17
Jan13
Django
Fátima Bento
Se há coisa que esta menina tem feito ultimamente é ver cinema.
Fitas tem sido comigo.
Não tem sido por essa ordem, mas vi o "Django", do Tarantino, com o Jamie Foxx, com o (VÉNIA) Cristophe Waltz, o Leo DiCaprio, o Samuel l. Jackson, and so on...
É assim: vais ver o filme sem saber quem é o realizador, e ao fim de dez ou quinze minutos já tens o dedo na ferida, i.e, no Tarantino. Trigo limpo=farinha amparo.
O Waltz abre aquela boca e faça-se silêncio que é que nem se vai cantar o fado: ponham-m'o homem a fazer um monólogo de três horas sobre o sistema hierárquico das colónias de térmitas, que eu assisto, na primeira fila, embevecida durante os 180 minutos, e no fim aplaudo de pé e ofereço-lhe um bouquet de rosas.
Brancas.
Ou da cor que o senhor quiser, que nessas coisas não sou esquisita, e por três horas de paleio daquele senhor, eu corro as floristas que for preciso.
O que eu quero dizer com isto é muito simples:
Ó sinhores, ponham lá um Óscar
ao pé do globo d'Ouro qu'ele ganhou há dias, sim?
Sim, eu sei que ele já ganhou um, mas e daí? Hmmm?
Bom, mas vamos ao filme.
É racista.
É mesmo racista.
- do estilo em que nós até sabemos que o cão vai abanar a cauda, mas quando damos por nós é a cauda que está a abanar o cão e ATÉ FAZ TODO O SENTIDO!
O melhor adjetivo, é capaz de ser delirante.
De um brilhantismo delirante que só podia ter saído da cabecinha do Quentin, e das atuações do elenco.
Divertiu-me mesmo, mesmo a sério, e é filme para voltar a ver.
Magnifique, mon fils Tarantino, mas mais uma vez vais ficar a ver os Óscares maiores por um canudo - também já estás habituado... é o que vale...