Eu vou a bruxa! Ai vou, vou!...

Não! Digam-me lá que isto é tudo uma grande coincidência e não tem nada de estranho, que é para eu ficar mais descansadinha...
Já aqui tenho falado, não poucas vezes, das minhas peripécias enquanto automobilista. Mas ele há coisas que não se explicam...
Comecemos pelo começo:
Primeiro, fiquei sem travões no Seixal. Ou seja, andei três km sem travões. Quando entro na rua onde moro, **PLIM**!!!! os travões começam a funcionar. Depois, foi ficar sem acelerador (ya, não faz sentido pois não?) numa subida. Engato a primeira, o carro descai. Travo, ponto morto, engato a primeira, dou à chave, o carro continua a descair. Repito não sei quantas vezes, e o carro na mesma. Decido deixá-lo descair, para ver se no fundo, a direito, consigo fazê-lo, de alguma maneira, mudar de ideias. Enervada, começo a controlar o carro, de marcha atrás, e risco a porta num poste - mas risco A SÉRIO! e depois, quando finalmente o menino se decide a subir, ando dois km sem que o ponteiro do conta-quilometros mexa...
E na terceira, vou a Setúbal, com a pikena ao médico, de urgência. Vamos almoçar, levo-a à escola. Volto da escola. A coisa de um km de casa, penso:"estou tão cansada! Ainda bem que estou quase a chegar a casa!..." e tunga, dou comigo em cima de um passeio de 20 cm de altura, depois de ter batido num sinal. Carro partidinho - parecia fogo de artifício o plástico da ópica a saltar em todas as direcções. Pisca solto, mas a funcionar, pára choques todo fo***o rebentado, rachado por baixo do farolim... uma desgraça! Como foi? Não sei. Agora-estou-na-estrada-agora-não-estou. Tal e qual.
Posto isto, uma semana sem pegar no carro: a miúda fez anos e foi um atrofio para irmos a casa dos avós. O carro estava "todo partido" à frente, e não dava para ter ideia se o gajo se aguentava. Nem até que ponto é que a direcção estava - ou não - alinhada.
Entretanto, e como o bichinho estava na reserva, no sábado digo cá em casa vou pôr gasolina no carro para ele não ir para a oficina assim. Ok, mas vai devagarinho, diz o marido. Apareci em casa 1 hora depois, sem ter levado telemóvel - ía dando uma coisinha má ao maridão - e com um "carimbo de aprovado" no bólide: a direcção estava alinhada (por milagre!), e o pára-choques, depois do puxão que o Vitor lhe deu, já não tocava na roda quando curvava. Pronto, no dia seguinte lá fomos almoçar aos sogros no nosso carrinho, e tudo fixe.
Segunda-feira, ontem, pego no carro e vou ao supermercado. Abro uns 20 cm dos quatro vidros, e quando estaciono, carrego nos botõezinhos a puxá-los para cima. Trazeiros, na boa. Passageiro, ok. O meu, pois sim. Ya. Resolvo (ó aventesma!) abrir o vidro mais um bocadinho, para ver se "desbloqueio" a coisa, e o consigo levar para cima... pois sim. Nem levar para cima, nem pará-lo. PUFF, desapareceu o vidro.
Nesta altura eu já dou cabeçadas no volante. Que gaita, mas há alguma coisa que não aconteça?? E tem tudo de acontecer comigo???? "Estavas com saudades de conduzir, toda lampeira que já podias sair com o carro, toma lá, que vais ter de o encostar outra vez."
Saio do carro, deixo o vidro aberto - duh! - mas - arrrghhhh!!!!! - tranco a porta. Vou a correr dentro do supermercado e saio na mesma velocidade. Re-entro no automóvel, e começo a dar voltas à cabeça: agora onde é que o vou encostar? Não há sítio, para as minhas bandas, onde seja possível estacionar encostada a uma parede! e o Vitor só chega às 6 h. para o levar ao mecânico! Acabo por ir até à loja dos cunhados, onde por milagre havia um lugar em frente à porta, e lá andei de coelhos ao colo até perto das 6, altura em que telefonei ao marido por causa do mecânico - que não estavá na oficina =oP. Ligo ao meu pai e meto o carro na garagem dele, volto para casa. Está o homem passadinho dos carretos, de cabeça entre as mãos. Vai para o ginásio, e quando chega vai até à garagem. Uns 10 minutos depois entra em casa O carro está lá em baixo. Arregalo os olhos ãhn? É pá dei-lhe um jeitinho e já fecha. Ah, pensei que tinhas chegado lá, carregado no botão e o gajo tinha subido! Olha que não, mas foi quase isso! Amanhã quando lhe pegar, ando com ele fechado! Porquê? Porquê? Tenho medo que o gajo se passe outra vez...
Escusado será dizer que hoje não tive outro remédio senão abrir os 4 vidros, com o calor que está. E o cabrão do vidro lá se aguentou.
Mas paavra de honra! Eu já me vejo a interagir com o veículo por osmose: um dia destes chego ao pé do carro, chave em riste, e antes mesmo de tocar na fechadura, o gajo desmancha-se todo. Todinho, assim tipo desenhos animados.
Irra!
Por isso, se conhecerem por aí uma bruxinha com boas referências, aqui esta vossa criada agradece...
Porra!
Fátima