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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Sex | 03.08.12

A minha critica às 'Cinquenta sombras de Grey', após as primeiras 39 paginas - especialmente para ti, momentosdisparatados!

Fátima Bento

A pedido, alterei a ordem da minha lista de livros, e à bocado, dei uma voltinha n'«As cinquenta sombras de Grey».

Pois que confirmei as minhas suspeitas: a tradução é uma merd@, logo começando no título:

Para que conste:

50 shades of Grey 

NÃO É

As cinquenta sombras de Grey

Consigo entender, pelo que li sobre o livro (e não pelo pouco que li do livro), a intenção posta no título português, mas o título original seria, quanto a mim, mais apelativo. 

Ora começamos então com a tradução, e continuamos na mesma: a menina pensa e diz 'fogo', volta e meia, e eu só me interrogo que diacho é que as senhoras tradutoras estão a substituir por 'fogo'... será fuck? Dado que também existe a palavra 'raios' (sim a sonsa menina Steele que treme como varas verdes e sente muito calor nos primeiros dois capítulos, pragueja que se farta), aka damn it, não sobra muito para a palavrinha de quatro letras.

Quanto ao estilo da escrita, sim, é má. É mesmo má. 

Por isso, serve lindamente para o fim a que se destina: durante os minutos que levei a ler as primeiras 39 páginas apesar de estar 'a estudar' a coisa, para formular opinião, os miolinhos estiveram tão desligados - tirando uma ou outra náusea ocasional gerada pelos relatos na primeira pessoa, que têm pesos nas pontas como as tolhas ao ar livre, para não voarem de tão leves (e ocos, e tão, tão maus...) - que até me consigo imaginar a ler aquela coisa pela noite dentro, só porque sabe bem sentir-me de férias, e o cérebro agradece. Só liguei à terra quando li 'escoteira' escrito assim mesmo, com O. Mas a gente perdoa, aquilo foi o dedo que acertou na tecla errada (as if...).

Quanto ao sexo-sexo-sexo, bondage, SM, e mais tudo o que falam, ainda é muito cedo para me pronunciar, a coisa tem-se contido a arrepios até ao 'baixo-ventre, até algum sítio escuro e inexplorado no fundo do meu ventre'(lirismo puro!) quando os dedos de ambos se tocam.

Ah pois é, alimpa-te que quem escreve assim... aiai...

Resumindo e baralhando (e acredito que, para quem ler isto em busca de luz, o 'baralhando' encaixa aqui que nem uma luva!), não dou de todo o livro por mal comprado. É exatamente o que se quer para esta época super-hiper-mega-light de silly season (aka estação palerma).

Não recomendo nem 'desrecomendo'. Cada um sabe o que procura para as férias.

Eu, e dada a conjuntura que me rodeia, é mesmo, mesmo isto. E mal por mal, já tenho livro para o verão 2013 - mesmo que saia antes, vou guardá-lo para agosto. É que tolinha, tolinha, só um mês por ano, certo?

Sex | 03.08.12

Um bocadinho de futilidade nunca fez mal a ninguém, pois não?

Fátima Bento

Sabem as clutch? Aquelas que dantes se chamavam pochettes, carteiras (agora carteiras são todas; e as de guardar cartões e dinheiro passaram a chamar-se porta-moedas independentemente do tamanho...), de usar na mão, e que pululam nos desfiles deste mundo e do outro, estação após estação - o que eu acho muito bem, já que me pelo pelo objeto.

Pois que algumas das ditas têm uma correntinha para pôr no ombro, coisa fininha e discreta, para usar dentro da mesma.

Ô, perguntam vocês, então porque é que trazem a corrente, se não é para pôr no ombro?

Pois que não é suposto usar uma clutch no ombro.

Mas pode?

Pode.

Eu explico

A clutch começou por ser uma carteira para usar em ocasiões especiais, festas, casamentos, the works. E os modelos mais pequenos continuam a ser muito bem vistos e recebidos em tudo quanto é festa (as maxi-clutch - paixão! - são assim a modos que mais para o dia, estão a ver?). E agora, digam-me, estão numa festa e vão dançar. Ou numa refeição volante, em que uma mão segura o prato, e a outra, o talher... o que é que fazem à preciosidade? 

Sacam da correntinha e encaixam-na no ombro, para maior comodidade. É para isso que servem as correntes, capicce?

Para quem não é muito de festas, vejam-se lá a ir ao cinema com um belo exemplar na mão. Às tantas, vai o filme a meio e vocês lembram-se que acabou o leite. E os ovos. E decidem que antes de voltar para casa vão dar um salto ao hiper. E quando lá estão lembram-se de acrescentar ração para os animais e - vejam lá a sorte! - o vosso detergente favorito está com uma promoção incontornável!

É sacar a correntinha e pegar nos sacos com as duas mãos até ao carro.

(No sentido dos ponteiros do relógio: preta - H&M, cinza - não me lembro, castanha - Segue, croco - loja de rua, vermelha - idem, castanho chocolate - loja chinesa, palhinha - Bershka)

 

Este post vem do fato de ontem ter visto uma mocinha num centro comercial a sair do elevador para ir ao cinema, com uma clutch cruzada a tiracolo. Até se me arrepiaram os cabelos da nuca!

Óy!

É assim, carteiras cruzadas a tiracolo só são admitidas SE forem modelos desportivos ou 500% informais, tipo em ráfia, ou assim. 

Só!

Ao ombro, podem usar as carteiras de ombro e os shopping bags. A clutch usa-se na mão. Salvo as exceções apontadas atrás.

É assim, eu cá não concordo com ditaduras de moda. Uso clutch porque gosto, e tenho inclusive algumas sem corrente. E ainda à dias comprei uma carteira pequena em macramé aberto que deixa ver lona por baixo, com alça para cruzar em corda. Dentro cabem os porta moedas, o telemóvel, e a mini bolsa com o gloss, o espelho e a máscara de pestanas. E só lhe consigo juntar a chave, que tem um porta-chaves grande. Só porque me apeteceu brincar e andar levezinha.

Quem não consegue 'interiorizar' a ideia de andar com uma 'coisa' na mão, pode escolher outra carteira que as há de todos os tamanhos, feitios e preços.

Mas deixem lá as coisas serem o que são!

OK?