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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Qui | 19.11.09

Fónix! Já está! BURRA!!!!!

Fátima Bento

Merda!

 

Pronto, o carro já tem a minha assinatura (assim, a verde e tudo).

 

Estou pior que uma barata: é que podia ter acontecido por azar, descuido... ná, foi por burrice mesmo. Fui dar ouvidos a quem não devia. Pode ser que daqui a uns tempos olhe para isto" e sorria, mas não me parece. Foi uma "mocada", que se não for pintado, vai criar ferrugem.

 

Tou arrasada.

 

Eu explico.

 

A Inês ia para casa do namorado, e como eu ia até à piscina do Tomás, que é pertinho, ofereci-lhe boleia. "Podes passar nos barcos?" "Posso". Pronto, lá fomos nós buscar o moço, e demos a volta, a caminho da Cruz de Pau. Para me facilitar a vida (!!!!!!!!!!!!!!!) decidi deixá-los na rua cima da casa dele. Estou à procura de lugar para encostar, e o moço diz-me: encoste aí, que é onde eu encosto quando venho deixar o X (sei lá eu o nome!). Pois, eu encostei, galguei o passeio e raspei num "pirulete verde" (é o que eu chamo aquelas merdas, presas por correntes, para impedir o estacionamento). Tau. É que o gajo tem um jipe e o meu caro é baixinho. E mesmo que não fosse, estupida, ali nunca se pára!!!!!!!!!!

 

Rebentei com a pintura do guarda choques do lugar do morto. F**da-*e! E correu tão bem a merda da condução! Eles espreitaram, e eu segui caminho. Segunda asneira: assim que tive oportunidade, parei e fui avaliar os estragos. Ahhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!! O Vitor vai-me matar, qu'a gente não tem dinheiro para mandar cantar um cego, quanto mais para pintar o c*b*ão do pára-choques do carro!

 

Entrei para dentro do carro, sentei-me, estacionei-o, e deixei-me ficar, a pensar na estupidez. Mas lá voltei a ligar o animal, e continuei o precurso que tinha decidido fazer hoje, mas completamente a tremer. A meio do caminho senti-me mesmo mal e pensei 'vou encostar, que não estou em condições de continuar a conduzir. Ou então vou deixar de pensar nisto e vou levar o carro até casa, que agora já não posso fazer nada'. Respirei fundo (tanto quanto consegui, que ainda agora não estou a conseguir respirar fundo), e agarrei o touro pelos cornos. Ainda dei uma volta para ver se conseguia lugar para encostar e ir comprar pão, mas era tudo muito apertado, e já tinha feito disparates que chegassem.

 

Lá refiz o caminho, três rotundas e casa.

 

Merda!

 

Estou para morrer! Eu sei que faz parte, mas enquanto o gajo não chegar e me der o raspanete da praxe, não sossego. Esperar é que é o pior. Agora, isto é aqui entre nós, que a ver se eu consigo ser valente e não me desmanchar - 'atão não, o gajo entra e eu desat a chorar, só pode. 'Tou aqui quietinha desde o incidente, só disse um palavrão, e mais nada. Até me custa respirar!

 

Vá lá estão todos a pensar que estou a fazer um dramalhão, e provávelmente estou. Mas custa muito, foi mesmo burrice pura! E eu hoje conduzi tão bem!

 

'Tou piurça!

 

Aprendi duas coisas:

 

1ª não dar ouvidos a ninguém, tenho cabeça, chego lá sózinha.

2ª não vou nunca avaliar estragos antes de chegar a casa. Olha dar-me a travadinha ao volante!

 

Porra.

 

Fátima (hoje não há b'jinhos para ninguem).

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