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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Qua | 27.11.13

Ok. Lá vem ela dizer mal outra vez, ráspartámulher!

Fátima Bento

Eu sei. Eu sei que vou levar porrada quando me apanharem na ABC dia 14. Mas é mais forte que eu, que isto está a tornar-se (quase) viral, e está-me a dar cabo dos neurónios.

Assim, começo este post de lápiz azul em riste.

Mas que diabo deu nos bloggers portugueses - em alguns, mas que por acaso são os/dos mais lidos? Volta na volta, estou  a carregar no url, abro uma pagina, e tunga. O pessoal põe a pontuação toda, tudo limpinho mas... a seguir ao ponto final, tungas, minúscula.

Ahhhhhh!

Mostrei o meu descontentamento à minha cara-metade (eu que de purista nestas coisas da escrita não tenho nada, basta olhar o titulo deste post), e o gajo tem a lata de me dizer 'é pá, dá muit'a jeito, é muit'a prático'.

Ó p'ra mim da cor do lápis!

DEIXEM O valter hugo mãe EM PAZ!

Que o artista escreva com minúsculas a seguir aos pontos finais, fixe, não tenho nada a criticar, é o estilo dele. Respeito as liberdades criativas dos escritores. Posso gostar mais, ou menos - o Lobo Antunes começou a recusar maiúsculas nos meses do ano muito antes de se falar no acordo ortográfico, e lá liberdades criativas tem ele, o Saramago também as têm... - mas não só aceito como respeito e adapto-me, desde que goste do restante trabalho que embrulha as 'liberdades' que refiro - ou que vem embrulhado nelas.

Agora não acho piada nenhuma a quem apanha boleias. É pá, não tenho pachorra. 

O gajo ganha meia dúzia de prémios

[o mérito é todo dele, não pensem que o estou a minimizar, ainda não li nada dele, tenho o 'desumanização' ali na mesa da sala, entalado entre dois Lobo Antunes's (este toque criativo é à inglesa), e hei-de lê-lo antes do final do ano, e depois, consoante o que achar, podem ler algum enviesamento nas menções que lhe faça - A PARTIR DESSE MOMENTO, se for caso disso]

e começa meio mundo a utilizar 'a marca d'água' do homem.

Juro que me passo.

E depois vem tudo queixar-se do acordo ortográfico! 

Acho que no fundo, o que muita gente gostava era de ter um acordo ortográfico personalizado. Chegaria em pen, pelo correio, instalava-se no pc como corretor ortográfico, e personalizava os textos a preceito.

Já viram? É ou não é uma excelente ideia de prenda de natal? Podiam fazer o 'corretor ortográfico Saramáguico', corretor ortográfico Lobantúnico', e, claro, o campeão de vendas, 'corretor ortográfico valterhugomãeguico', entre outros - este ano podiam saltar o corretor ortográfico Rebelopintíco', que tenho para mim, ia vender menos que pepsi...

Reinventem-se,

criem,

concentrem-se,

assumam-se e

personalizem

à vossa imagem.

As colagens deste tipo geralmente são piores que os alinhavos com linhas podres: a costura final sai toda torta. E isso só tem piada se for essa a intenção - que é sempre uma hipótese de justificação...

Ter | 26.11.13

Ai, o Natal!

Fátima Bento
Eu juro que sempre fui das pessoas mais entusiásticas e entusiasmadas em relação à quadra. De tal maneira que dava - e ainda dou - comigo, fora de época, a ouvir uma ou outra musica de natal e a suspirar (mas não é pelo natal que vem, é pelo natal que já não é...)

E depois, as coisas mudaram.

Ainda por cima, quem comigo passa o natal é assim entusiasta: 'prendas para quê, não quero cá prendas'; 'árvore de Natal? quero cá a casa atravancada, é só o trabalho de a ir buscar à arrecadação e voltar a pôr no lugar'... yada,yada,yada... a ceia de natal vai ser, este ano como nos anteriores, cá em casa (se não, ainda consegue ser MAIS deprimente). É a tradição do costume, as receitas do costume, só varia a sobremesa, que ainda não decidi qual vai ser.

Este domingo é dia 1, dia de decorar a árvore. O meu filho fica todo aborrecido se não a fizermos (como ficou todo aborrecido no ano em que não havia calendário do advento com chocolates logo no dia 1 - este ano já há!) mas na volta tenho de a fazer sozinha com a minha cara metade, que filhos, népia. Uma, a minha companheira natalícia, está longe (e eu hoje estou prontinha a estilhaçar, por isso nem vou dizer mais nada, nem falar em saudades, nem essas coisas), o outro, se tiver qualquer outra coisa mais interessante para fazer, fá-la-há.

