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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Ter | 15.02.11

De como eu ia morrendo do coração (outra vez) ou "Eu - 0, Carina - 3"

Fátima Bento

A ratinha qualquer dia manda-me para o hospital, rai's parta o bicho!

 

Ontem à noite limpei-lhes a gaiola - e definitivamente as gajinhas já se habituaram à coisa. Ponho a gaiola no centro da minha cama, retiro as grades, e oh alegria! Eram dois Shumackers a dar voltas ao circuito. A Carina então, estava tão feliz que até sentia o colchão vibrar quando ela passava perto de mim. Ia dizendo os nomes, e elas corriam até mim quando as chamava. Estivemos nisto quase quinze minutos, até que a Indiana Jones de serviço resolveu trepar pelas grades da cabeceira da minha cama, que é de madeira - mas antes ainda lhe deu uma trinca, para ver a qualidade... - ora, eu vejo o "bicho-trepadeiro", e devo ter levantado a voz, enquanto a retirava do poleiro e a colocava de novo sobre a cama. A Chiara continuava no seu vai-vem, escondia-se debaixo do meu robe, e voltava para trás, e quando pousei a irmã, chocou com ela. A Carina começa a coçar a barriga, aparentemente, e cai de lado... a Chiara faz o que é costume: vê-a a jeito, meio de lado, e começa a "catá-la" com os dentinhos... a irmã cai de lado, eu tenho uma taque de riso (elas estavam praticamente encostadas a mim) e a Chiara segue o circuito 'ó abre qu'aqui vou eu!!!!". Entretanto a Carina não se levanta. Eu agarro nela e ponho-a numa posição normal para rato, de barriga para baixo. Ela não mexe. E eu, 'ai que lhe deu uma coisinha má!...' Abano-a levemente. Agarro nela, encosto os nossos narizes, faço-lhe festinhas na cabecita, e os olhinhos começam a fechar-se "ai qu'ela fica-se!" penso aflita. pouso-a outra vez sobre a cama. Barrigano colchão, uma patinha para cada lado, qual 'ovo estrelado em oleo quase frio'. Pego-lhe outra vez, cauda caída, tipo 'mão morta', e o corpo a arrefecer. E eu aiaiaiaiaiaiai... meto as aparas dentro do tabuleiro da gaiola, e coloco-a lá dentro. Nada. Retiro-a outra vez. Começa a "acordar". Primeira reacção: toma lá uma dentada e vê se gostas. Nada de grave, mas mais forte de que quando brinca. Começa a mover-se e eu a ver se lhe pego, a medo, que já sei ao que sentem os dentes da pikena... lá ganho sangue frio, epara dentro da gaiola. Reponho as grades - a pobre Chiara que estava tão divertida na brincadeira cá fora, não achou grande piada. E pronto, ó p'á rata-toda-catita, como nova, no pasa nada, e eu ainda apardalada, qu'o bicho tava morto. Ai 'tava, 'tava...

 

Ou seja, o que se passou foi o que vimos no filme "Pular a cerca", aqueles dois animaizinhos que um dizia p'ó outro "faz-te de morto!!" E o segundo tunga, atirava-se para o chão, lembram-se? Pois, os ratos também fazem isso quando estão a ser caçados pelos gatos... na presença do perigo, ou no que eles sentem ser o perigo, ficam imóveis... agora baixar a temperatura do corpo, é que eu não sabia...

 

A combinação de eu ter elevado a voz quando a tirei da cabeceira da cama, o som do meu riso, mais a irmã, e ela a sentir-se a cair, foi a combinação-quase-letal... levei o resto da noite a olhar para ela, dentro da gaiola, a chamar-lhe parva, e a lembra-me da sensação de "bicho-morto" na palma da mão.

 

Ele há livros sobre cães. Ele há livros sobre gatos... será que também há mercado para livros sobre ratos? É que esta qualquer dia dá um...

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