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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Seg | 30.12.13

O final do ano, passar 2013 em revista, como é suposto, e coiso.

Fátima Bento

Pois que não me apetece. Não me apetece nada falar de 2013. Se foi um ano mau? Mau não seria o adjetivo que usaria para o classificar, mas foi (profundamente) um ano duríssimo.

Nada a esquecer, nem nada a mudar no que passou: é aprender e seguir em frente. E fazer os possíveis para que vá doendo menos, na justa medida em que eu vá deixando a fragilidade se transfigurar em força, e ser capaz. Há dois anos atrás, escrevia eu aqui os meus desejos para 2012. E vai-se a ver as coisas não mudaram assim tanto...

O meu único desejo expresso era 'ser capaz'

"(...)De acabar aquilo que começo.
De começar aquilo que adio.
De acreditar nos meus sonhos e agir em conformidade.
De dizer não.
De dizer sim.
De tanta coisa..."
Nessa matéria, continuo com o mesmo desejo, mais ou menos no mesmo pé. E pela mesma razão: "é difícil uma pessoa se conseguir organizar de pc ao colo no sofá. Mais difícil ainda é fazê-lo quando o colo é tomado de assalto pelas ladies da casa, que sabem perfeitamente qu'aqui quem manda são elas . Acreditem (...), é extraordinariamente difícil teclar com elas em cima", e por isso, desejava, na altura, muito, muito, muito um escritório.
Essa parte já está.
As Billy estão lá as duas, o auto-retrato da Inês ocupa lindamente a parede do fundo, tenho um cantinho para a leitura, uma cadeira porreira para a secretária, e a dita por montar - a ver se trato da arrumação das prateleiras da Billy 'de lá' antes da montagem da mesma, já que tenho mais espaço agora.
Tudo pronto, portanto, para começar o ano a organizar-me de uma vez.
Quanto ao resto... é pá, nem vou falar nisso. Ando um cocó feito de cristal, estilhaço-me não sei quantas vezes ao dia, e o resultado desse estilhaçar é umas vezes lágrimas, outras vezes uns ataques de mau génio de sair de baixo (o meu psi diria que
a) foram muitos anos a engolir;
b) o luto não se faz em dois ou três meses)
Mas isto de me sentir completamente desestruturada ou a desestruturar-me a cada hora, é uma gaita. E o não dormir, ou dormir e sonhar com 'os meus mortos' (as minhas pessoas queridas que morreram, que já faz um ramalhete jeitoso), acordar e ficar uma ou duas horas a virar na cama até voltar a adormecer é mesmo cansativo, e mais a cada noite que passa...
Está (tudo) a ser muito difícil. 
- também ninguém disse que ia ser fácil...
(nunca foi, porque seria agora depois destes sobressaltos todos?)
Por isso, queridos e queridas, ainda antes das 12 badaladas de amanhã deixo aqui um post fofinho e doce, otimista q.b. [que eu não me estou a candidatar a nenhum cargo politico para me fazer mais (animada) que aquilo que ando], mas prometendo desde já ser sincera, amanhã desejo a todos um ano novo com tudo o que temos direito.
Amanhã.
Por hoje fiquem-se com esta, e não digam que vão daqui sem nada...

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