Einstein, a minha estupidez, e o fim da minha baixa autoestima (nem que isso me mate)
Pois que devia saber melhor. Como disse Einstein, a maior prova de estupidez é fazer vez após vez a mesma coisa e esperar resultados diferentes. Ainda para mais dentro da mesma entourage, não só com os mesmos personagens, como com os mesmos atores – daqueles que estragam não só os personagens como - e principalmente - o guião.
primeiro
quando nos delegam uma tarefa, não é de esperar que vão de volta à casa da partida, ou quase, verificar a veracidade do nosso relatório;
segundo
partindo do princípio que até deixamos passar a ‘humilhação’, seguimos para bingo com o fato de ser necessário tomar e comunicar uma decisão, coisa que foi assegurada a quem deu garantias do relatório estar realmente correto;
chegada a hora H do dia D
pois que se decide recuar no acordado, e quem vier atrás que feche a porta. Pior, quem ‘vem atrás’, que até começou à frente por conta da falta de tempo dos outros ouve coisas como ‘eu percebi o que queres’ , coisa díspar e sem sentido…
inevitavelmente
deste desarrazoado um bocadinho de auto-estima ergue-se e empurra-me porta fora, salve-se quem puder deste manicómio, e a primeira sou eu. Por que dei, dei, dei, porque estava disposta a dar, dar, dar, e o reconhecimento é este.
Ínterim:
A situação era delicada
Pois era. Fui eu que recebi a notícia da gravidade da mesma, que andei a passar relatórios… SEI MUITO BEM da gravidade da mesma.
Estava toda a gente nervosa
E eu, não estava? E eu não ando vai e volta à nem sei bem quanto tempo, a minha cabeça não tem estado 24/7 a marinar o assunto, a virevoltear cenários, a pensar e repensar a inevitabilidade de tudo isto?
Moral da estória
- ou o que aprendi por ser assim, ter agido assim e isto ter ocorrido da forma que se viu: já chega. Tenho de me dar o valor que tenho, já que todos à minha volta continuam a usar e abusar. Pôr o coração ao largo e viver a minha vida.
É que posso ter uma vida pequenina.
É que os meus miolos até podem passar algum tempo num Tupperware no frigorifico para não se estragarem à falta de uso, mas, e apesar de nivelar a coisa SEMPRE por baixo
NÃO SOU BURRA NENHUMA,
NÃO MEREÇO ESTE TRATAMENTO
E como tal vou começar a mimar-me. Já chegou a altura de cuidar de mim como cuido dos outros, que se vão borrifando para os meus esforços, uma e outra vez.
Já tinha mencionado, que no meio disto tudo, tenho o melhor marido do mundo? Não?
Pois que tenho.
O melhor do mundo.
Quanto ao resto, tenho pena. Tenho mesmo muita pena, mas as coisas são como são…