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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Qua | 10.11.10

O que é pior de que um idiota-com-a-mania-que-é-esperto? Só DOIS idiotas-com-a-mania-que-são-espertos!!!!!!!!!!!!!!!

Fátima Bento

Já toda a gente sabe que eu tenho duas ratinhas-do-meu-coração, certo? A Carina e a Chiara. Para qem ainda não as viu, aqui vai uma amostra:

 

 
São irmãs, da mesma ninhada. Da Carina, comecei por falar aqui, e anunciei aqui quando trouxe ambas para casa. A Chiara, que é mais clarinha (o corpito é bege clarinho) veio de pendura, para a Carina não se sentir sózinha. Não é tão extrovertida como a mana, mas quando lhe pegamos é mais calma de que a Carina, que entra em pânico, por pressentir a presença da Piccolina. A piolha faz cada investida à gaiola (que está no chão, por segurança) que as desgraçadas nem podem beber água descansadas... mal uma se tenta afiambrar ao biberon, lá vai BOOOOOOOMMMMMBA!!!!! E é por isso que a Carina fica sempre à beira de uma apoplexia quando a tiramos da gaiola... eu faço-o por dois ou três minutos, e volto a pô-la dentro. E ontem, fi-lo, e depois comentei com o marido que a bichinha parecia uma bicha-de-rabiar (ó pessoal, digam-me que não são só as cotas da minha idade que sabem o que isso é...), enquanto não a voltava a colocar dentro da gaiola.
 
E foi nesta altura que tivemos uma paragem cerebral semi-colectiva  ...
 
O xô Vitor dirige-se à gaiola e *pop*, saca a Carina. Trá-la para junto de mim, para eu lhe fazer umas festinhas. A desgraçadinha dá voltas sobre ela própria, a ver se descobre por onde dar à sola. Nepes. Mete a cabecinha "à janela", para tentar impulsionar o corpo por entre os dedos e saltar (não é à toa que os gerbos também são conhecidos por ratos-cangurú). E é claro que o Vitor não deixa. E é claro que nesta altura o cerebrozinho do roedor já não equacionava meia com sapato, e venceu o instinto:
 
*!!!!!! NHAC !!!!!!!*
 
Ai,ai,ai, e ai,ai,ai, que a sacana quando ferra, ferra mesmo, e foi nesta altura que o meu cérebo parou de todo. Lanço mão à mão do Vitor, faço duas festinhas na cabeça da Carina, e PONHO-LHE A MÃO À FRENTE DO FOCINHO, na esperança que ela sentisse o meu cheiro, e sentisse alguma segurança (alguém me diz que diabo é que eu tinha na cabeça????)
 
'Tá-se mesmo a ver, não está? Descravou as presas do indicador do meu mais-que-tudo, e fincou-as no meu polegar. As da frente, no ângulo direito do sabugo, e as de baixo, no reverso do dedo. Yá. Entre uns palavrões que iam escapando, eu dizia calma, calma, e lanço da mão esquerda (é capaz de ter sido a única coisa inteligente que fiz em meio a toda a situação), e vai de usar esse polegar para lhe abrir a boca.
 
Tá bem ó abres!
 
Bom, verdade seja dita, lá abriu. E lá foi para a gaiola. Depois de ter feito um golpe na cabeça do polegar esquerdo, ao roçar num dos dentes, com a força para lhe fazer abrir as mandíbulas.
E foi a corrida à casa de banho. O dedo do Vitor, pingava. O meu ainda não... meti-o debaixo de água e a dor foi tão aguda que nem respirei! Entretanto o marido munia-se de agua-oxigenada e depois, de alcool (e eu: alcool????) mais tretas houvessem, mas ele tinha posto no dedo. Mas a verdade é que aquela merd@ não parava de pingar... dois pensos depois, a coisa lá estabilizou. Eu, por meu turno, continuava com o dedo debaixo de água corrente. Sempre que tirava, o sangue surgia ao longo de toda a cutícula, e recomeçava a pingar de trás. "acho que os dentes se tocaram, dentro do meu dedo!" dizia eu. Farta de estar ali a molhar o dedo, sem vontade de me aventurar pela agua oxigenada, e muito menos pelo alcool, sem betadine em casa, saquei de um penso grande, em que a gaze conseguia cobrir ambas as feridas, e marchei rumo à sala, directo à gaiola, com o outro polegar ao ar, que naquele golpe não dava muito jeito pôr um penso.
"Ó pequenina..." completamente despenteada, a cabecita devia estar suja de sangue, a pelagem pastosa, fiz-lhe uns miminhos e falei com ela, tadinha, que estava tão assustada! Ainda agora não está muito normal, apesar de já ter vindo buscar a fatia de banana seca à minha mão, por duas vezes e a mana também.
Só mais tarde pensei numa coisa: se ela se lembra de fazer destas mais vezes, ainda lhe esmago o cranio! Nem sei como ontem não provoquei mais estragos, com a força que tive de fazer para ela largar o meu polegar!
Escusado será dizer que hoje o dedo ainda me dói mais que ontem... enfim, há-de passar!
Mais uma para juntar à saga de disparates da Fátima... lol

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