Ele há coisas assim... aqui há tempos era o coelho Tobias - que afinal, e apesar de andar com a pancada de acasalar à macho, até segunda opinião, é femea - mas a dita cuja passou-se quando chegaram os outros, a, e tal, quem manda aqui sou eu, e ficou com um feitio de cocó, de modo que deixei de tentar pegar-lhe.
Agora é um rato. Sim, um rato-canguru, oficialmente chamado de Gerbo.
O casal que a minha cunhada tem na loja dela, teve crias. E menos de um mês depois, teve crias outra vez. Ou seja, a desgraçada vê-se agora com 12 ratos, e separou a femea-mãe do macho, e a bichinha até está a definhar de saudades... aquando da primeira ninhada, peguei num pequenito e o sacana fincou os pés na palma da minha mão e mandou um mortal para o chão que me deixou estarrecida. Não é por nada, mas, à altura que ele estava e dado o tamanho que tinha, foi um salto em queda livre da Torre Vasco da Gama. Ou assim do Empire State Building, ou do Cristo Rei (pronto, estão a ver a ideia não estão?). Ou seja epiteto curioso que lhes dão, estava desvendado. Depois apanhei-o, ele repetiu a gracinha segunda vez, e ficou duas horas sem mexer as pernas, rái's-parta-o-rato. Eu, por meu turno, ía morrendo do coração, até o ver a correr a gaiola com os irmãos, cinco caganitos de menos de 3 cm... uma gracinha.
E um dia destes, porque não tinha nada para fazer e não me apetecia pegar em nenhum coelho, sucumbi à vontade e saquei um dos ratos da primeira ninhada - que agora estao grandes, e vai de lhe fazer festinhas. Por acaso, o que eu tirei até se destingue bem dos outros - calhou. Por isso, quando voltei, peguei no mesmo, e quando o depositei depois lá dentro, veio ás grades "não-te-vás-embora-tia". Da terceira vez, não só se pôs em pé para o agarrar quando abri a gaiola, como já consegui começar por abrir a mão, e acabei com ele a percorrer o meu colo! Não quer que mais ninguém lhe mexa, quando cheira a pele e vê que não é a minha, fica aflito. Agora imaginem o tamanhinho do cérebro do bicho... como é que conseguem lembrar-se da pessoa depois de uns dias sem a verem? Não sei, mas o caramelo lembra-se. E o que fazer com uma criaturinha assim??? Apaixonei-me.
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(o "meu" é o castanho. A bela adormecida é a mãe. Neste momento eles estão do tamanho da mãe, que está noutra gaiola com a segunda ninhada. Eles estão com o pai, que é super protector... uma gracinha!)
Giro, giro é o ar que dos clientes da loja quando me vêem com o bichinho na mão... é que só se vêm duas coisas: cabeça e cauda. E a cauda é a la mode de uma cauda de ratazana. E as pessoas ficam muito enjoadas, lol. À conta das caudas, os meus cunhados ainda não venderam nenhum. E não tem aparecido nenhum interessado... os hamsters lá vão, mas os gerbos, nem um...
E é esta a estória da minha paixão por um rato. Que não tem nome, porque qualquer dia ainda o vendem e eu fico ainda mais tiste se até nome ele tiver - mas depois de escrever isto, já percebi que ele se tem de chamar Caramelo. Pronto, é o Caramelo!
Logo ao fim do dia vou vê-lo. A desculpa é que tenho de ir ao ELeclerc comprar tolhitas para a máquina de secar, e líquido anti-calcário... mas a verdade é que a loja fica perto, e o que eu quero mesmo é ir ver o Caramelo =o)
Eheheheheh...