Passa de uva...
Terça-feira, na volta do hospital, cansada que nem uma lontra, da véspera+manhã, dirijo-me ao Almada Fórum para ir buscar ração e saquetas para as gatas. Para aproveitar a viagem, ainda espreito a Fnac, nem sei bem para quê, mas dou comigo na caixa de cd na mão.
- Ah, Pablo Alborán!
Sorrio meio embaraçada, não pela escolha, mas bastante consciente da minha aparência
(belhec)
e digo que estou a comprar mas ainda não ouvi.
- Vai adorar! diz-me o miúdo, sorridente. Ele teve mais sucesso aqui que na Espanha! Até lhe vou dizer qual é a que vai gostar mais, enquanto verifica o encadeamento das faixas, é a perdona-me. Na Espanha, nada, aqui, olhe, aqui é assim como o Tony Carreira!
Incrédula, olho para o cd (será que nõ me vou arrepender?), olho de soslaio para o meu interlocutor, sinto um estaladão na face direita, e respondo bem, Tony Carreira não faz bem parte da minha lista de favoritos...
A serio?, responde o mocinho a afiambrar-se ao segundo estaladão, a minha mãe é louca por ele, adora! - trás! Toma lá que já levaste!
Ou seja, em 24 horas passei de lady a senhora com cara de fã de Tony Carreira.
Sinto-me num luau a dançar o limbo... (how low can you go... how low can you go...)
Ohhhhh céééééuuussss!!!!!
Mas palavra de honra, cada vez que me lembro do diálogo, escangalho-me a rir.
Haja quem me faça rir!