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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Qua | 14.11.12

Eu explico - outra vez...

Fátima Bento

A maior parte das pessoas que me seguem aqui no estaminé sabem: quando eu desapareço/deixo de escrever, e coiso, é sinal que alguma coisa não está bem. E não, alguma coisa nao tem mesmo estado bem dentro destas quatro linhas, por isso recolhi-me, não própriamente a lamber as feridas, mas à espera que se desembrulhe este imbróglio. Pronto, eu corrijo: esteS imbróglioS.

Fundamentalmente é só isso que quero dizer.

Não vou maçar ninguém com detalhes e/ou pormenores, mas a verdade é que há meia duzia de pontas soltas; algumas, hão-de deixar de estar, outras, bom é como procurar uma resposta: idealmente, nós não procuramos realmente a resposta, procuramos a questão seguinte...

Por isso,

Qua | 14.11.12

Game of Thrones, ou, O que tenho visto no pequeno ecran

Fátima Bento

Fui segurando, mas cedi: ok, vamos lá ver a 8º maravilha, de que todos falam.

E prontx.

Apaixonei-me.

Eu nem sou muito fã deste tipo de series ditas 'de epoca', ainda para mais passadas na Idade Media (ou similar). Mas a verdade é que, aos primeiros dez minutos do primeiro episódio da primeira temporada, já estava rendida.

Pela fotografia, pelo guarda roupa, pelos atores, pela estória.

O odioso rei Jeoffrey

 Tyrion Lannister, a minha personagem favorita

A temporada 3 já começou, e mal posso esperar para ver. 

Muito, MESMO muito bom

Quem ainda não viu, pois que não sabe o que perde

Qua | 07.11.12

As 50 sombras de Grey - livre: done (no original, por enquanto)

Fátima Bento

Ontem, eram aí umas duas e meia da tarde, um solinho lindo, quentinho e agradável, e eu na minha esplanada favorita, com a chávena de café vazia à minha frente à quase uma hora, e 

Thank you, thank you very much for reading.

E L James

O que quer dizer: a-c-a-b-e-i.

Para ser honesta, ACHO que tinha acabado o livro/a trilogia na véspera... após o que parece ser o final, surge algo que só conheço em audiovisual, mas pronto: Bonus material. E apesar de ter começado o bonus na altura, os olhos já não aguentavam nem com paus de fósforo, pelo que deixei para 'amanhã', ou seja, ontem.

Querem saber? querem mesmo saber? Não resisto, apetece-me tanto dizer comprem o livro - já agora, passem na Fnac Colombo no dia 20 - presumo que seja o dia do lançamento - que a autora vai lá estar a dar autógrafos.

(se for como o cd do Alborán,Tanto, saia a 6, eu a 5 já o tinha - e tenho o talãozito da fnac a comprovar a compra... ah, já agora, o Alborán estará na Fnac Colombo no dia 11, e também dará alguns autógrafos).

Voltando ao livro (ainda não respirei o cd o suficiente para falar dele), é claro que não vos vou deixar aí todos pendurados com a frase que me estava a apetecer dizer.

Gostei da trilogia.

É pá, gostei, o que é que querem? Distraiu-me, divertiu-me, alheou-me, e conseguiu agarrar-me numa das noites de tal forma que, quando finalmente pousei o reader, passava das 4 e meia da manhã, e quando apaguei a luz, o quarto começou a rodar, tamanho o cansaço (fyi, este suspense que me prendeu - espantosamente - fica aí a umas 80 ou 100 paginas do final, go check). 

E tenho desde já, tão publicamente quanto me é possível, de aqui pedir desculpa às tradutoras da versão portuguesa, pelo que disse aqui: sim, o titulo está mal traduzido, mas aquilo em inglês é tão mau, tão mau, qu'até arranha, por isso, a culpa da má qualidade da escrita não é das senhoras (coisa que eu, também, nunca lhes tinha atribuído...).

As primeiras paginas deste terceiro 'tomo' são penosas, uma pessoa pensa um sem número de vezes 'porque-é-que-eu-estou-aqui-a-ler-isto' que completamos com um 'deixa-estar-vamos-lá-ver-se-a-coisa-anima'. E anima. Ô se anima! Este terceiro livro tem uma  imensa quantidade de cenas de sexo, e tão mais detalhadas, que às tantas a gente já se alheou do raio da má escrita. Que se lixe a escrita, à-bér-à-bér (como dizem nuestros hermanos) se a linha dramática que pontua as cenas de cama, duche, banheira, sofá, para não falar no 'quarto vermelhoda dor', nem nos quartos de hotel, passando pelo automóvel, barco e ar livre (está fora de ordem, podem considerar que propositadamente) nos leva a algum lado. E por acaso até leva: levou-me a ler até cair há três noites atrás. Que era a última coisa que esperava deste livro.

