terça o Extreme Couponing (honestamente, oiço enquanto me enterto no pc. Não há cu pachorra para estar uma hora a ver pessoas comprar coisas que não precisam sem gastar um tostão, só porque isso mesmo...) À quarta via o Sister Wives (pura curiosidade, e vai lá vai que aquela gaita deixou-me sempre com os sentimentos mais contraditórios...), mas ontem foi dia de estreia de 'World worst mom', que vi com o Tomás.
Comecei por gracejar que há muita gente que me deve ter rotulado com tal título. É mesmo verdade, e às vezes até eu ponho em causa se não sou demasiado pragmática. Pragmatismo pode ser confundido com frieza, e isso às vezes põe-me a pensar...
Depois fomos falando ao longo do programa, e eu lá fui consolidando uma"certeza"
(se é que alguém pode arrogar tal isso):
de que a única coisa boa e bem feita nestes 44 anos, foi a forma como encarei a maternidade e a forma como eduquei (e vou educando) os infantes.
Passo a dar exemplos práticos:
Por aí. Mas existem situações dificeis... cada vez que eles tinham uma visita de estudo, na véspera esforçava-me para não haverem situações aborrecidas, e quando os levava ao autocarro, tirava fotos mentais, já que tinha presente que podia ser a última vez que os visse com vida (o vice-versa também seria uma hipótese). A acontecer alguma coisa queria que ficassem memórias boas. Mas NUNCA evitei que os meus filhos fizessem o que quer que fosse por via da lei das probabilidades. Isso seria egoísmo da minha parte!
A 'foto' de memória mais nítida que tenho 'guardada' é a da Inês, no dia 11 de Agosto de 2010, passada a barreira de segurança do aeroporto, cabeça virada para trás, olhos com um brilho de expectativa e saudade antecipada a sorrir e dizer adeus - nunca antes tinha sentido de forma tão forte e nitída a certeza de que podia ser a última vez que a via.
Não a tentei segurar aqui, encorajei-a a abrir as asas e voar, e ela lá anda em cima a voar tipo avião supersónico que volta-não-volta apanha valentes poços de ar, mas a vida é sempre (para uns mais, para outros menos) assim.
Agora combina-se que o puto vai passar um mês com ela nas férias. Lá vou eu fotografar outra vez o olhar de um rebento depois de passar a barreira de segurança. Mas acho otimo. Vai ser um desafio dos diabos, andar de bus e tube sózinho (ela só vai estar com ele 24/7 nos primeios dias), e desenrascar-se com tudo... quando voltar a aterrar, estará pelo menos um ano mais crescido!
Quem tem telemóvel não se perde por completo. Isso e boca. Ele fala quase melhor inglês que português, portanto...
Agora contem-me: o vosso estilo maternal é muito diferente do meu ou nem por isso? Eu sei que até parece mal, mas das vezes que, no hipemercado, o Tomás fazia birras, deixava-mo-lo a chorar e viravamos costas. Invariávelmente, ia a correr atrás de nós e parava a birra - MAS das primeiras coisas que ensinámos aos dois foi que se alguma vez se perdessem de nós, deviam dirigir-se a um segurança ou agente.
Uma pessoa só pode dar-se ao luxo de ser a pior mãe do mundo se tiver acautelado as premissas obvias. Embora possa não parecer, a verdade é que, tanto quanto possível, as variáveis estiveram sempre controladas. Sem ansiedades nem angústias. Não os probí nunca de subirem a árvores mas fiquei, como-quem-não-quer-a-coisa suficientemente perto para os apanhar se caíssem.
P.S: Resultados práticos da aplicação dos exemplos que dei, acima: nenhum deles é obeso; nunca ficam doentes (tirando as rinites e sinusite, que não derivam da utlização de maior ou menor quantidade de roupa e/ou guarda-chuva). Confiança recíproca.
*World's worst mom", TLC terças-feiras, 19:10h