A palavra é escape
Vou dividir a coisa em dois pontos.
PONTO 1.
- Vida familiar. Há o marido e o filho. E a filha que está lá longe. Mas aqui, assim 24/7 em termos de preocupações - e ocupações - propriamente ditas, há o marido e o filho. E quanto a preocupações, cada dia, quando abro os olhos, é um imenso ponto de interrogação, que se começa a desfazer nos minutos a seguir a levantar-me. É o terceiro ano em que, tirando os fins de semana, acordo todos os dias 'no fio da navalha', sem saber muito bem se rio, se choro (exagero, é mais se sorrio ou não). E estou mesmo, mesmo pelos cabelos. Respiro fundo, conto até 10, 100, 1000, e continuo. Tento sorrir, "finja, finja ate que atinja", e vivo. Uns dias com mais, outros com menos alegria/energia/vontade, mas vou vivendo.
PONTO 2.
- Eu. Durante um porradão de anos fui aquilo que considerei 'mãe a tempo inteiro'. Mas agora, com uma já grandalhona, e outro grande, que-ainda-precisa-da-mãe, mas não 24 horas por dia, começou o passarinho do o-que-é-que-és-afinal a voar em círculos à volta da minha cabeça. O que quero da vida? O que consegui/não consegui? Quem é que eu sou, o que há para gostar em mim? Que diacho fazer a seguir? Como decidir, e o que fazer para pôr a decisão em prática...
E os desabafos. Aqueles desabafos que não faço aqui, que o filho da p@£% do @%&$# me disse , me fez, e coiso, e que aqui não falo, não exponho, porque prontx, privacidade e coiso, ahhhhhhh, que às vezes quase sufoco.
Por isso, hoje criei um blog privado. Que se não despejo o saco sem censuras, acho que rebento.
Por isso, e porque é privado, acesso, só por convite - e os convites são poucos, por isso, quem quiser espreitar a minha "roupa interior" pode dizer-mo e pedir um convite aqui nos comentários ou por email - fatima_bento@sapo.pt.
Nome, e-mail, e link do seu blogue, fáchavor. Quem não tem blogue, pode pedir na mesma, mas digo já que tenho de 'conhecer essa pessoa, através de comentários anteriores aqui no blogue, ou do facebook. Isto porque há os que me lêem porque gostam, mas também há os que me lêem porque não gostam.
E, para mais, se fosse assim para toda a gente ler, não era privado.