Ou seja, E L James é material-para-reader. Não é espaço a ocupar na prateleira. 

Para quem não quer comprar três livros sofríveis, um conselho: comprem entre amigas (verifiquem na fnac.pt, aqui que está a fazer uma promoção interessante). Três amigas, cada uma compra um, e intercambiam. A serio, os livros dão umas horas descontraídas e bem passadas.

Claro que, no final, a gente quer assim uma desintoxicaçãozinha, 'tão a ver? 

Aqui a tia Fátima está indecisa: o de papel, É CLARO que dispensa elogios. O de cima, é um imenso ponto de interrogação...

O que é que me dizem, mmmm?

Ter | 06.11.12

A razão porque tenho andado menos regular por estas bandas:

Fátima Bento

Isto era assim conforme o dia... nuns dias passava aqui a correr e deixava uns disparates sem pensar muito no assunto (posts tipo 1), noutros, levava algum tempo a escrever; principalmente quando me dava para fundamentar opiniões, 'baixava o santo' e desandava a googlar tudo (posts tipo 2).

E depois, como, regra geral, cada post tem uma foto, eu procurava uma no google imagens, e depois editava-a. Depois de estar como eu queria, colava-a no post. Depois, verificava a ortografia: primeiro, "à mão" (lia a ver se estava tudo nos conformes). Depois passava-lhe o verificador ortográfico do sapo. E finalmente publicava e lia outra vez.

PORQUE descobria - e descubro - SEMPRE gralhas!

É impressionante!

Agora imaginem fazê-lo nestas condições:

Mesmo um post nº 1 é uma epopeia! O raio da coisinha que está sobre o -... mmm ... sensor? posso chamar-lhe sensor? - coisinho azul, é assim uma especie de ventosa, e agarrava-se ao dedo à minima oportunidade. A ventosa mesmo estando 'colada' ao coisinho azul, adorava passear-se fora do espaço indicado, e sempre que vinha agarrada, o meu coração até parava: não querem ver qu'esta merd@ 'inda se perde, e o pc 'inda vai ter de ficar na loja à espera da porr@ duma tecla nova...
Senhores, isto durou mais de uma semana! Sem Rocinante para o levar ao hospital dos pcs, foi testar a minha capacidade de adaptação que foi um regalo!
O corcel foi-me entregue no feriado. Na sexta, acabei por não ir, no sábado... bem, no sábado era sábado e o hospital é uma loja de rua... ontem foi dia de ir apagar uns quantos pequenos focos de incendio - a gaita de ter ficado sem locomoção (cruz credo!) durante duas semanas (meio mês!) deixou umas quantas pontas soltas, e ontem foi o dia de as prender todas... menos esta...
HOJE foi o dia.
Digamos que o senhor doutor do hospital dos pcs se viu da cor da abelha, como dizia a minha avózinha... ele meteu bisturi, pinça... mas no final:
Ele ficou assim,
todo uíndo,
e agora até dá gosto!
E sabem quanto foi que o senhor doutor do hospital dos pcs me cobrou? Sabem?
NADA!
Ai que querido!
foi o que me saiu, o mocinho até corou...
Por isso, podem contar com mais posts, mais assiduamente e tudo e tudo.
- nem queiram saber, só agora a escrever ao correr das teclas é que vejo a falta que a tecla me fez... chiça!
Qui | 01.11.12

A nova (in)dignidade da morte segundo este governo - mas por enquanto, só para alguns...

Fátima Bento

Começo por dizer que, para quem ainda não se deparou com um post que o informe, sou assim a puxar para o ateia, ponderando a filosofia zen (ligada ao budismo), sendo que a acreditar na existência de vida depois da morte, só concebo a reencarnação. Mas isso (a reencarnação) não interessa mesmo nada para o assunto.

Ou seja: fique registado que a partir do último suspiro, para mim, o que fica é um invólucro

 

Isto dito, o Jornal da Noite de hoje abriu com uma noticia que me garante, em primeiro lugar, que 

  1. George Orwell sabia-a toda... 
  2. os jornalistas não fazem os trabalhos de casa;
  3. os limites de moral deste governo começam a ameaçar criar um novo grau de negativo...

