Behind the candelabra: uma hora e cinquenta e oito minutos de puro deleite
Já aqui falei do meu 'processo de avaliação dos dois ou três dias', que é mais ou menos o tempo que fico 'a marinar' um filme antes de emitir uma opinião. No entanto há filmes que me deixam com frenesi na ponta dos dedos, e "Behind the Candelabra" é, decididamente um deles.
Em primeiro lugar é obrigatório dizer que Steven Soderbergh, quando se cansa dos devaneios que lhe vão pontuando o curriculum, é um realizador com uma capacidade impar: neste caso, contar uma história sem cair no facilitismo de explorar o voyeur que há em cada um de nós, de abraçar umas quantas cenas intimas e fazer o seu 'Atrás do Candelabro' sem se fazer notar pelo lado escabroso da história (que o tem, ó se tem).
Não. Soderbergh pauta-se pela sobriedade e oferece-nos o lado humano da história de uma vida alicerçada em todo o tipo de excessos, de uma forma que poucos o teriam feito.