Comemoração na mouche!
Ontem fomos ao cinema - para comemorar, dentro dos limites impostos pelo nosso Primeiro, e a correr a correr, a correr antes que aumente (pelo menos mais €0,60 é certinho). E vá lá que o mocinho da bilheteira fez o desconto Fnac nos dois bilhetes - quando 1 cartão só dá para um bilhete... simpatia...
Claro que acertar num filme à medida da ocasião era difícil... mas acertámos 20/20. Fomos ver o ternurento Midnight in Paris, de Woody Allen. Por acaso não tinha ido ao IMDB, nem tinha visto o redondinho 8/10 com que o site o classificou. Tinha-me limitado a ler duas ou três críticas não muito elogiosas a este trabalho do realizador, mas estava em pulgas para ir espiolhar o filme desde que estreou... e valeu as pulgas todinhas.
O filme é coisa-mais-doce! Está lá tudo o que eu li de menos positivo, e que acaba por funcionar ao contrário: a forma tão superficial como nos apresentam Hemingway, Scott e Zelda Fitgerald, Pablo Picasso, Salvador Dali (é uma particiação pequenina, mas cada vez gosto mais do Adrien Brody! Transcende aquele écran com uma pinta!), assim só nas maiúsculas das suas citações mais famosas, sem exercícios de 'o que diria Hernest Hemingway se...', limitando-se a copy-paste uma citação do senhor (ibidem para todos os retratados na película). Sem pretensiosismos exacerbados, nem pouco mais ou menos, acaba por pôr aquelas figuras que se tornaram míticas à altura do que terão sido, pelo menos na fantasia de W.Allen.
Não tenho qualquer dúvida que, se este filme tivesse 20 anos, o papel que Owen Wilson desempenha seria desempenhado por Woody Allen: Owen, mais de que encarnar Gil, encarna Woody.
Quero mesmo voltar a ver, quando sair para ver em casa.
Cinco estrelas.