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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Ter | 22.03.11

Dia de sonho...

Fátima Bento

Ontem tive um dos melhores dias deste ano. A sério. Às três da tarde resolvi ir apanhar-sol-na-moleirinha, e decidi ir até à "minha" praia. 15 km depois, saio da estrada princípal, e deparo-me com um acesso um bocadinho danificado... e do parque de estacionamento, então, nem falo: 10 km/h, e vai de fazer gincana à volta dos buracos... sendo o chão de areia/pó branco, só se vêem os buracos quando estamos em cima... bom, estacionei o carro debaixo de um "chaparro", que mal por mal, ficou à sombra, e dirigi-me devagarinho e pelo passadiço, até à praia. 

 

Maré cheia. Praia linda de morrer, corria uma brisa muito ténue, e o solinho fazia-se sentir, suave. Larguei o telemóvel, o molho das chaves, a revista, e o porta-moedas pequenino (sim como não tinha própriamente planeado a ida, não levei saco, nem toalha, e claro, nada de fato de banho, nem roupa apropriada...) sobre os sapatos, arregacei a saia - prendi as laterais no elástico das cuecas (estava com um vestido até aos tornozelos), e fiz-me à agua: estava melhor de que em muitos dias de verão. Escusado será dizer que, tendo eu esta paixão assolapada pela água - disparatada porque sou um signo de ar, com ascendente em fogo - comecei a molhar os pés e acabei com a água pelas coxas... pois, o vestido a razar as cuequinhas, molhadito (oh, que chatice!), e a água transparente e agradável... quinze minutos depois fui para a areia, sentei-me e deixei-me ficar a olhar para o mar, em silêncio. Não quis musica nem quejandas, só ouvir o mar, e olhar a água. É fabuloso para os pensamentos assentarem nos sítios certos, como peças de tetris - e sem qualquer esforço da minha parte.  

 

Às quatro e vinte, fiz-me ao regresso - tinha lá ficado até ás seis tivesse eu ido preparada... ainda fiz um desvio, e fui até ao McDonalds buscar um sunday que tinha saído num flurry do meu filho. Comi-o no carro, e voltei para casa a seguir. Fiz o caminho para lá numa média de 40K/h, e para cá a 30K/h encostadinha à direita, para não atrapalhar ninguém. O ponteiro do combustível "nem mexeu".

 

Cheguei a casa relaxadíssima e zen, e cheínha de vontade de repetir. Estes momentos que passo na minha companhia são os melhores do mundo. Adoro estar com as minhas amigas, mas a maior parte das vezes preciso de momentos só meus. Por mais absurdo que possa parecer, são os meus momentos mais vividos.

 

(a foto foi tirada da net, já que também não levei a maquina fotográfica, e o meu vodafone não tem câmara... sim, o meu telefone tem um teclado qwerty mas nada de camara nem MP3, só mesmo um radiozinho... e chega!)

 

Amanhã vou ao médico, a Setúbal e venho pela Arrábida. Espero que esteja tempo para parar na Figueirinha... e sim, vou levar pelo menos a máquina fotográfica =o)