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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

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Seg | 04.01.10

A minha alma está parva - Ídolos, 3 de Janeiro de 2010

Fátima Bento

E acontece que estou chocadíssima. Juro.

 

Há certas coisas que não me passam na goela. E hoje a coisa azedou.

 

 

Eu tinha - sublinho TINHA - em consideração o sr. Manuel Moura dos Santos. Sempre considerei que as suas análises eram feitas em cru, mas dentro de determinados parâmetros, mesmo que às vezes pouco políticamente correctas, mas de alguma forma, construtivas e sem juízos de valor.

 

Hoje a burra chegou às couves. E o Pedro Boucherie Mendes deixou de ser o "Lobo Mau", para passar o título ao brutamentes presidente do júri.

 

 

Não vem aqui ao caso se eu gosto do Carlos (que gosto) se não. Nem se eu gosto de Lady Gaga, e do seu "Paparazzi" (que não gosto), ou se gosto de Anjos e do tema "Eu estou aqui", que cantou hoje (que até gosto de ouvir); o que está aqui em causa são as palavras proferidas pelo presidente do júri do "Ídolos", que embandeirou em arco e fez uma apreciação do Carlos -sim, DO CARLOS, não da sua intrepretação - preconceituosa, assente em pressupostos idiotas. E mais: a haver uma entidade reguladora deste tipo de concursos, devia sancionar de alguma forma a actuação do Manuel M. dos Santos.

 

Ninguém tem o direito de dizer a um concorrente, espero que não ganhes isto, porque o teu gosto músical é foleiro, no norte chamam azeitolas, e no Brasil brega. Não precisamos de um Ídolo com tais gostos músicais (se não foi exactamente isto, andou lá perto). Ninguém, principalmente o presidente do júri, por uma questão de bom senso, e da imparcialidade que lhe compete, deveria fazer uma avaliação desse tipo. Ele não é obrigado a gostar do concorrente, mas não precisa de o achincalhar em frente a milhares de pessoas. É injusto. E quando M.M.S. diz que a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros, deve pensar no que disse: a liberdade dele acaba onde começa a do publico que votou e votará no Carlos, no público que gosta e gostará dos Anjos, e da música vulgo azeitolas que o senhor rotula. Democracia, valor que o senhor defendeu ali acirradamente, quando alegou que vive num país onde há 35 anos podemos dizer o que pensamos passa por respeitar o outro, e o gosto do outro, não tentar impôr o seu. Já que, como Pedro Boucherie uma vez disse - e eu nunca pensei estar aqui a citar o senhor com a  total concordância, já que nunca fui grande fã da criatura, "Este não é o Concurso do Manel".

 

Era capaz de ser boa ideia alguem avisar o senhor em causa.

 

Ou seja: eu hoje peguei no telemóvel e votei. E acredito que como eu houve muito mais gente que, numa situação normal, não votaria.

 

Ninguém pode proferir tais barbaridades a quem quer que seja, e sair por aí, como se tivesse pedido um copo d'água! 

 

Sinto-me traída, sempre pensei que debaixo daquela carapaça de durão, havia um grande coração. Pelos vistos enganei-me.

 

Fátima 

 

 

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