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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Seg | 26.07.10

Novos papéis

Fátima Bento

Todas as manhãs, quando me levanto, a primeira coisa que faço é ligar a máquina de café, de modo a que, quando saio da casa de banho, é só inserir a cápsula e carrregar no botão. Depois, pego num iogurte liquído, na chávena e num pacote de açucar, e rumo à sala, onde me sento, ponho o pc sobre os joelhos, e o ligo. Invariávelmente.

 

Invariávelmente também, quando entro na casa-de-banho, a Mia já está empoleirada no lavatório, à espera que lhe abra a torneira, já que só bebe daí. E a Piccolina acompanha-me, e quando estou na sala e ponho o açucar no café, olha-me, expectante: é que eu deixo sempre um nadinha no fundo, e tenho por hábito dar-lhe uma volta, tipo rebuçado, e atiro-lho.

 

Comecei por fazê-o porque, garantidamente, começava o dia com um sorriso, já que a piolhinha atirava-se ao pacotinho e à passadeira que está e frente do sofé, e ficava naquelas emboscadas, saltos e ressaltos durante tempo suficiente para eu soltar uma ou duas boas gargalhadas.

 

Agora, e superado o choque do desaparecimento da Blimunda, a Piccolina decretou que a minha cama é território da própria e dos avôzinhos, e vai daí quando eu lhe atiro o pacotinho, VVVVTTTTT, desaparece. Para cima da minha cama, na qual o açucar fica bem espalhado, obra com a assinatura da própria...

 

E é assim: as duas tontas, andaram um bocadinho perdidas sem perceber o que se passaria a seguir, mas estão a assumir os seus novos papéis: a Mia assumiu o anel de "padrinho", tendo posto o anel que lhe terá sido subreptíciamente passado pela Blimunda, e a Piccolina ficou com plenos poderes de bebé oficial, não me larga os tornozelos durante todo o santo dia, e de noite dorme toda esticada... no fundo da cama. mau mau é quando acorda antes de mim, e decide que é hora de eu acordar também... vai buscar os brinquedos, para eu lhos atirar e ela ir buscar... como tenho sono e não o faço, resolve brincar com eles às guerras, e adivinhem quais são as trincheiras.. aqui as pernas da je, que andam todas esgatanhadas da brincadeira...

 

A Mia, com o seu nariz batatudo empinado, fruto (também) do seu sangue siamês, tem uns ciúmes de morte da pequenina, o que tem dado azo a grandes zangas entre elas, e algumas patadas e dentadas à minha pessoa.

 

 

Ocupa a cama da Inês, e passo eu no corredor direcção sala-cozinha, ela rosna. Atrás de mim vem a Piccolina, ela rosna. Voltamos para a sala, idem... até que a paciência da Piccolina se acaba, é é ver a Mia a rosnar à frente da outra, desabridas.

 

E assim vão os nossos dias - meus e das gatas.

 

Mas também entrou um rato na minha vida - sim, um rato. mas sobre isso falo logo, ou assim, ok?

 

Fátima

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