E, no dia mundial da criança...
... o meu "velhote" fez uma valente birra. Eu sei que ainda me vou rir disto, mas neste momento sinto-me a ser espremida entre duas paredes em movimento.
Ahhhh!
Até aqui, todos os dias tenho ido ao hospital: uns dias dou-lhe o almoço, outros o jantar (cozinhado pela minha mãe). Por necessidades obvias, tem sido sopa passada, mas hoje começámos com a comida sólida. O jantar foi uma cagada de primeira 'deselegante', porque ele não se conseguiu sentar e... bom, o resultado não foi bonito de se ver.
Entretanto, as duas manas andam a ficar cansadas, e os respetivos Rocinantes não colaboram nas rações diárias. E, adicionando a minha medicação, com tanta atividade e movimento, eu fico sem energia, e a família 'queixa-se'.
Ok, já comes sólidos, amanhã comes comida do hospital, e mais valia terem-lhe espetado uma faca no coração.
E uma birrinha seguida de uma chantagenzinha? Hein? Comigo resultou. O homem está com desejos de almoçar bacalhau amanhã, SÓ quer que eu lhe leve uma dose de restaurante, e que lha deixe.
Sou sincera, se me dissesse que estava com desejos de comer tal isso no momento em que lhe liguei ontem eu tinha ido a correr - por alguma razão foi aqui a miss-papas-moles, a encarregada de lhe ligar a dar a notícia. É assim que eu sou. Se para dizer que não, é um castigo, para dizer que não ao meu pai, é uma meia dúzia. Obviamente que o que lhe disse foi que tinha o almoço de família de domingo e não podia estar em dois sítios ao mesmo tempo, e ele "...e a tua irmã?" E
ZUUUUUTTT
fugiu tudo, eu esqueci-me, fiquei em branco, eu lembro-me lá do que a minha irmã me disse, e
deixa estar, não te rales, eu levo aí o bacalhau, mas depois venho-me embora, só volto para estar um bocadinho contigo depois de almoçar.
E ele exultava, parecia um puto a quem tinham oferecido a coisa que mais queria no mundo.
OK.
Agora só tenho de arranjar um restaurante que venda bacalhau para lhe levar amanhã.
E esperar não demorar muito a voltar a casa da sogra, senão levo porrada.
Eu devia ser duas - a serio, um clone dava jeito. E já agora, uma de nós podia não sofrer da puta da depressão que me fragiliza.
Bem, as coisas são como são, e prontx.
´Má nada!