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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Ter | 05.03.13

A minha história com Bob - admirável mundo novo!

Fátima Bento

Eu não sei.

Não sei se é porque os anos começam a acumular - e por isso ainda me lembro da telescola, da mira técnica, da RTP1 iniciar a emissão às 18:00h, a RTP2 às 19:00h, e impreterivelmente às 23:00h ouvirmos o hino e vermos a bandeira a ondular, sinal de fim de emissão. Ainda me lembro de ver o Vasco Granja e os seus 'desenhos animados' de leste (que enfado!) pontuados de quando em quando com algum Tex Avery ou Hanna Barbera (g'anda festa!).

A gente lia que se desunhava, não só mas também, muito princípalmente, nas férias (o que é que faziamos com tanto tempo livre?). E os livros eram horas de viagens por outros mundos, e o autor era um nome na capa. Por muito que a gente o admirasse, era um nome, às vezes com uma foto, na capa.

Agora, não me canso de ficar deslumbrada. A gente lê o livro e à distância de um clique está o autor e com sorte o personagem principal, de carne e osso.

 O último caso com que me deparei, falei dele aqui, quando li o livro. E não cheguei a dizer nada sobre o mesmo...

Pois que o livro é uma delicia.. Pois que é tão comovente, o que um gato pode fazer por alguém. O que um gato decide fazer por alguém.

Este é um livro para quem conhece gatos.

 (seria uma redundância dizer que é para quem gosta de gatos, porque quem os conhece MESMO, fica sem alternativa). E admito que, mesmo para quem conhece os felinos, esta história pede um bocadinho de fé. Que acreditemos que não há coincidências, e que existe uma finalidade desde aquele primeiro encontro fortuito nas escadas do prédio de James, até hoje.

Li o livro de uma assentada, com o gostinho extra de conhecer os locais onde a narrativa se desenvolve, nomeadamente a zona de Angel, onde James e Bob vendem o jornal/revista equivalente à nossa 'cais'.

E depois o livro acaba. E depois?

E depois, admirável mundo novo, clicamos aqui, e acompanhamos o agora no facebook.

E podemos também acompanhá-lo no twitter: @StreetCatBob

E isso é mágico.

E é uma pena que esta nova geração não consiga abranger a magia.

Ou talvez eu me esteja a transformar numa velhinha saudosista.

Whatever. 

Não vou é cansar-me de me sentir maravilhada e de me deslumbrar com o facto de bastar estender o braço para quebrar uma barreira que era tão grande que nem a víamos quando éramos pequenos.

Ter | 05.03.13

O meu filho, às vezes, parece um hamster.

Fátima Bento

Cá em casa há bichos.

Há as gatas, há as gerbas

{e há os peixinhos de prata, aos montes, porque o andar de cima está cheio de livros, e não mora lá ninguém (tenho para mim que a proprietária usa-o tipo armazém) e os pexinhos de prata adoram duas coisas: papel e humidade. Ora se há coisa que não falta naquela casa ( e na minha) é papel. E humidade. Pelo que pululam pelas paredes aquelas coisinhas a que muitos chamam corta unhas, e que nem nojentos são, so uma grande chatice. Adiante}

  Pois que, tendo tanta bicheza em casa, obviamente há pelos. Há muitos pelos. E onde há pelos, há daqueles rolos removerdores, autocolantes: ele há das marcas todas: Scotch, Vileda, Falpil, chinoca#1, chinoca #2, Ikea, Primark, Morrisons (que trouxe quando fui ver a filha). E  isto tão só e apenas porque já inventaram estes rolos para tirar os pelos da roupa, mas

o que eu precisava mesmo, MESMO,

era de que algo que me tirasse a roupa dos pelos...

mas assim c'um'ássim, ele há um na casa de banho, um no meu quarto (dentro do guarda fatos), um na sala, um no escritório... até tenho um mini para andar na carteira. Assim tudo organizadinho que é um espétaculo.

Leram organizadinho? Leram?

Fui ao quarto. Abri o guarda fatos.

Vazio.

Fui ao escritório, estavam lá dois, mas sem folhas. Qu'é das recargas? Ah-ah, não faço ideia. Na sala, nem sombra. Na casa de banho, só o lugar.

Saí de casa que podia fazer miau.

Ainda sacudi, mas faço nódoas-negras com facilidade, por isso o sobertudo 'tapou' a pelagem, e je m'en fous.

Voltei e espreitei - prontx, espreitei - para dentro do quarto do puto, vejo um cabo rosa choque. Ah, reconheço , também não deve ter,

aaaahhhh tem!

Tem folhas. Tem folhas!

Agora estou com medo de entrar no quarto do miudo e encontrá-los lá todos.

Não que eu seja exemplo: estou a precisar de encontrar as recargas, e qu'é delas?

Pois.

Somos da mesma família. Nota-se.

Por isso vou à procura das recargas. Mas enquanto encontro e não encontro, vou fanar o cor de rosa.

Just in case...

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