Educa...quê???
Ele há coisas MESMO revoltantes! E mais de que isso, deveras preocupantes.
Chegou há bocado o meu filho a casa e disse-me: "ó mãe, vê lá que uma colega minha escreveu o nome do namorado a X-acto no braço! É Zé, e vê lá que ela até pôs o assento, quando vi o raio do assento até me arrepiei! E depois mostrou à professora de Moral, e ela achou bem!" "Não, Tomás, ela não deve é ter percebido que era cortado, se calhar pensou que era caneta vermelha..." "Não, mãe, ela até disse 'isso depois passa'!"...
E assim vai o nosso "ensino", a nossa educa...quê?
Não vale a pena embandeirar em arco e pôr um carimbo de automutilação no caso. Que até pode ser. E, muito provávelmente, virá a ser. Se cada vez que a miúda se cortar e mostrar a um adulto, o mesmo encolher os ombros e disser,"isso depois passa", sem sequer tomar medidas para prevenir a coisa e tentar ajudá-la.
Conheço vários casos de cutting, como os "adeptos" gostam de lhe chamar, tanto na escola Secundária que a minha filha frequentou no ano passado, como na que ela frequenta este ano. Uma rápida pesquisa na net - e não falo só do raio do badaladíssimo Orkut.com, atirado para a ordem do dia pelo Correio da Manhã e demais jornais e revistas de informação - sítios, há-os aos magotes, fazendo descrições pormenorizadas de onde, como, quando e porquê começaram e continuam a cortar-se.
Quantos começaram por mostrar, tipo "olhem para mim, estou perdida/o e assustada/o, ajudem-me"? E a quantos foi respondido um "depois isso passa", ou quejandos, até que desistiram de mostrar, mas não de fazer?
Mas este mundo anda ao contrário ou quê?
Qual "geração rasca"?
Com adultos assim, queremos que eles sejam como????
Fátima