Negocio da china!
Eu não sou menina de complicações - estou a falar de tecnologias...
Como muita gente sabe, sou um nadinha avessa a telefones, fazer conversa ao telefone deixa-me "doente". Se têm coisas para me contar, combinamos um café, ou um almoço, ou passam por cá, ou eu por lá e a gente fala. Relatos exaustivos através do aparelho deixam-me exaurida das ideias - exceção feita às pessoas que moram longe, e com quem não tenho outra hipótese de comunicar a não ser através do mesmo; nesse caso não só não me importo como fico feliz!
E então, era sempre uma tourada: o telemóvel ou ficava em casa ou estava mortinho da silva dentro da carteira - é que o raio do bicho consumia bateria que era um regalo! Outras vezes ainda, eu não o ouvia tocar - convenhamos que, num hipermercado/centro comercial com muita gente, o coiso só se faz ouvir se for extraordinariamente estridente, ou se for na mão - e a mão ali é precisa para outras coisas. Já para não falar quando ia a conduzir e o raio do telefone tocava - está-se mesmo a ver que vou atender, não se 'tá? Toca pr'aí! Enquanto o meu sogro esteve doente punha-o a carregar invariavelmente dia-sim, dia-não e andava sempre de jeans, com ele no bolso em modo de vibração, ou na mão. Quando a conduzir e ele tocava, encostava e ou atendia ou ligava de volta. Mas ao mínimo descuido, lá ficava o gajo sem pio. No velório e no funeral estive de jeans para o ter no bolso. Ou seja: um atrofio, que me fez gostar cada vez mais do animal...
Há pouco tempo tive uma oportunidade, ao mudar de tarifário, de adquirir um novo por metade do preço de loja - e yup, larguei o raio dos smartphones da mão, já que um telemóvel para mim é para fazer e receber chamadas e - mais importante - enviar sms's. Convém sempre ter uma câmara que tire fotos toleráveis, agenda, e já agora, um shortcut para o facebook não era mal pensado...
Que sim, que trazia isso tudo. O menino ouve-se bem, mesmo dentro da carteira (ok, hipermercado em hora de ponta, não sei, mas não acredito em milagres, portanto...) e... ontem usei o auricular. Juro que só a ideia do fio pendurado me fazia uma confusão dos diabos, mas consegui dar a volta à coisa, e nem dei pelo fio.
Ou seja, estou muito contente com meu Nokia Asha. E só lhe dou papa uma vez por semana, o que é o melhor! Ando a policiar-me para não sair de casa sem ele, para perder a fama de nunca estar contatável... só me falta ligar para a vodafone para me ativarem o voice mail.
E vai daí, agora tenho para venda o meu HTC coiso (tenho de ver qual é o coiso=modelo), touch, sistema operativo windows mobile, e aquelas coisas todas que não me interessavam nada, já que não uso nada daquilo. E com auricular por estrear e tudo o que lhe é devido, na caixa original.
Claro que, depois de ter feito uma publicidade tão fantástica, acima, aqui não arranjo freguês... mas quero ver se o ponho à venda, por tuta e meia, só para ele não andar para aí até morrer de velho...