Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Dom | 20.03.05

Prontos

Fátima Bento

Sosseguem os espiritos que estavam a partilhar a minha dor e em tal ordem que a comoção era tanta que nem os deixou comentaro "gaijo-anjo" já apareceu.

Ou melhor, foi encontrado.

Rai's parta o animal!

É que mal acabei de escrever o artigo anterior, disse ao Vitor que ia "á colónia", dei corda aos sapatos, afinei a voz, e fui chamar pelo anjo, como disse que faria. Nada. Econtrei uma tartaruga* (devo ter iman) vadia que até me deixou fazer uma festinhas, mas nada de Dimitri. Vim para baixo, toda cabisbaixa, triste e desiludida, a sentir-me orfã de gato, e decidi a caminho de casa que ia "lá atrás" ver se encontrava o cadáver do bichinho... No caminho imaginei o corpo dele já em rigor mortis, cheio de ematomas, os olhinhos esbugalhados quase a sair das órbitas... sem esperança, dobrei a esquina, e embrenhei-me no desconhecido dos quintais abandonados e nem por isso.

E encontrei o corpo, encontrei...

em cima de um muro, a fazer olhinhos a uma gata branca e preta que deu à sola mal me viu. É preciso lata! Chamei uma vez e "não ouviu". Á segunda veio a correr por cima do muro, estacou a um metro de mim, deu uma curva e foi para o outro extremo do mesmo, não fosse eu me estar a passar por mim, e isto não convém dar liberdade a desconhecidos... Tive de me meter no meio das urtigas ( abençoadas botas!) para chegar "às falas" com Sua Excelência, que então se dignou a fazer uns miminhos...

quais miminhos quais quê! Agarrei nele, pus o bicho debaixo do braço, e vamos lá a ver se foges outra vez... Ele bem tentou fugir - passámos ao logo de uma estrada com algum movimento, e eu ainda pensei que o bicho podia dar uma fugida e ir para debaixo de um carro, mas deixa lá que já te largo! Lembrei-me de um truque que o veterinário me deu: para os manietar, segura-se na pele da nuca. Ora bem, com uma mão, segurava as patas trazeiras (e a cauda, que ele fez favor de pôr entre) e com a outra, agarrei no cachaço do felino. Ainda me deu um ou dois miaus de protesto-misturado-com-medo, mas calou-se. Depois quando entrou em casa, ficou muito contente, comeu duas latas de comida (daquelas pequeninas de paté) e fez uma chinfrineira tal que tive de abrir outra vez a janela recém fechada e daixá-lo sair... outra vez...!

Vai lá vai!

Angel

* para quem não sabe, tartaruga é uma gata de três ou mais cores.

7 comentários

Comentar post