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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Seg | 13.12.10

A segunda aventura da Carina - a-ratinha-que-veio-para-ficar-e-deixar-marca...

Fátima Bento

Eu bem sei que a minha memória anda curtinha, mas parece-me bem que acabei de apanhar o maior susto do ano!

 

Sabem que eu tenho duas meninas ratas, a Chiara e a Carina. Quando lhes ponho a gaiola de lavado (uma vez por semana, para não lhes estragar o trabalho que têm com os tuneis que constroem) faço-o sobre a minha cama: deixo-as à vontade e fico a vê-las a correr de um lado para o outro enquanto tiro o conteúdo da gaiola - aparas de madeira, pedacinhos de cartão e algodão comestível, entrelaçados, e limpo a mesma com umas tolhitas de bebé. As mocinhas são bem comportadas, e apercebem-se da altura, por isso são comedidas nas suas andanças.

 

Abro aqui um parêntesis para reafirmar que quando digo que o meu quarto está um caos, é porque está mesmo. Parece que explodiu lá uma máquina de lavar roupa de 12 quilos em plena centrifugação. Para além disso, por baixo da cama há caixas daquelas baixinhas, e mais um ror de coisas que para lá são levadas pela Piccolina, e algumas que ela atira de cima da cómoda, da mesa de cabeceira... um verdadeiro reino da confusão.

  

 

Ora hoje a minha querida Carina - a que mordeu aqui os dois estarolas - lembrou-se que, sei lá, era capaz de ser boa ideia dar-me uma ajudinha a organizar a bagunça. Ou seja estou a olhar para a Chiara (que costuma ser a mais afoita) a sul da cama. Viro-me para norte e... nepes. Rien. Nada. Vai aqui a tã-tã, começa a chamar a rata pelo nome. O sangue já me ía nos tornozelos e eu só repetia: não entres em panico! Chiara dentro da gaiola, literalmente a trepar pelas grades à procura da irmã, e eu a dobrar as mantas e o edredão, a colcha, os lençóis... não fosse ela se ter enfiado algures... e vai de chamar... eis senão quando, do meu lado da cama surge uma figurinha familiar, castanha escura, toda satisfeita... precipito-me sobre ela, agarro-a (não havia pressa, ela já tinha feito o turismo todo, mas eu sabia lá!) e junto-a à irmã, que a recebeu como se não a visse há um ano. Trago a gaiola para a sala, enfio tubos de cartão lá dentro e algodão, para elas recomeçarem a construir os túneis, e a maluquice é tão grande que, ao contrário de como é costume, se precipitarem àvidamente sobre os mesmos e desatarem a roê-los, é vê-las felizes e aos pulos (sim, por alguma razão lhes chamam ratos-canguru). Poiso a gaiola no chão da sala, e reparo que estou a hiperventilar. Sento-me e desato a escrever. Juro que ainda estou assim um nadinha(??) abananada...

 

Oh c'um camandro...