Telemóvel. Quem me segue, sabe que não gosto, e que 75% das vezes não ando com. Nos outros 25%, há uma grande hipótese de:
a) não o ouvir tocar dentro da mala (se for clutch, 'inda se safam);
b) tocar quando estou a conduzir, e eu não uso auricular, qu'os fios dão-me nos nervos... (hei-de comprar um blue tooth... um dia destes...);
c) que me telefonem quando estou a atender outra chamada, e eu com chamadas em espera sou uma g'anda naba;
d) que acertem numa altura em que, vá-se lá saber, 'tou sem rede;
e) ficar sem bateria.
Ou seja: há 5% (num dia bom) de hipóteses de eu atender uma chamada.
Mas eh pah, prontx, o telefone é o telefone, e eu é que sou esquesitóide, e coise... agora o facebook é uma doença.
Olh'aí o diálogo:
É fictício, pois é, sou eu a falar comigo própria, mas este 'diálogo' espelha uma mão cheia de outros. Ó canudo! Volta e meia, tipo, duas ou três horas longe do pc, e 'fónix, deixa lá ir ligar o computador para abrir a merd@ do facebook, a ver se alguém precisa de mim para alguma coisa' - pode ser uma amiga para tomar café, pode ser a minha filha a pedir para ir ao msn... pode ser uma montanha de coisinhas que Antes do Fb a gente tratava sem p@neleirices, e agora... tecla. Eh pah, querem ser tecnológicos e premir teclas, mandem sms! É que das sms, eu até sou adepta: são curtas, diretas ao assunto, não é preciso encostar a carroça para atender, e não se perdem. E NÃO É PRECISO LIGAR O MASTODONTE PARA LER 'Segismunda gosta do teu estado', quando o meu estado nem é estado nenhum, é uma qualquer notícia que partilhei, que coisa!
Gosto de gadgets. Gostava de ter um IPad, para poupar um porradão de árvores (a quantidade-quase-impressionante de revistas que compro mensalmente), e, eventualmente, muito de quando em vez, tentar ler um livrito daqueles que não faço qestão de ter (são muito poucos, mas enfim...), mas A DOENÇA DESTE SÉCULO está a fazer-me passar dos carretos. Oh pah, quando eu era gaiata não tinha telefone fixo em casa - o meu pai tinha na loja, e chegava. À hora do jantar, era ouvir as mães debruçadas nos peitoris das janelas a chamarem as Teresas, Isabéis, Rosas, Fátimas a casa, para comer. Não havia cá a Lady Gaga aos berros seguida de um "sim, já vou, mãe!" nem uma 'pah, vem jntr JÁ k sn fcs cstg rst smn'. Queria tomar café, ia à porta da 'escolhida', tocava à campainha e se havia intercomunicador: 'queres vir ao café?', se não, era cá de baixo, dentro da escada: 'OLHA, QUERES VIR AO CAFÉ?' Querem melhor e mais saudável? Até 'abria os pulmões', como diziam as nossas avós!
Agora já não. A gente adapta-se, claro. Mas quando a nossa amiga que mora do lado esquerdo nos envia uma mensagem a nós, que moramos no direito, pelo facebook a perguntar se queremos ir almoçar com ela... ó melher, bate à porta, que pode acontecer que eu só ligue o pc quando for a hora do lanche - e foi o que fizeste, senão ainda estavas à espera, lol!
Modernices!
('tou a ficar velha...)
P.S: amiga grande, foi só um exemplo, adorei almoçar contigo! =o****