O filme do mês
Ontem vi um filme, no mínimo, soberbo.
The Visitor/O Visitante, é um filme feito em 2007, tendo seguidamente corrido o circuito de festivais, e sendo depois lançado nas salas de cinema a 18 de Abril de 2008. Acumulando uma serie de prémios ao longo do caminho percorrido - que pode consultar aqui - foi também nomeado para o Óscar este ano, sendo Richard Jenkins nomeado para a categoria de melhor actor, galardão conseguido pelo magnífico Sean Penn em Milk .
Sinopse
O professor Walter Vale (Richard Jenkins), lecciona na Universidade do Conneticut a mesma cadeira há anos suficientes para não ser mínimamente desafiante, e para encorajar a sua entrega ao luto da sua esposa, escondendo-se atrás da feitura de um quarto livro que percebemos, nem começou.
Forçado a ir a Nova Iorque a um congresso, apresentar um trabalho que nem sequer escreveu - mas do qual assinou a co-autoria com uma colega, indisponível para ir no seu lugar - Walter apanha um valente susto quando, ao entrar na sua casa em Greenwich Village, se depara com dois "inquilinos", um jovem sírio e a sua namorada senegalesa, de que desconhecia a existência. Passado o desconforto inicial, e explicado que os mesmos tinham alugado o apartemento a alguém chamado Ivan, que se dizia amigo do dono, os dois abandonam o apartamento, sendo resgatados de uma noite incerta por Walter, que os convida a ficarem até encontrar local para se mudarem.
Mas dentro de Walter, existe algo vivo, algo que procura forma de sair e de se libertar e libertá-lo assim da vida asceta que vive. A amizade que se gera entre ele e Tarek (Haaz Sleiman), ajuda-o a despertar e soltar o ritmo que aprende a libertar tocando jambé.
Mais de que um drama típico sobre relações humanas e a necessidade das mesmas,The Visitor/O Visitante é um pouco mais de que espreitar na fechadura do preconceito e medo pós 11 de Setembro, traduzido na intransigência face a alguém de uma cultura e nacionalidade diferente, na testa de quem se forma imediatamente um rótulo, indelével, e que leva os americanos a agir como... americanos.
Paralelamente ao despontar e crescer de esta amizade à partida improvável, entre estes dois homens, assistimos ao nascer de um novo Walter, mais vivo e definitivamente, mais livre.
Um filme fantástico, para quem valoriza as relações humanas e a auto descoberta. Pode ver aqui o trailler do filme, e tirar as suas ilações.
e meia.
B'jinhos
Fátima