Happy New Year!!
Está na hora.
Não vou falar na morte de Saddam, não vou dizer que sou contra a pena de morte, e que a prisão perpétua sem hipóteses de quaisquer benesses seria a minha ‘escolha acertada‘, já que enforcá-lo foi descer (quase) à sua altura .
Está na hora.
De olhar para trás e fazer o balanço do ano.
(feliz ou infelizmente estou a escrever de um ‘putador que não está ligado à net, por isso não consigo ir ver balanços anteriores. Mas isso agora também não interessa nada…)
Pois é.
Com ajuda de uma balança das antigas, daquelas que simbolizam o meu signo - o melhor do Zodíaco, claro está! - e pondo num prato o positivo e o no outro o menos positivo (ah-ah, estava tudo a ver se eu escorregava, mas não, meus queridos, para mim o copo está sempre meio cheio!):
2006 foi UM G’ANDA ANO!
Foi um ano de semear e cuja colheita irei fazendo ao longo não do próximo, mas dos próximos anos. Concretizei sonhos, cumpri desejos, ultrapassei as minhas expectativas em tanta coisa… E fui desiludida por pessoas que estimava, e ganhei amigos com A’s maiúsculos, assim, de supetão e surpresa. Ri, e finalmente, aprendi a chorar. O raio das lágrimas ficavam sempre presas na garganta, caneco, e eu ali engasgada, até que, com maior ou menor celeridade, a coisa finalmente descia na garganta… e “prontos”.
Agora, ‘believe you me’, é um prazer senti-las a descer face abaixo a caminho do canto dos lábios, ou do pescoço, (ou da orelha, quando estou deitada) ummmm… é uma delicia, adiada durante (quase) uma vida.
Agora 2007, aí mesmo ao virar da esquina, já a cheirar a novo, como aqueles livros recém comprados no momento em que os abrimos pela primeira vez, esse ano, meus queridos, cabe-nos a todos fazer GRANDE.
Se não olharmos para o lado quando cheiramos a solidão do vizinho do 4º Fte., se dermos um beijinho repenicado na velhota que apanha sol na rua onde passamos todos os dias para tomar café, se não encolhemos os ombros quando vemos uma criança ser esbofeteada em pleno supermercado, prato temperado com verborreia daquela que fica gravada a fogo na memória mais recôndita… se não calarmos os gritos da/do vizinha/o agredido que toda a gente sabe e engole, que isto de denunciar ainda lembra o antigo regime e a Pide aos “mais antigos“, e aos menos, apela ao comodismo militante…
Não podemos de facto prevenir os aumentos de TUDO (fogo, ou sou eu, ou este ano, é mesmo um fartote!) Nem combater o aumento de 1,5 % da função pública ( ah, já notaram, num ordenado de €1000, a criatura fica a ganhar mais €15. Agora se tiver dois menores a cargo que necessitem de passe, mais o do próprio, O RAIO DO AUMENTO NÃO DÁ PARA A DIFERENÇA!!!!!!)
Este país transformou-se num circo, somos todos, com vontade ou sem ela, ursos, camelos e palhaços. E aos magotes!
Enfim, não quero fechar com uma nota depressiva; a vida é o que a deixamos ser.
Mas não vale pensar muito nisso: já disse John Lennon: “a vida é o que acontece enquanto fazemos planos…”
Feliz Ano Novo com tudo de bom!
Até p’ó ano!
B’jinhos com passinhas e Asti,
Fátima
P.S. Tenho uma curiosidade: o contador do blogue mexe. Umas vezes mais e outras menos, mas vai mexendo. Como os clicks feitos deste computador não contam, isso quererá dizer que tenho gente que me lê.
Então expliquemm lá:
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porque é que não me deixam comentários/postas de pescada?
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porque é que não recebi 1 (unzinho só que fosse) voto de Feliz Natal, ou de Bom Ano Novo?
E já agora, não tendo a ver com vocês, há por aí, por acaso, teorias de porque é que eu enviei duzias de ecards de Natal, outros tantos de Happy New Year, e respostas, népia?
Fogo!!!
Qualquer dia viro ermita.! Ou 'tou a precisar de amigos novos ou não percebo (mesmo) nada disto!
Mais uma vez boas entradas e até p'ó ano!!