De férias (estragadas)
Digamos que...
Eu não FUI de férias, mas estou de férias. Daí os posts 100% silly season.
No entanto acho que este ano a silly season não consegue "pegar"... ele é:
Os bifes que se passaram dos cornetos e atearam fogo a Londres de cauda a rabo, e saquearam tudo o que puderam e não puderam... (mesmo no quintal da minha gaiata...)
Os tugas que das duas três: ou pagam portagem para ter o-mais-parecido-com-férias-possível, ou vão de transportes públicos, que aumentaram 15% LOGO no mês das férias... ou ficam em casa, de ventoínha ligada (mas só até final de Setembro, como verá a seguir...)
E hoje o governo dos tugas que "amanda", logo de manhã cedo, a notícia de que o Gás Natural e a Eletrcidade aumentam qualquer coisa como 17% já em Outubro - assim a jeito de estragar o fim-de-semana-prolongado a quem não está de férias... porque os que estão, como se pode ler acima, já as têm estragadas...
[claro está que este é um país de contrastes, os festivais de verão continuam a abarrotar, a taxa de ocupação dos hotéis de cinco estrelas aumenta para cima de 30%, e coiso e tal... por exemplo, estando eu na Fnac, aquando da 'entrada' do subsídio de férias, os empregados estavam a dar em doidos porque já se vendiam IPads que ainda não tinham sido descarregados do camião (já alguém reparou que está aí mesmo-mesmo ao virar da esquina o IPad 3, o que vai tornar este obsoleto, muito provávelmente lá para o Natal, ou assim?)].
Mas o "engraçado" é que:
- estão a ser criados apoios para as famílias mais carenciadas, por forma a amortecer o impacto destes aumentos todos.
- a classe alta, não precisa de plástico de bolinhas, porque por muito que sejam afectados, estão bem protegidos.
Assim, quem é quem é que resta? A classe média. A famillia mileurista (aqueles que se governam com menos de €1500), que levam com a pastilha forte e feio, sem almofadas, anestesias, nem amortecedores.
O que se adivinha?
A classe média a emparelhar taco-a-taco com a baixa, e - hole and behole! - a desaparecer. Qual país do terceiro mundo, adivinha-se o surgimento de uma especie de duas classes, sendo a 'metade' capaz de comprovar o indice de pobreza, a nova classe média, passando a atual para a base da cadeia alimentar.
Confusos? Leiam outra vez, que isto é bestialmente simples. em tanto de óbvio como de preverso - e irresponsável.
(e se essa familia mileurista for composta por servidores do estado... ah, aí, passa a lixo, com ou sem Moody's a reboque...)
Mas pronto fomos todas as manhãs da semana à praia. O que é que isso interessa? Pouco. Mas como familia mileurista servidora do estado, mal por mal, este ano ainda estamos a ter o mais-proximo-de-férias-que-é-possível-e-que-começo-a-duvidar-se-repitam-para-o-ano...
[ah, e não me f@d@m com a estória irónica dos 'tadinhos dos funcionários públicos', porque o endeusamento dessa classe já caíu em desuso... sempre foram os primeiros a comer-pela-medida-grande, já que por ali, o Estado sabe o que vai amealhar. Só acha que os (alegados) previlégios justificam a porrr@d@ quem não sabe do que fala...]