Hoje o post vai morder na dona....
É que ele há coisas inconfessáveis…
Bom, a minha inépcia como dona de casa é conhecida de todos ou quase [e não é bem inépcia, é mais o gostar de dividir as 24 horas do dia de modo que não seja escrava da casa, como quem “não faz nada”(grumpft… GRUMPFT…), tem tendência a ser. Há tanto livro para ler, tanto filme para ver, tanta coisa para aprender…]. Estavam duas teias de aranha (mesmo com aranha e tudo) a formar-se no tecto do meu quarto, na parede por cima da cabeceira da cama. Escusado será dizer que só as via quando à noite me deitava. E pensava: amanhã aspiro aquelas duas. Na manhã seguinte, pés no chão e não me voltava a lembrar da coisa.
Entretanto começou a odisseia de ir mudar de casa, primeiro com a ideia, e depois com o início das obras. E as teias de aranha mantiveram-se nos seus lugares. E eu, às tantas, baptizei-as: a da direita é a Carlota, e a da esquerda, Carolina.
O meu filho é que fica muito apreensivo quando vai para cima da minha cama – geralmente para ver um filme no portátil – porque tem medo de aranhas, e elas, mesmo pequeninas, lá estão, uma a guardar a Carlota, e outra a guardar a Carolina.
É de facto uma vergonha! Mas é que nem é preguiça! Aspirar duas teias de aranha, ainda vai, agora aspirar uma Carlota e uma Carolina?! Não se faz!
Fátima
P.S.: Como, com os meus dotes de boa anfitriã, a família dos aracnídeos está a sentir-se à vontade, e chamaram mais um membro, que está a construir uma Clarisse na parede da porta.
Fazer o quê??
P.P.S., o que me diverte mesmo nesta história, é que um dia os meus filhos vão contar aos filhos deles que a avó sempre foi uma pessoa estranha… tão estranha que em vez de aspirar as teias de aranha que tinha no quarto, lhes deu nomes… eheheheheheh!!!!!