A ver se me ponho no espírito, Dianna Krall e Bublé, mais os respetivos álbuns de carrols a tocar, chá e, como ainda devo ir ao IKEA antes, compro mais 6 caracóis de canela para fazer para o lanche (sim gente-prendada-e-dada-a-fazer-tudo-na-cozinha-a-partir-do-nada, vou comprar cinnamon rolls CONGELADOS), agarro nas três caixas de enfeites (e aproveito para despachar os que já não me interessam), e fazemos a decoração natalícia seguida de lanche quentinho.

Depois, bom, a ceia é o stress do costume: 'ó Fátima eu não tenho tempo'... ó Fátima isto, ó Fátima aquilo', eu e o Vítor preparamos desde a paparoca até à mesa, os outros chegam, sentam-se e comem, e às dez e meia , onze horas começam a desembrulhar-se os presentes, porque os restantes estão sempre cheios de pressa. E palpita-me que este ano vamos ser só 6 pessoas... vamos a ver.

Eu, quanto às prendas, já não me queixo, neste momento tenho tudo o que queria (tanto, que não consegui ainda "arranjar" as cinco coisas que o sapo nos desafia a pedir...). Já o ano passado, no Natal recebi... uma caneca. Ah, e uma caixa de bombons. este ano espero ter mais quaisquer coisas debaixo da árvore - pelo menos do marido, já que o ano passado, por contenção, não demos nada um ao outro, mas serviu de emenda: toda a gente tem de ter uma surpresa de cada um debaixo da árvore.

Se estou ansiosa pelo natal? Não.

Estou ansiosa por Fevereiro: no inicio temos o Bublé, e no meio, se tudo correr nos conformes, iremos a Londres.

Tenho tanta pressa que o Natal chegue

como aguardo ansiosamente uma dor-de-cabeça.

SE EU PUDESSE, metia-me não sei onde e só voltava em 2014. O Vítor era bem vindo, e coiso, mas de resto, ermitagem, que não ando com pachorra para esta gente que se agarra às desgraças com unhas e dentes, e quase que faz concursos "eu-sou-mais-desgraçada-que-tu", "o-meu-problema-é-maior-que o teu", "a-minha-doença-mais-grave-que-a-tua", e por aí afora. Só de ouvir (que nessas conversas não me meto) fico doente...

O que eu não dava por uma casa cheia de gente, barulho e confusão por forma ao agradável tornar o aborrecido inaudível!

Bem sei, lá está ela a ver tudo negro. Mas é que os últimos anos têm sido assim. E a coisa não tem tendência a melhorar. O natal é cada vez mais encarado como uma obrigação para todos e eu estou farta de ser a pateta alegre.

 

Por isso, sim, já falta menos de um mês, pois falta. 

Querem que eu faça um BIG sorriso e bata palminhas? 

Esperem sentadinhos.

Seg | 25.11.13

O melhor do meu dia #9

Fátima Bento

 

O melhor foi mesmo rever uma amiga que já não via há imenso tempo, e termos passado horas a conversar (nestas alturas acho sempre que sou eu que falo mais... fui não fui, P?)


Beijo grande, e fico à tua espera, aqui, um destes dias!

Seg | 25.11.13

O que vale é que está um dia de sol estupendo!

Fátima Bento

Estou de saída, bem para o 'olho do furacão' da greve do Metro em Lisboa. E vou de comboio.

Isto quer dizer que hoje só volto a pronunciar-me aqui, lá mais para o final da tarde, ou mesmo do dia.

Por isso, desejo desde já a todos um

e uma excelente semana.
Até mais logo!
Dom | 24.11.13

O melhor do meu dia #8

Fátima Bento

O quarto está pronto para receber o roupeiro, que os senhoras da Ikea vêm montar na terça-feira de manhã (e bem preciso é, que a única coisa que está ok é a parede onde o mesmovai ser montado; o resto é o inferno à solta...). De modo qu amanhã vou poder passar o dia com uma amiga que não vejo há imenso tempo, uma vez que arrumar a confusão só depois do jogo - isto é, do roupeiro montado e no lugar. Aí a fasquia aumenta, e o jogo muda: é NÃO SÓ criar um lugar para cada coisa e pôr cada coisa nele, mas também retirar a tralha do quarto que seguiu para o "escritório", que ainda tem aspas, já que está por pôr em ordem, e com tudo no lugar.

Uma semana.

Daqui a uma semana as aspas saem do escritório, e a ordem estará instalada lá.

Dia 2 de dezembro será o primeiro dia do resto da minha vida.

Até lá, step by step, vou começar a caminhada que me há-de levar onde preciso ir.

Hoje libertar aquela parede (e criar uma pilha intransponível no meu lado da cama) foi o primeiro passo desta caminhada.

Hoje estou otimista e... feliz.