Escrito sábado 21 de Julho
Estou recostada nas minhas almofadas, portátil nos joelhos e dedos nas teclas, enquanto na sala estão os putos e o pai, todos de volta da wii, atentar descortinar o “Zelda”, que está a deixar tudo maluco, sem saber como fazer as tarefas, nem onde. Jeitoso…
(já tirei o peito do congelador, mas ainda me custa sorrir. Mas o motivo agora já é outro… como me disse a Diana, a vida é demasiado curta… mas às vezes não há mesmo remédio…)
Acho que me vou embora, antes que me afogue aqui numa poça de auto comiseração, e poucas coisas há mais medíocres de que alguém com pena de si próprio.
A minha gata Mia anda aqui transida de ciúmes, que quer o meu colo, que está, obviamente, ocupado. Assim que eu pousar o computador, 1º, vem dar dois ou três miminhos, e 2º, vai sentar-se em cima do dito, com o ar mais feliz do mundo - ahah!, ganhei-te! - até eu lho tirar de baixo. Não existe objecto ou pessoa na casa de que ela tenha mais ciúmes.
E agora que já escrevi uma série de baboseiras, me voy, ao Continente buscar o bolo de aniversário do puto - hoje é para soprar as velas na avó - e o Asti. E de caminho, o último Harry Potter, qu’a grande não descansa para o ler. Sempre são 48 horas em que não oiço “quando puder ir para aí avisa”, de cada vez que meto as unhas no teclado do desktop…
Amanhã vou à quinta da minha irmã. Qu’a sorte qu’eu ando, vai estar enevoado e frio, e aquilo sem piscina… bem, digamos que as minhas social skills, neste momento, dão o rabito e cinco tostões para se enfiarem num tupperware e irem a correr para o fundo do armário, mesmo por trás das latas dos chás.
Mas isto lá ou cá, sozinha ou acompanhada, a sensação de vazio e impotência é igual, e já que os dias têm mesmo que se suceder uns aos outros…
Se fizer sol, publíco aqui um elogio (semi)público, vale?
Bah, vou parar com este post parvo.
Ó ‘migo que vai pó Dubai, vê lá se não te esqueces de da noticias antes de ir, chim?
Fátima Bento