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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Dom | 16.10.11

E vão dezoito. DE-ZOI-TO!!!!!

Fátima Bento

Gajo:

Pois é que já lá vai um porradão de anos não é? Pois vai. Deixemo-nos de coisas que não parece nada que foi ontem - e ainda bem. Crescemos tanto individualmente...  nestes 18 anos, e como casal então nem se fala... ainda temos umas imaturidades, umas coisas que se afiambram a nós qual lapinha, mas isso é o de menos, andando se faz o caminho.

O 'nós' atingiu a maioridade... quer isso dizer que já pode tirar a carta, sair do país sem autorização, votar (não falemos de coisas tristes). E quer dizer que no meio desta imensa montanha russa estamos os dois de parabéns, por sermos teimosos que nem umas portas, e não desistirmos nunca do 'nós'.

E mais.

Tu és um espetáculo. Não tenho jeito para lamechices, mas és. Todos os dias, ou quase, cresces – e tem sido um desafio do caraças, não tem? Não sou uma pessoa fácil – não sou classificável como didficil, mas também não sou nenhum bombom-de-chocolate-com-recheio-de-morango. É preciso pachorra, e cuidado, que às vezes eu quase-que-me-parto...

E um segredo:

Sabes o que eu sempre desejei num gajo? Que me protegesse. Não sendo paternalista, e o diabo a quatro, mas que pusesse a mão no leme e me deixasse descansar de quando em vez. Que me dissesse 'não te esqueças do casaco que vai fazer frio', mas que não desatasse a correr atrás de mim de casaco na mão a gritar 'nunca ligas ao que te digo'. Ou então que não dissesse nada e só mo colocasse sobre os ombros. Ou seja, o dificil da coisa: proteger sem se substituir a mim e sem sufocar. Um qb idealizado, que é uma gaita para qualquer um conseguir acertar.

Mas, e hoje posso dizê-lo, conseguiste. O tal ponto foi atingido – há não muito pouco tempo, mas foi.

 

"Esquecemos muitas vezes que a presença do outro ao nosso lado não é um dever, mas uma escolha”, e desandamos a exigir, como se tudo nos fosse devido. E não é. E é tão bom que não seja.Temos por hábito (nós, os valentes que temos relações que são como os autocarros de turismo: de longo curso) achar que o outro deve. Deve fazer, deve achar, deve estar. Isto tudo porque partimos do pressuposto que é assim e pronto: mas não é assim e pronto; eu estou do teu lado porque quero, tu estás do meu porque queres. E isso é muito bom.

 

E o que há a dizer mais? A gente ama-se muito, e prontx. Se a gente não se amasse tanto, não estávamos aqui agora, eu a publicar estas coisas e tu a lê-las a seguir.

 

Parabéns, pois, e até para o ano!

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