FYI (parece que é fino pôr isto em vez de escrever 'quer isto dizer', ou, a tradução literal, 'para vossa informação'), à laia de legenda:

Primeiro: se todos os homens são iguais, alguns são mais iguais que outros;

Segundo: NÃO, "um funeral" não "pode custar €1400 euros". Um funeral com um mínimo de dignidade à memória do falecido custa, pelo menos, o dobro. E fico-me mesmo pelo pelo menos...

Terceiro: cortar em 50% o subsídio de morte (chamem-lhe o que é, subsídio de funeral, que até parece que a pessoa tem direito a um prémio por ter morrido!), é infame. Falamos de um entrega pecuniária feita UMA VEZ por vida, vida de quem descontou para tal isso anos e anos a fio. 

AGORA, cortar SÓ nos ex-pensionistas da função pública é desdenhar uma classe que dedicou, melhor ou pior, a vida a trabalhar para quem agora lhes minimiza o valor a menos que nada.

Não acho que, depois de exalar o último sopro de ar/depois da energia deixar o corpo/a alma voltar o criador/o espírito abandonar o corpo - ou nenhuma das atrás, sinta-se à vontade para as substituir por outra teoria à sua escolha - o ex-pensionista esteja de fato interessado nas mindências do último adeus; este, em última instância, não é feito para o falecido, mas para os seus familiares e entes próximos. Espelhando socialmente o valor do falecido enquanto pessoa.

 

E - ah, senhores! - é tão importante poder fazer tudo de acordo com todos os protocolos, e se possível ultrapassá-los! Não (na minha opinião), para inglês ver, mas para que perdure na nossa memória aquele adeus, que TEM de estar à altura da pessoa de quem nos despedimos.

Diz que o subsídio em questão ronda os €2500. O que quer dizer que os reformados da função publica arriscam-se a ser enterrados - sim, que chamar-lhe 'sepultados' já fica fora de orçamento - quase como indigentes. Porque €1250 NÃO DÁ sequer para a preparação do corpo e para a urna, na maioria das funerárias. 

 

Há sempre uma hipótese: as empresas de compras em grupo começarem a vender serviços fúnebres. Assim como assim, em vez de informar ou deixar escrito algures que quero ser cremada e que deitem as minhas cinzas à água no meio da baía do Seixal ao som de Smile, do Chaplin, posso tratar disso tudo, escolher o local do velório, o tipo de cerimónia (ou ausência de) religiosa, escolher as duas urnas, pagar a cerimónia de lançamento das cinzas (acho que se chama outra coisa, mas pronto) - que neste momento, e segundo a minha vontade, legalmente só pode ser feito ao largo de Setúbal, na belíssima Costa Azul (o que quer dizer que convinha calçar umas luvas a alguém para, ó fáchavor, ser cumprida a minha última vontade, ou ir-me habituando à ideia de ir nadar com os golfinhos).


Tudo isto seria rizível se não fosse trágico. Porque é trágico.


Primeiro, cortam-se os exames dos doentes terminais. E depois corta-se-lhes o dinheiro para ir a enterrar- sim, porque a democratização da medida, i.e, os privados irem na onda, não vai demorar...

O que se segue? 

A instituição 'patriótica' da vala comum?

Qui | 01.11.12

007 SKYFALL - Este não é um 'James Bond Movie'

Fátima Bento

Não sei se alguém ficou curioso, desde que disse que no passado domingo fui ver o último 007, em relação à minha opinião sobre o mesmo.

Quem ainda não viu, mas já leu criticas sobre o filme deve andar um bocadinho baralhado... então mas

é o melhor 007 de sempre,

ou

o pior de que há memória?

Nem uma coisa, nem outra.

De todos os 007 que vi até hoje, este será, penso, o único que me dá vontade de ver mais de uma vez. E isso não é habitual em mim para este tipo de filmes. E a razão é simples: este filme não encaixa na categoria d'este tipo de filmes.

Tout court.

Não escrevi antes sobre isto porque, passado 'o crivo das 48 horas' (tempo que, passado, me faz ter uma opinião mais assente sobre o dito), não consegui passar os sentimentos que o filme me provocou ao papel. E, honestamente, não consigo ainda passar.

E ontem, deparei-me com

A MELHOR, MAIS AFILADA E ESCORREITA

critica feita ao filme, isto, claro, do meu ponto de vista. E que cola de tal maneira o que penso do filme, que não resisto: meus queridos leitores (passo a presunção),

se querem saber o que penso, mesmo, mesmo, MESMO do último 007,

vão aqui.

Uma nota incontornável sobre Silva, o vilão deste 'episódio' da saga: juro que não me recordo de 90% dos anteriores maus da fita, mas daqui a 50 anos SEI que recordarei Bardem. Mais palavras par quê?

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